segunda-feira, 26 de julho de 2010

ÉTICA, ACIMA DE TUDO

ÉTICA, ACIMA DE TUDO http://www.telabr.com.br

Todo documentário mostra quem é o seu realizador. Por isso, é preciso que o documentarista se conheça bem e reflita sobre como se posiciona no mundo. Sobre o que quer dizer. Sobre como quer dizer. E sobre como vai lidar com a questão mais complexa e importante relacionada ao documentário: A RESPONSABILIDADE.

A principal diferença entre documentário e ficção é que, num doc, os personagens são pessoas que têm uma vida independente do filme. Depois que o filme termina, essas pessoas continuam a viver. Um personagem de ficção, ao contrário, só existe numa história, tem sua vida extinta com o final do filme.

Um documentarista precisa saber que vai retratar pessoas sob seu ponto de vista, e que esse retrato é sempre menor que a vida real de seus personagens. E que seu filme pode trazer muitas consequências para as pessoas filmadas, influenciando diretamente suas vidas, positiva ou negativamente. Essa é uma questão crucial do documentário.

É preciso refletir muito sobre como lidar com essa responsabilidade.



Texto: Henry Grazinoli
Consultoria de Conteúdo: João Moreira Salles

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O ROTEIRO IMPOSSÍVEL

O ROTEIRO IMPOSSÍVEL

Fonte:  http://www.telabr.com.br
É difícil precisar, no caso do documentário, o processo de criação que antecede as filmagens. No caso dos filmes de ficção, é mais exato: quase todo filme de ficção tem um roteiro. As filmagens partem desse guia e, ainda que aconteçam algumas modificações, a ideia central do filme e sua narrativa estão definidas antes da chegada da equipe no set.

Com o documentário não funciona bem assim. Geralmente existe uma ideia, e essa ideia, ainda em estado abstrato, vai definir os primeiros passos a serem tomados para a realização do filme. É quase impossível escrever um roteiro preciso para fazer um doc antes de filmar.

Um documentário pode partir, por exemplo, de uma frase: "acompanhar o Lula durante quarenta dias, até a eleição"
(Entreatos). Ou "fazer um filme sobre violência no Rio de Janeiro, ouvindo as pessoas que estão diretamente envolvidas nessa violência: o policial, o morador da comunidade violenta e o traficante" (Notícias de uma Guerra Particular). Ou ainda "saber como é a cabeça e como é o mundo do pianista Nelson Freire" (Nelson Freire).

Todos os filmes citados no parágrafo anterior são do documentarista João Moreira Salles. E todas as frases foram o ponto de partida, foram os "roteiros" escritos por ele antes das filmagens. A partir dessas ideias, foi feito um planejamento de produção. Entrevistados foram escolhidos e contatados. Equipe e equipamentos de gravação foram definidos.

A estrutura narrativa de cada um dos filmes também não respeitava nenhum roteiro exato antes das filmagens e da montagem. João Moreira costuma definir a estrutura narrativa de seus filmes por meio de formas metafóricas: "
Entreatos é uma flecha. O que significa uma flecha? Que o tempo avança. O filme vai acompanhar a flecha do tempo. Começa no primeiro dia de filmagem e termina no último dia de filmagem". "Em Notícias de uma Guerra Particular, à medida que fui entrando em contato com a violência, surgiu na minha cabeça a forma circular. O filme se fecha em si mesmo. Ele não vai apontar nenhuma saída. É como uma cobra que morde o próprio rabo". "No caso do Nelson Freire, o que me veio foi a ideia de um filme sem estrutura nenhuma. Molecular. Em que uma sequência não gere a próxima. Não é a lógica da razão. É um filme de estrutura líquida, ao contrário do Entreatos".

É importante, ao sair para realizar um doc, ter domínio do tema a ser tratado. Pesquisas são bem importantes. Buscar ideias que possam nortear a narrativa do filme também. Afinal, andar por aí com uma câmera ao acaso, sem rumo, dificilmente vai gerar um material interessante, que possa ser montado. Como essa espécie de "pré-roteiro" para o doc vai ser escrita é outra história. Pode ser uma frase, uma sinopse de uma página ou uma tese a ser confirmada ou rechaçada. Cada realizador tem seu próprio método. A única certeza é que é na ilha de edição, com tudo filmado, que um documentário ganha o tratamento definitivo de seu roteiro.

Texto: Henry Grazinoli
Consultoria de Conteúdo: João Moreira Salles

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O DOCUMENTÁRIO COMO CINEMA

O DOCUMENTÁRIO COMO CINEMA

http://www.telabr.com.br

Estamos acostumados a relacionar o documentário com as reportagens jornalísticas a que assistimos na TV. O documentário, enquanto obra cinematográfica, não é tão difundido. Isso empobrece bastante o universo de referências de quem quer ser documentarista; afinal, um filme documental, enquanto linguagem, pode ir (costuma ir) muito mais longe do que uma simples matéria de telejornal ou do que um programa do Discovery Channel.

A tradição do documentário no cinema é riquíssima. Ele oferece, para os cineastas, um imenso potencial para a experimentação de linguagem. Sob a ótica da produção, por exemplo, um documentário é muito mais simples do que um filme de ficção. A equipe costuma ser menor. Não há tanta gente envolvida. Não há grande preocupação com maquiagens, figurinos e cenários. Não há um roteiro a ser seguido à risca. Não são utilizados tantos equipamentos. Não é investido tanto dinheiro na realização.
Esses fatores oferecem ao documentarista uma grande mobilidade, mais liberdade e maiores possibilidades de arriscar.

Isso gerou, na história do cinema, obras-primas que experimentaram e transformaram para sempre a linguagem audiovisual. Importante: a originalidade dos grandes documentários está mais relacionada à forma de tratar um tema do que ao próprio tema.

Estamos habituados a uma forma "batida" de documentário, que resume o filme aos seguintes elementos: alguns depoimentos, uma trilha sonora, uma narração em
OFF que dá informações e imagens que simplesmente ilustram o que o narrador está dizendo.

Passar informações de maneira clara e direta é uma atribuição do jornalismo. O documentário cinematográfico está mais para o cinema do que para o jornalismo: busca inserir o espectador no universo do filme e acessar, acima de tudo, a emoção. Busca comunicar muito mais pela sensibilidade do que por informações factuais.

Existe o documentário jornalístico. E é claro que não se pode condenar ou subestimar esse formato. Ele é válido e pode ser bastante interessante. Mas, sob a ótica do cinema, o documentarista é um criador em busca da forma mais original, imaginativa e sincera para abordar um tema.

Texto: Henry Grazinoli
Consultoria de Conteúdo: João Moreira Salles

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O DOCUMENTÁRIO E A VERDADE: EIS A QUESTÃO

O DOCUMENTÁRIO E A VERDADE: EIS A QUESTÃO
Fonte http://www.telabr.com.br

Um bom documentarista, geralmente, não tem a pretensão de dizer a verdade. Chega a ser lugar-comum afirmar que é difícil encontrar "A VERDADE VERDADEIRA", que verdades dependem muito dos pontos de vista, que variam de cultura para cultura, de formação para formação, de pessoa para pessoa. Dessa forma, o documentarista trabalha com a sua verdade, buscando mais interpretar o mundo do que revelar alguma verdade factual ou fundamental.

Tudo o que aparece num documentário passa pelo olhar do realizador, pelo seu filtro pessoal: o que decide filmar, como decide filmar, por que decide filmar, o que coloca e o que tira do material na montagem, a música que utiliza, o silêncio, o depoimento que corta ou resolve manter, a voz que oferece a um narrador. Tudo isso é manipulado pelo documentarista, que, consciente ou inconscientemente, sempre revela seu ponto de vista. A imparcialidade total é impossível.

Concluímos, portanto, que "A VERDADE VERDADEIRA" não é um elemento indispensável para o documentário. A verdade factual não precisa ser perseguida. A verdade que importa para esse tipo de filme é outra: a da experiência sobre a qual a obra trata, a verdade da experiência que o filme quer transmitir para o espectador.

No filme
Santo Forte, por exemplo, o diretor Eduardo Coutinho realiza uma série de entrevistas com brasileiros que se relacionam com a religião. As conversas giram em torno das crenças de cada personagem e de suas experiências espirituais marcantes. Um dos entrevistados conta que, certa noite, sua mulher despertou possuída pelo espírito de "Maria Navalha", entidade da Umbanda. Segundo ele, através do corpo de sua esposa, "Maria Navalha" o ameaçou de morte.

Nesse caso, a verdade que interessa ao documentarista não passa pela discussão da experiência do entrevistado. A questão importante para esse filme não é descobrir se realmente a esposa do entrevistado estava "possuída" pelo espírito de "Maria Navalha" ou se tudo não passou de um delírio (verdade factual). Discutir essa verdade talvez caiba a cientistas. Talvez caiba a teólogos. Talvez caiba a jornalistas que buscam uma matéria fantástica, sensacionalista. Mas não cabe ao documentarista, que está muito mais interessado em conhecer a experiência de seu entrevistado, em captar seu olhar, por vezes focado na recordação, por vezes assustado, mas sempre sincero. Coutinho busca dividir a experiência verdadeira de seu personagem com o espectador.

No texto
O Narrador, o filósofo Walter Benjamin diz que "a experiência que passa de pessoa a pessoa é a fonte a que recorrem todos os narradores". Benjamin também afirma que o excesso de informações factuais está matando a tradição humana de narrar. Bons documentaristas (como bons cineastas) são guardiões do antigo e importante hábito humano de trocar experiências.


Texto: Henry Grazinoli
Consultoria de Conteúdo: João Moreira Salles

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FAZER DOCUMENTÁRIOS É UMA MANEIRA DE SE RELACIONAR COM O MUNDO

FAZER DOCUMENTÁRIOS É UMA MANEIRA DE SE RELACIONAR COM O MUNDO
Fonte http://www.telabr.com.br/

O impulso de pegar um caderninho, uma máquina fotográfica ou uma câmera e sair por aí, produzindo algum testemunho sobre fatos e sentimentos, é um dos impulsos básicos que movem o documentarista. Esse impulso está relacionado ao desejo de produzir um documento, à vontade de retratar um acontecimento importante e dividi-lo com outras pessoas.

Com a crescente difusão das ferramentas de realização audiovisual (é cada vez mais fácil ter acesso a câmeras, que, atualmente, estão embutidas até em telefones), é possível, para muita gente, seguir esse impulso. Diante de qualquer acontecimento importante, basta sacar uma digital do bolso e começar a gravar. Essa facilidade, no entanto, é aparente, pois fazer um documentário exige uma série de reflexões que estão muito além do simples ato de gravar algum evento ou depoimento.

A primeira reflexão importante que se apresenta é: por que, afinal de contas, esse acontecimento a ser documentado é importante? Quais são suas implicações para a vida da pessoa que registra? Quais são suas implicações para a sociedade? Quais são suas implicações para as pessoas que são objeto desse registro? Por que é interessante realizar um documentário sobre esse assunto? Essas reflexões estão relacionadas ao TEMA que será abordado no filme.

Depois, vem a reflexão sobre a FORMA: de que maneira esse assunto será abordado? Se o tema já foi explorado por outros documentaristas, o que se pode oferecer de diferente na maneira de tratar o assunto? Como construir uma narrativa original, que tenha relação direta com a temática abordada e que não caia no lugar-comum da forma documental?

Por fim, apresenta-se a reflexão sobre o próprio DOCUMENTARISTA, que deve se perguntar: por que eu escolhi tratar desse assunto? O que me atrai nesse tema? O que eu tenho como referências, como crenças, como cultura, como sensibilidade para colocar no meu trabalho? Quais são as minhas conclusões sobre o que estou documentando? Que postura vou assumir para documentar? O que é que só eu posso oferecer enquanto forma e abordagem para o meu filme? Eu estou sendo ético nessa abordagem?

Esses três tópicos de reflexão não são assim tão exatos, claro. Eles se relacionam e dialogam entre si. Aprofundar-se numa dessas questões é aprofundar-se, de certa forma, nas outras duas questões.

Por isso, fazer documentário é um ato de pensar sobre as coisas. É um ato de comunicar-se com outras pessoas. É um ato de refletir sobre si mesmo. É uma forma de se relacionar com o mundo.

Texto: Henry Grazinoli
Consultoria de Conteúdo: João Moreira Salles

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Super Dicas

Você tem celular? Entre em ação!
por Andrew Burke © 2006 Videomaker, Inc.

Atualmente podemos criar um vídeo em quase qualquer lugar. Não estamos mais limitados ao uso de um estúdio de TV, laboratório de edição ou até de nosso escritório residencial. É possível fazer um vídeo significativo com as ferramentas mais simples em qualquer lugar em que estejamos. Seja em férias no trailer, acampando, fazendo caminhadas ou fazendo uma viagem internacional. Nosso estúdio móvel consiste em três componentes principais: uma filmadora, um computador laptop e uma ocasional conexão à internet. Esses equipamentos permitem filmar, editar e distribuir o vídeo quando estamos viajando. Veja a seguir algumas dicas a considerar ao montar seu estúdio móvel.
Seu computador
Pense no equilíbrio. Um laptop de tamanho médio é a melhor solução aqui. Um modelo ultraportátil de 12 polegadas pode ser facilmente transportado, mas pode deixar você querendo mais espaço físico na tela que um de 15 polegadas poderia proporcionar. Os modelos maiores, muitas vezes oferecem as telas maiores e a maior capacidade de armazenamento para o seu vídeo. A desvantagem é o tamanho. Para editar HDV, verifique se você tem pelo menos um giga de RAM e armazenamento em disco suficiente para que não precise de um disco extra. Ter uma bateria extra é uma idéia excelente também.
Câmera
Quanto menor ela for, melhor, mas quanto mais acostumado você estiver com ela, melhor ainda. Prefira uma filmadora compacta, que não pese para você. Filmadoras de ombro estão praticamente fora de questão. Também há as câmeras que requerem fitas lubrificadas a seco ou com revestimentos especiais, que costumam ter um desempenho melhor em condições adversas.
Se você não tem uma capa para proteger sua câmera da água e da poeira, está na hora de comprar uma. Enquanto não compra, você pode proteger sua filmadora usando um saco plástico como aqueles usados em supermercado ou para colocar lixo: basta remover seu filtro UV (você tem um, não tem!?), envolver a filmadora com o saco plástico e rosquear o filtro UV novamente no lugar por cima do plástico. Agora, desatarraxe o filtro e retire a rodela de plástico que foi cortada pela rosca da lente, coloque o filtro novamente no lugar e, se possível, envolva uma fita de borracha ao redor do saco plástico no local próximo à extremidade da lente.
Sua conexão com a internet
Wireless: Vários espaços públicos, como lanchonetes, livrarias e mesmo shoppings e sorveterias têm acesso à internet. Muitos oferecem Wi-Fi grátis, mas alguns cobram uma pequena taxa para o uso desse serviço. Se estiver tendo problemas para encontrar um serviço sem fio, muitos hotéis oferecem serviço de DSL ao qual você pode se conectar.
Conexão discada: não é rápida o suficiente para enviar vídeos. Use-a para atualizar o seu blog ou envie um e-mail para os seus amigos dizendo a eles que você vai postar assim que tiver uma velocidade de conexão adequada.
Webspace
Se você tiver uma página inicial ou usar um site de hospedagem de arquivos como Flickr ou YouTube, a web é o que há de melhor para mostrar a todos o que você fez. Softwares, como o iWeb da Apple (parte do iLife '06, US$ 79) ou Serious Magic Vlog It! (US$49), permitem que você "divulgue" os vídeos de maneira fácil e rápida.
Iluminação
O melhor a fazer é montar uma peça de iluminação na base da filmadora, para não precisar ficar carregando suportes de iluminação para todo lado. Uma boa opção seria um kit como o Litepanels DV Camera Kit (US$ 650 com desconto), ainda mais porque algumas marcas podem ser utilizadas com pilhas para filmadora genéricas.
Trazer um refletor flexível é uma opção a ser considerada. Não há baterias para carregar, cabos para perder, lâmpadas para estourar, e ele pode ser dobrado até um tamanho pouco maior que um frisbee.
Painel solar
Se você está longe de uma fonte de energia, isto é essencial. Existem painéis para alimentação de laptops que podem ser adquiridos por cerca de US$ 400. Alguns fabricantes também produzem sistemas de painéis de 20+ watts que alimentam a maioria dos modelos de filmadoras. Encontre um raio de sol amigo e agarre-se a ele!
Tripé
Para as filmadoras menores, um minitripé portátil serve. Ele mede menos de 25 cm e cabe em uma bolsa de mão. As câmeras semiprofissionais ainda vão precisar de um conjunto de hastes padrão mais leves. Ou talvez de uma só, o que funciona também como uma boa haste para microfone.




Como fazer e otimizar seus vídeos
O YouTube foi desenvolvido para tornar o compartilhamento de seus vídeos com os amigos e família o mais fácil possível. Provavelmente, você já tem as ferramentas para fazer um vídeo, mesmo que você não tenha uma filmadora. Webcams, câmeras digitais e até telefones celulares muitas vezes têm recursos de gravação de vídeo; muitas câmeras digitais até possuem um botão para escolher entre fotografias e vídeo, como este:


Portanto, dê uma olhada no que já tem. Você pode se surpreender. A maior parte desses dispositivos grava nos formatos .AVI ou .MPG, suportados pelo YouTube, e a filmagem feita com eles pode ser enviada para o site diretamente a partir do dispositivo ou após ter sido copiada para o seu computador.

Filmadoras digitais e analógicas
Se você já tem uma filmadora digital (uma que capture em Digital8, MiniDV, HDV ou qualquer outro formato de DVD), então você está pronto para começar a filmar sua obra-prima. A sua filmadora precisará de algum tipo de conexão direta com o computador, seja pelas portas USB ou FireWire ou por meio da inserção do DVD que você gravou. Uma vez que tenha baixado o vídeo da câmera, você pode fazer o envio dele para o YouTube ou levá-lo para um programa de edição para brincar com ele um pouco mais.
Mesmo que tenha uma filmadora analógica (do tipo que usa fitas VHS, VHS-C, SVHS-C, 8 mm, ou Hi8) você pode colocar seus vídeos no YouTube. Além de realizar uma etapa adicional, será necessário usar alguns equipamentos adicionais, pois essas filmadoras normalmente não são equipadas com conexões para computador. Você precisará digitalizar o vídeo usando uma caixa decodificadora, que converterá o sinal analógico da filmadora para um sinal digital que o computador possa entender. Após ter sido digitalizado, você poderá manipular o vídeo ou enviá-lo como está.
Como editar e melhorar seus vídeos
A maior parte dos novos computadores é fornecida com softwares básicos de edição de vídeo instalados, como o iMovie da Apple ou o Windows MovieMaker, caso você queira trabalhar um pouco mais ativamente com o seu vídeo. Após copiá-lo de seu telefone, câmera ou filmadora para o computador, você pode transportar o vídeo para esses programas. A maioria deles permite não só que você edite o vídeo, mas que adicione efeitos, títulos e músicas para tornar a aparência e o som de seu vídeo mais interessantes.
Na hora de enviar para o YouTube
Quando você estiver satisfeito com o resultado final, será necessário salvar o vídeo em um formato que o YouTube aceite para enviá-lo. A menos que você seja um produtor profissional de vídeos, recomendamos salvar os vídeos como arquivos QuickTime .MOV, Windows .AVI ou .MPG. Esses são os formatos mais comuns e funcionam bem em nosso sistema. Recomendamos especificamente o formato MPEG4 (Divx, Xvid) com resolução de 320x240 e áudio em MP3. Redimensione os vídeos de acordo com essas especificações antes do envio para que seus clipes tenham uma aparência melhor no YouTube.
Envio direto de dispositivos móveis
Agora, você pode enviar vídeos direto do seu celular ou PDA para o YouTube. Encontre aquela pérola que você conseguiu registrar no celular e ponha já na roda! Basta configurar as Opções de envio do celular e, depois, enviar os vídeos para o e-mail que você indicou. Os vídeos serão enviados com as palavras-chave, títulos e descrições padrão que você configurar ou você pode substituí-los por outros quando for enviar a mensagem.
Como tornar o seu vídeo mais fácil de encontrar
Quando enviar seu vídeo, pediremos que você escolha pelo menos uma categoria e digite pelo menos uma palavra-chave para descrever o conteúdo do seu vídeo. Essas informações ajudam outros membros do YouTube a encontrarem o seu vídeo. Então, se quer um público, ajude-o a encontrar o seu vídeo. Quanto mais precisa a palavra-chave em cada vídeo, mais fácil será para qualquer um achar vídeos legais para assistir.
Torne as suas palavras-chave o mais descritivas possível. Se fez um vídeo de seus amigos na praia, você pode identificá-lo da seguinte maneira: festa praia surfando. Cada palavra-chave é separada das outras por um espaço.






Planeje a tomada: Parte 1 do planejamento da produção
por Jim Stinson © 2005 Videomaker, Inc.

A pior causa de desastres de vídeo é o mau planejamento, não apenas durante a fase de pré-produção, mas durante todo o processo até o fim da pós-produção. Os profissionais não apenas fazem planos; eles implementam esses planos e os seguem até o fim. Quando planeja como um profissional, você:
• Planeja a tomada na pré-produção.
• Filma a tomada planejada na produção.
• Edita a tomada planejada na pós-produção.
A manutenção e execução desse planejamento são essenciais para a produção de um vídeo de qualidade dentro do prazo e do orçamento.
O aspecto de planejamento da criação de vídeo é tão freqüentemente negligenciado que estamos dedicando três artigos a ele, um para cada fase da produção. Neste mês, o artigo é sobre como planejar a filmagem na pré-produção. É claro que a pré-produção não é nada além de planejamento, do primeiro conceito até o cronograma final. Aqui, entretanto, estamos focados principalmente em desenvolver planos para que você possa, realmente, filmar e posteriormente editar. Veremos o processo de elaboração do roteiro (script), seleção do elenco, seleção da equipe, o reconhecimento e o orçamento.
Veremos também uma nova área de planejamento: efeitos especiais. Em outras palavras, o planejamento da pré-produção está relacionado tanto à edição quanto à filmagem.
Primeiro, o roteiro
Ainda que a ação de escrever não faça parte do planejamento, o roteiro resultante é a base para cada decisão única que você vai tomar na preparação da produção. Sem um roteiro completo você não pode selecionar o elenco do programa, projetar sua aparência, determinar a equipe e os equipamentos necessários, listar os locais de filmagem, fazer o orçamento da produção ou definir um cronograma.
Não, um rascunho não é suficiente, mesmo que ele tenha 50 páginas. Apenas um verdadeiro roteiro é suficientemente específico para a realização do planejamento. E um storyboard? Seqüências de storyboard com ações e/ou efeitos especiais complexos são boas para a visualização do layout do vídeo, mas você deve usar um roteiro escrito para fazer o planejamento da produção.
Um script de quot;A/V" (áudio e video) em duas colunas de um programa de não-ficção inclui a narração completa e o áudio principal na coluna da esquerda e as ilustrações correspondentes na da direita. Os filmes de ficção adotam o modelo clássico de roteiro. A web está repleta de exemplos de formato de script. Para ter uma idéia sobre os detalhes a incluir, leia o quadro ao lado. A moral da história é: na hora da produção, não adianta gravar o planejamento sem ter planejado a gravação nos mínimos detalhes.

Efeitos especiais
As pessoas pensam que efeitos especiais se resumem a atividades de composição e computação gráfica realizadas na fase de pós-produção. Entretanto, os efeitos mais convincentes são totalmente planejados na pré-produção, para que o local, a composição e o trabalho de computação gráfica possam ser totalmente integrados por meio da implementação do planejamento detalhado. É por isso que você tem de desenvolver integralmente seus efeitos especiais, mesmo antes de procurar os locais de filmagem e propostas de orçamento.
Por exemplo, pense em uma espetacular colisão frontal de carro. Para conseguir captar o impacto real, você fará com que os carros corram um na direção do outro e passem um pelo outro, talvez 60 cm separados por questões de segurança, fazendo a filmagem principal com uma teleobjetiva para ocultar a distância entre eles. Na pós-produção, você planeja acelerar a tomada da colisão e então ocultar o fato de que eles passaram um pelo outro preenchendo a tela com uma bola de fogo gerada por computador no momento da ação.
Muito bem. Acontece que o verdadeiro segredo de qualquer efeito está em incluir cenas auxiliares no pacote. Para garantir os efeitos desejados, é necessário filmar cenas de cada carro em alta velocidade, mostrar os motoristas e, quem sabe, filmar o capô de um dos carros após a batida, no momento em que a vítima, com muita dificuldade, tenta sair de dentro do carro. O planejamento também inclui colocar alguns blocos de apoio debaixo de um dos lados do carro para incliná-lo e aumentar o ângulo do tombo inclinando a câmera na direção oposta. (Para o diretor de fotografia: Escolha um segundo plano vago, que não denuncie a inclinação da câmera, e projete uma "luz de fogo" cintilante sobre o pára-brisa, a porta e a vítima tentando sair.) Na pós-produção, crie um efeito de fogo violento no primeiro plano para completar o truque. Tudo isso deve ser planejado detalhe por detalhe, até o efeito de fogo e as cinzas.
A moral da história é: você não pode simplesmente dizer, "ah, a gente vai fazer o carro bater no poste." Somente com um planejamento detalhado antes e durante a filmagem, você pode entregar o material necessário para criar um efeito de primeira.





Qual é o grau de detalhamento do roteiro?
Seja fazendo script nos formatos A/V ou de roteiro, você não especifica (na realidade, não deve especificar) os ângulos da câmera e as tomadas individuais. Por exemplo, se a história chama à cena um personagem para olhar as vitrines de uma rua, é suficiente escrever: Márcia anda pela rua principal, olhando vitrines, parando em frente de algumas e continuando. Na metade do caminho, ela percebe alguma coisa em uma vitrine. É a estátua de um falcão negro. Surpresa, ela toma coragem e entra na loja.
Observe como a divisão de parágrafos sugere um corte brusco do conteúdo da cena, mas sem tentar fazer o trabalho do diretor. Qualquer diretor digno do título saberá como distribuir essa ação entre os cenários apropriados. Por outro lado, o gerente de produção pode obter informações suficientes, a partir da descrição, para escalar a atriz que interpreta "Márcia" e planejar a locação com uma rua de cidade pequena, com um antiquário ou loja de penhor, e providenciar um Falcão Maltês como objeto de cena.
Resumidamente, o roteiro deve ser detalhado o suficiente para planejar, sem ser muito restritivo.

Pessoas, lugares e feedback
Até as maiores produções de Hollywood são planejadas e desenvolvidas por aproximação contínua: o script descreve os requisitos; os responsáveis pelo planejamento se aproximam o máximo possível de atendê-los; em seguida, o script é ajustado para eliminar os recursos que não foram obtidos e maximizar aqueles que foram.
Esse fato sempre é verdadeiro quando se seleciona atores. Por exemplo, suponha que o roteiro exija que a madrasta maldosa seja uma mulher bonita e provocante, mas que a atriz que você conseguiu encontrar é uma pessoa desmazelada e insípida que causaria uma impressão de simploriedade ao flertar com outro personagem em cena. Isso acontece o tempo todo. Você então faz algumas alterações rápidas no roteiro para criar uma madrasta maldosa que seja desmazelada e insípida. Fazendo um planejamento para se adaptar às circunstâncias, você resguarda tanto a atriz quanto o programa de situações embaraçosas.
Ou pense nos locais. Se não consegue encontrar nenhum lugar parecido com o calabouço onde a madrasta má aprisionou a heroína, você tem três opções: remover a parte do calabouço, criá-la como um conjunto de transições geradas por computador (se tiver os recursos) ou apenas acorrentar a princesa em um galpão ou outro local semelhante.
Novamente, se planejar esses ajustes antes de iniciar a produção, você ainda terá a chance de filmar o que planejou. Mas, se não tiver investido no planejamento, você vai acabar indo parar em um "calabouço" pouco convincente e terá que improvisar correções no local. Esse tipo de coisa raramente dá muito certo.
O todo-poderoso cronograma
Na realidade, o orçamento e a programação são duas metades de um círculo. A programação leva o elenco, a equipe e os equipamentos necessários certos para a locação correta na hora certa. Ela é crucial se você estiver pagando as pessoas por hora ou dia e não perde importância se a equipe estiver trabalhando gratuitamente.
Um bom planejamento também resulta em uma grande economia de dinheiro (é aqui que o cronograma e o orçamento se encaixam). Por exemplo, se o aluguel do carro antigo que você usa custa US$ 200 por dia, você vai filmar todas as cenas nas quais ele é usado uma após a outra para poder devolvê-lo o mais rápido possível.
Certo, mas e para trazer até o local da filmagem? Já aluguei um carro antigo sem saber que ele não funcionava. Na última hora , tive que desembolsar uma nota preta que não estava no orçamento para alugar um caminhão-guincho por um dia.
Isso também é válido para qualquer coisa que seja sensível ao tempo. Com um planejamento cuidadoso, você terá sempre um elenco perfeito no lugar certo com os equipamentos e acessórios necessários, todos prontos para filmar. Sem planejamento, todos acabarão andando em círculos e isto não é bom.
E se chover ou outra coisa der errado? Um profissional de planejamento terá um plano para qualquer eventualidade: uma maneira de filmar outra coisa até você retomar o seu cronograma original.
Dinheiro, dinheiro, dinheiro
Os contadores profissionais da produção devem manter pequenos altares em honra ao espírito de Murphy, no qual eles queimam notas simbólicas de dólar, porque, em uma tomada, qualquer coisa que poderia dar errado, dará errado. Corolário 1: tudo o que dá errado custa dinheiro.
Tudo. Não é preciso dizer que bons planejadores de produção orçam o filme item por item, incluindo até os cremes do departamento de maquiagem. Em seguida, elas analisam minuciosamente todos os aspectos da produção. Um personagem joga um vaso em outro? Quantas tomadas e quantos vasos serão necessários? Alguma seqüência precisa de neve verdadeira? Qual é a previsão do tempo e quantos dias serão perdidos esperando que a neve caia?
É claro que uma produção é diferente da outra. Se você for filmar o discurso da presidente da empresa na sala dela, sorte sua. Agora, se for fazer a cobertura da migração das baleias da perspectiva do protagonista... boa sorte.
Como você não tem rios de dinheiro, não é só dizer "Quanto é, que eu pago". Cada página do script deve passar por um olhar frio de planejamento, para detectar qualquer parte que possa estourar o orçamento. Separe ainda uma margem para cobrir eventuais despesas extras.
Dobre o seu orçamento. E reze!
O planejamento da produção fica por aqui. Na seqüência, veremos como colocar esse planejamento em prática nas filmagens para editar o vídeo que tínhamos em mente no princípio.
O editor freelance Jim Stinson é o autor do livro Video Communication and Production.
Esse artigo foi publicado inicialmente na edição de abril de 2005 da revista Videomaker Magazine

Recrutamento de talentos
por Dr. Robert G. Nulph © 2006 Videomaker, Inc.
Uma das tarefas mais árduas, importantes e gratificantes de um diretor é encontrar, recrutar e trabalhar com um elenco talentoso.
As pessoas usadas nas produções influenciam muito o sucesso da produção. Todos nós já ouvimos falar ou lemos o quanto a iluminação, a filmagem e a edição são importantes em uma produção. Na verdade, é a pessoa na frente da câmera ou fazendo a dublagem de voz que vai fazer o público se impressionar mais. Por que você acha que temos "estrelas?" Nesta coluna, discutiremos diversas maneiras de encontrar e recrutar talentos e algumas armadilhas que você deve evitar.
Onde nós os encontramos?
O tipo de elenco e onde encontrá-lo dependem do tamanho do projeto e do orçamento; do tipo de atores de que irá precisar; do seu nível de exigência em relação à capacidade dramática, memorização das falas e outras necessidades artísticas a que os atores devem atender e, é claro, do dinheiro de que dispõe.
Há cinco conjuntos principais de talentos a partir dos quais você pode escolher. Entre eles estão família e amigos; membros da organização para a qual você está fazendo o projeto; profissionais nos campos que você está retratando; estudantes de teatro e mídia de escolas de ensino médio ou universidades e de grupos de teatro locais; e, é claro, os atores profissionais e narradores/dubladores.
Tio Chico e tia Regina
A solução mais barata e conveniente (ainda que não seja necessariamente o grupo mais fácil de trabalhar) são os seus amigos e parentes. Existe um encanto inconfundível associado a trabalhar em frente à câmera e "aparecer na TV". Entretanto, a menos que seus amigos ou parentes também sejam extremamente talentosos e possam agüentar a direção, você deve evitar usar esse grupo de talentos. Depois de trabalhar dez horas sem parar e ver o esplendor e o encanto escaparem enquanto você filma tomada após tomada, seus amigos e parentes deixarão de ver você como a pessoa legal que eles conhecem e amam e passarão a enxergar o diretor exigente que insiste em fazer as coisas certas. Se o projeto for bem-sucedido, eles vão amar e dar todo o apoio a você, que vai se sentir ótimo. Entretanto, se as coisas não derem muito certo e eles não estiverem atuando da maneira como você precisa, será mais difícil fazer críticas que não sejam tomadas como pessoais e você vai acabar sendo destituído da posição de diretor e colocado novamente na posição de amigo ou parente, onde tem pouca autoridade e muito pouco a opinar sobre o que eles fazem. É complicado demitir o tio Chico ou a tia Regina.
O CEO da empresa
Usar membros da organização para a qual você está desenvolvendo o projeto pode acabar sendo uma experiência muito compensadora e bem-sucedida. Ela também faz muito bem ao bolso. Se você for bastante cuidadoso no momento da seleção dos artistas e estabelecer desde o início que todos trabalharão para alcançar a meta de criar uma obra excelente para a organização, essa opção pode ter sucesso.
Ao trabalhar com o CEO da empresa ou presidente da organização como seu artista, tente demonstrar desde o início que você percebe a importância da posição deles e a difícil tarefa que estão realizando como oradores no seu projeto. Porém, com muito cuidado, ajude-os a perceber que você é o especialista em mídia e que precisa fornecer orientações e ocasionalmente fazer críticas. Lembre-se: trabalhar em frente às câmeras pode intimidar bastante mesmo as pessoas mais poderosas que você conhece. Faça com que se sintam confortáveis e percorra com eles as etapas do processo, encorajando-os e fazendo elogios em doses pequenas, porém sinceras, e mantendo os comentários críticos o mais positivos possível.
Quando precisar de um grupo de pessoas de uma empresa para atuar nas filmagens, faça testes. Tenha certeza de que as pessoas escolhidas para participar querem estar lá. Se elas forem forçadas a trabalhar na frente das câmeras, isso vai transparecer na linguagem do corpo e poderá criar problemas na produção. Trabalhe com os voluntários para que eles saibam exatamente o que você espera. Divida o trabalho em pequenas partes que eles podem fazer e faça elogios, críticas positivas e tenha pulso firme na direção. É claro, também ajuda ter um pouco de comida à disposição como forma de incentivo.
Contratar um bom dublador para as narrações é tão importante quanto contratar atores. Não basta o dublador ter uma boa voz, ele também deve saber ler, seguir as orientações do diretor e projetar as emoções certas e o tom geral do projeto. As vozes que você vai utilizar podem fazer a produção brilhar ou afundar; por isso, seja seletivo e não escolha a tia Adelaide só porque ela é legal e faz uns biscoitos de chocolate de dar água na boca.
Açougueiro, padeiro, fabricante de velas
O famoso diretor de filme russo Sergei Eisenstein achava que, se você tem um papel para um açougueiro, você deveria sair e escalar um para o elenco. Há bastante coisa a ser dita sobre isso. Os policiais caminham como policiais, os médicos falam como médicos e os dançarinos se movimentam como dançarinos. Se o seu projeto está baseado fortemente no talento de uma profissão específica, você provavelmente fará mais sucesso se escalar aquele papel para uma pessoa que tem aquela profissão. Qualquer um pode atuar tendo um treinamento certo, mas poucos de nós podemos segurar um maçarico de maneira convincente, cortar carne sem cortar um dedo, assar um pão sem ficar totalmente coberto de farinha e criar uma vela decorativa sem queimar suas mãos ou nossa casa. Quando for preciso, contrate um açougueiro, um padeiro, um fabricante de vela.
Atores amadores
Há uma grande quantidade de pessoas dispostas e talentosas esperando pelo seu telefonema para participar da sua produção. Alunos de teatro e mídia de escolas e faculdades e participantes de grupos de teatro do local onde você mora freqüentemente estão dispostos a trabalhar no seu projeto em troca de algumas refeições, dinheiro para pôr gasolina no carro e uma cópia do trabalho final. Entre em contato com essas entidades para descobrir se eles têm um mural onde você possa colocar seu anúncio de convocação. Informe aos atores o tipo de programa ou história para o qual você está selecionando o elenco, exatamente quais são os papéis que você pretende preencher e a quantidade de tempo que eles terão que dedicar. Não tenha receio de ser bem específico sobre os tipos de papéis para os quais você está selecionando. Se você precisa de uma senhora idosa com cerca de 80 anos, forneça essa informação. Você ficará surpreso com o número de mulheres mais velhas que participam de grupos de teatro e estariam dispostas a usar um pouco de maquiagem para parecer mais idosas. É muito melhor do que tentar criar uma mulher de 80 anos a partir de uma de 20.
Quando trabalhar com alunos de teatro, tenha consciência de que a maior parte deles está acostumada a atuar no proscênio, onde o público pode estar a uma distância razoavelmente grande e as vozes e gestos devem ser mais volumosos para permitir que todos consigam ouvir e assistir. Eles vão ficar um pouco intimidados pela proximidade da câmera e vão atuar de maneira muito exagerada no início. Assista com eles à filmagem para que eles vejam o desempenho que tiveram e explique como funciona a intimidade na tela de vídeo. Eles rapidamente aprenderão que menos na verdade significa mais, e você obterá um desempenho de qualidade.
O ator profissional
Dada a própria natureza do seu nome, os artistas profissionais são pagos por seu trabalho. Nos EUA, existem dois tipos de associações ou sindicatos dos quais atores, dançarinos, cantores, dublês e dubladores/narradores profissionais fazem parte: o SAG (Sindicato dos atores de cinema e televisão) e a AFTRA (Federação americana de artistas de rádio e televisão). Se o seu orçamento for grande, você poderá querer ou precisar contratar artistas profissionais. Essas associações têm critérios muito específicos que devem ser seguidos quando se contrata um membro delas. Salário, benefícios, ambiente de trabalho, restrições de tempo e exigências para contratação são apenas algumas das áreas que você precisa conhecer quando trabalha com profissionais.
Se você estiver com o orçamento apertado ou estiver matriculado em uma faculdade, poderá trabalhar com o SAG (Sindicato de atores dos Estados Unidos) no novo Acordo para curtas-metragens, o novo Acordo para Orçamento baixo ou o Acordo de baixo orçamento modificado. Consulte a página da web www.sagindie.com para obter mais detalhes.
Usar atores sindicalizados normalmente significa trabalhar com profissionais que têm muita experiência na frente da câmera. Contudo, tenha critério. Há atores sindicalizados que trabalharam apenas o suficiente para obterem o direito de se tornarem membros, mas que não têm tanta experiência quanto atores teatrais locais. Tenha cuidado para não ser prejudicado.
Um lugar excelente para encontrar talento vocal é na estação de rádio da comunidade ou universidade local. Encontre uma voz que se adeqüe ao estilo da produção que você está fazendo e pergunte à pessoa se ela gostaria de fazer a narração do vídeo em troca dos créditos ou de uma pequena contribuição. Mesmo se estiver fazendo um trabalho de orçamento muito baixo, você ficará surpreso com o número de pessoas qualificadas dispostas a ajudar.
Chamada final
A seleção de elenco pode ser um processo muito cansativo e difícil. Se você começar preparado com uma noção do que deseja, sua tarefa será mais fácil. Saiba quando fazer concessões, quando escolher um ator sem levar em conta uma tipificação e quando as tipificação é determinante. Se você obtiver uma boa atuação no vídeo, o esforço terá valido a pena.
Robert G. Nulph, Ph.D., é produtor/diretor de vídeo/filme independente e ensina produção de vídeo na universidade.






Composição 101
por Kyle Cassidy © 2006 Videomaker, Inc.
O que engrandece uma arte? Composição. Nesta primeira de duas partes, vamos revelar alguns dos truques secretos da composição utilizados por grandes mestres.

Pergunte a muitas pessoas o que é uma boa arte, e todas elas terão uma opinião diferente, falando desde sobre o uso de cor e tinta de um artista até o assunto ou design, mas uma coisa que quase todos vão perceber é o que separa os amadores dos mestres, a composição.
Meninas e meninos, todos a postos, que a aula vai começar.
A tela é o seu quadro
Cinegrafistas, fotógrafos e pintores são todos muito parecidos. Além de serem convidados para todas as melhores festas, precisam contar uma história dentro das quatro arestas de um quadro. Esses quadros são diferentes em dimensão, mas o princípio permanece o mesmo: a tela é o espaço físico que você está utilizando para vender a sua visão. Use-a de maneira sábia.
Há filmes como A Cela, Neve Sobre os Cedros e As Irmãs Diabólicas que, na minha opinião, você poderia pausar aleatoriamente, imprimir o quadro exibido, pendurá-lo em sua parede e ser feliz observando-o pelo resto de sua vida. Esse é um objetivo que vale a pena.
A versão curta e a longa
A composição pode sofrer ligeiras variações, dependendo do tipo de tomada que você está usando. Close-ups normalmente preenchem o quadro com um único objeto, enquanto tomadas de plano geral geralmente contêm mais objetos.
As filmagens longas muitas vezes estabelecem tomadas que retratam os personagens em seu ambiente. Você pode, por exemplo, compor uma tomada mostrando o Monumento de Washington em segundo plano e duas pessoas sentadas em um banco no primeiro plano. O que isso nos diz? Que elas estão em Washington, ou seja, devem ser políticos ou espiões. Ou uma tomada de duas pessoas pequenas com a vastidão de uma montanha à frente delas. O que isso nos diz? Que as pessoas são pequenas e frágeis.
Uma das minhas cenas favoritas de filmes atuais faz parte do clímax de Azumi, filme de aventura sobre artes marciais de Ryuhei Kitamura: os portões da cidade se abrem para revelar, parada em pé sozinha à distância, a heroína. Entre ela e o homem que deve resgatar estão várias centenas de piratas fortemente armados. A expectativa deixa a platéia ofegante. O que se pode aprender com essa tomada? Sabemos que Azumi deve ir do ponto A ao ponto B por meio de uma perigosíssima vastidão de ruas infestadas por piratas. A maneira como essas três informações (a heroína, os vilões e o objetivo) são compostos na tela faz a diferença entre um filme que conta uma história e um filme que conta uma história com elegância.
As tomadas médias são freqüentemente usadas para mostrar interações entre personagens, como duas pessoas sentadas a uma mesa, uma pessoa picando verduras no balcão da cozinha. Elas retratam como as pessoas morando e trabalhando dentro de casa geralmente vêem as coisas. As tomadas médias que Steven Spielberg utilizou nas seqüências de barco em Tubarão dão ao espectador uma sensação de clausura, lembrando-nos de que os nossos heróis têm muito pouco espaço para se abrigar.
Os close-ups revelam expressões faciais e emoções. Eles levam o mundo para longe e nos deixam sozinhos com um personagem. Um uso muito eficaz dos close-ups foi nas seqüências iniciais de O reencontro, filme de Lawrence Kasdan, em que as mãos de uma mulher são mostradas abotoando a camisa de um homem, ajustando sua gravata e arrumando o colarinho. De início, o público é levado a acreditar erroneamente que o homem está sendo vestido para uma noite romântica na cidade por uma parceira atenciosa. Somente conforme os créditos de abertura avançam nós percebemos que as mãos são de um agente funerário preparando um cadáver para o enterro.
Close-ups revelam expressões faciais e emoção. Eles levam o mundo para longe e nos deixam sozinhos com um personagem.
Vocabulário composicional
A composição, assim como o futebol, também tem seu linguajar específico. Conhecer todos os aspectos, definições e usos da composição será de uma utilidade incalculável, não apenas para o trabalho da composição, mas também para desenvolver um olhar crítico sobre o trabalho de outras pessoas.
• A Regra dos terços: A "Regra dos terços" é possivelmente a lição mais importante que você pode aprender sobre composição. Ela sugere que você divida o quadro em nove retângulos iguais (desenhe mentalmente uma estrutura de jogo-da-velha sobre ele) e posicione a sua área de interesse na interseção de duas dessas linhas. Na próxima vez que você estiver observando imagens estáticas ou assistindo a um filme, repare em como esse recurso é utilizado com freqüência.
• Linhas-guia: As linhas-guia direcionam o olhar do espectador para uma determinada direção. Trilhos de trem, rios, árvores caídas, todos esses objetos podem ser utilizados para dirigir a visão do espectador para um determinado objeto dentro da imagem na tela.
• Justaposição: "Justapor" significa reunir duas coisas para comparação. A justaposição pode ser literal, como os milionários em Trocando as Bolas justapostos ao lado de Eddie Murphy que interpreta um mendigo, ou simbólica, como na cena em Star Wars: Uma Nova Esperança em que Obi Wan Kenobi e Darth Vader se encontram pela primeira vez. Eles aparecem em lados opostos na tela, representando a amplitude da condição humana: um a bondade e o outro a maldade.
• Altura livre: Altura livre é espaço acima da cabeça de uma pessoa. Muita ou pouca altura livre fará com que a imagem pareça desequilibrada ou apertada.
• Espaço frontal: Por alguma razão, nos sentimos incomodados quando vemos alguém olhando um lugar sem nenhum espaço à sua frente. Quando fizer uma tomada 3/4 ou de perfil, deixe espaço em frente ao nariz do sujeito.
• Espaço de entrada: O espaço de entrada é o espaço frontal para objetos móveis, como um cavalo ou carro em movimento. Deixe espaço para que o cavalo ou carro entre pela lateral da tela, em vez de congestioná-la.
Adicionar informações ao primeiro ou segundo plano da tomada contextualiza a cena para o espectador.

Plano de fundo
Fique atento ao que está por trás da pessoa. Por meio do visor, muitas vezes você se concentra muito no objeto principal e não se dá conta de que há um poste de telefone brotando da cabeça dele, ou de que o caixilho de uma janela parece surpreendentemente com uma flecha atravessando a cabeça dele de uma orelha à outra, até que seja tarde demais. O segundo plano também pode ser usado como acréscimo à sua tomada. Quando estiver entrevistando o seu avô sobre a experiência dele na guerra, pendurar o uniforme dele ou um mapa, por exemplo, no segundo plano, ligeiramente fora do foco, pode contribuir para tornar o visual mais interessante e adicionar informações úteis à tomada.
Primeiro plano
Da mesma maneira, o primeiro plano pode ser usado para adicionar informações. Duas pessoas deitadas sobre um cobertor no primeiro plano, por exemplo, podem sugerir que o gramado que estamos olhando é em um parque. Coloque um cervo no mesmo local e, repentinamente, é uma campina na floresta. Coloque algumas pessoas bem vestidas, fora do foco, jogando croquê, e o ambiente se torna um solar inglês.
Equilíbrio
Devido à função de nosso cérebro que nos mantêm eretos, tentamos buscar equilíbrio na composição. Um quadro igualmente equilibrado passa tranqüilidade e acalma o espectador. "Equilibrado" não significa necessariamente duas pessoas a distâncias iguais. Uma pessoa no lado direito da tela pode ser "equilibrada" por um relógio pendurado na parede no lado esquerdo.
Tensão
Nem só de paz e harmonia é feito um vídeo. Muitas vezes, o diretor deseja provocar tensão. Isso pode ser feito tirando o equilíbrio, acrescentando algumas linhas verticais ou inclinadas que desequilibram o enquadramento. Uma pequena inclinação lateral da câmera é suficiente para tirar a tranqüilidade do espectador. Ele pode até não perceber que o horizonte está "torto", mas o inconsciente fica com uma sensação de que algo não está exatamente do jeito que deveria. A lente grande-angular também é boa para criar tensão, porque distorce a imagem, fazendo com que as linhas não fiquem paralelas ou perpendiculares.
A distorção do equilíbrio ou o acréscimo de linhas inclinadas que tiram o equilíbrio do quadro pode dar um efeito dramático à sua filmagem.
Manutenção da sua composição
É importante manter homogeneidade na composição para não confundir o espectador. Os atores precisam olhar e falar em direções compatíveis. Por exemplo, dois personagens sentados a uma mesa de jantar, um de frente para o outro, não devem ser mostrados em close-ups olhando para a mesma direção.
Emprego das cores
A composição de cores é um importante componente de muitos filmes. Por exemplo, A Vila, de M. Night Shaymalon, fez um bom uso da cor vermelha para representar elementos do mal e de tons azuis mais frios para representar o bem.
Meses antes de começar a filmagem, muitos diretores, desenhistas de produção e diretores de fotografia selecionam uma paleta de cores para um filme, que contempla também o figurino, e decidem os tipos de cores que vão combinar entre si para transmitir ao público a sensação adequada. Para ver um exemplo de composição em hyper-color, dê uma olhada em O cozinheiro, o ladrão, sua mulher e o amante, de Peter Greenaway.
Conclusão
Não pegue aquele capelo nem a beca com cheiro de naftalina agora. Ainda não é hora da formatura.
Mostramos a você o básico. Em um artigo posterior, mostraremos algumas dicas avançadas sobre composição para fazer suas tomadas de cartões postais de vídeo a vitrines que são uma obra-prima.
Kyle Cassidy é artista visual e escritora prolífica de obras sobre tecnologia.





11 etapas para dar um pouco de tempero
por Kyle Cassidy © 2005 Videomaker, Inc.

Seu vídeo pode ficar chato por várias razões. Falamos com escárnio das "cabeças falantes" na televisão porque elas não são empolgantes. Uma coisa é estar em uma sala com alguém que fale por uma hora, mas é algo completamente diferente assistir isso como uma única imagem de vídeo, sem interrupções. Infelizmente, nem sempre é por seleção natural que se decide quem faz o vídeo. Um cinegrafista tem a obrigação de não entediar os espectadores e espera-se que você deseje fazer um vídeo agradável. Há muitas maneiras para tornar seu vídeo mais interessante com apenas posicionamento, ângulos e movimentos de câmera. Veja algumas idéias.
1. Desça ao nível deles
Um dos erros mais comuns que os produtores de vídeo fazem quando fotografam animais de estimação e crianças é o ponto de vista. Os adultos vêem as crianças e animais sob uma perspectiva completamente diferente que eles vêem um ao outro. Não fique com medo de se abaixar e filmar do chão. Fotografar um chihuahua a 1,5 metro de altura é moleza.
2. Planeje o seu segundo plano
Planejar o segundo plano não é apenas tomar todos os cuidados para que não apareça um poste saindo da cabeça de alguém. É também garimpar os melhores locais de gravação antes de começar a filmar e ir deslocando os artistas para locais mais adequados. Um segundo plano pode ser ruim por estar muito "poluído", isto é, cheio de elementos complexos e confusos, que desviem sua atenção do ator. Ou então, também pode ter luz demais, deixando o ator contra a luz (como acontece se você filmar o sujeito em uma varanda sombreada, com uma praia reluzente ao fundo, por exemplo). Separar um tempo para planejar as filmagens pode fazer toda a diferença.
3. Use cortes
Se você vai permanecer em uma determinada tomada mestre por um longo tempo, como, por exemplo, uma noiva e um noivo trocando seus votos, considere a possibilidade de editar fazendo alguns cortes para quebrar a monotonia. Mostre alguns close-ups de pessoas na platéia, faça uma tomada panorâmica dos carros no estacionamento, uma criança inquieta e até close-ups dos rostos da noiva e do noivo, filmados depois. Isso significa que você não pode se esquecer de filmar cortes: as janelas da igreja, o teto maravilhoso, etc., sempre que tiver a oportunidade. Filme mais do que você pensa que precisa. Isso pode salvar você na sala de edição.
4. Use lentes grande-angulares e teleobjetivas
As lentes grande-angular e teleobjetiva possuem outras propriedades além de simplesmente aproximarem ou distanciarem o objeto; elas também mudam a distância aparente entre objetos. Uma lente grande-agular vai parecer aumentar a distância entre um objeto no primeiro plano e outro no segundo plano. Da mesma forma, uma lente de teleobjetiva vai comprimir a distância e fazer com que os objetos no quadro pareçam estar mais perto um do outro.
Um exemplo corrente de aplicação das lentes teleobjetivas longas é para criar uma ilusão de proximidade em filmes com cenas de arriscadas perseguições de carro, quando, na verdade, o perseguidor e o perseguido estão separados por um "triz" de quinze metros. As lentes grande-angular fazem com que os objetos mais próximos pareçam maiores que os que estão atrás deles. Assim, é possível fazer uma criança no primeiro plano parecer maior que um adulto alguns metros atrás.
5. Utilize um enquadramento natural
Nós gostamos quando as coisas estão enquadradas. Isso aguça nosso interesse e nos indica onde devemos focalizar nossos olhos. Portas e janelas funcionam como quadros óbvios e naturais. Habitue-se a procurar quadros também em outros locais, como na curva feita pelo braço de uma pessoa ou no arco de uma escada.
6. Profundidade de campo
Esta técnica é fundamental para deixar as imagens com um aspecto profissional. Recebe o nome de profundidade de campo o espaço que fica em foco nítido na frente da câmera. Com uma profundidade de campo pequena, o primeiro e o segundo plano ficam fora de foco quando o sujeito aparece em foco no quadro. Quando a profundidade de campo é grande, ao contrário, os elementos do primeiro e do segundo plano ficam tão nítidos quanto o sujeito. Existem várias maneiras de controlar a profundidade de campo. A mais importante de todas, sem sombra de dúvidas, é o ajuste do diafragma de abertura ou íris. Quando a abertura do diafragma é pequena (e o valor do número f é alto, por exemplo, f22), a profundidade do campo é alta, ao passo que aberturas maiores (com números f mais baixos, como f2.8, por exemplo) produzem uma profundidade de campo pequena. Para quem não sabe controlar o diafragma, uma sugestão é criar uma ilusão de escuridão para a câmera utilizando o chamado filtro de densidade neutra na frente da lente. Ele força o sistema de exposição automática da filmadora a aumentar ligeiramente a abertura do diafragma para compensar. Podemos dizer que o filtro de densidade neutra funciona como as lentes dos óculos escuros: não altera a cor, apenas faz com que a imagem pareça mais escura para o sistema de exposição automática.
7. Evite o zoom da câmera
Existe algo pior que uma tomada estática feita usando o tripé: uma tomada estática usando o tripé que alterna entre mais e menos zoom. Use o zoom para se aproximar, faça um corte para alguma outra coisa, use o zoom para se afastar. A menos que a intenção do zoom seja criar um efeito, disfarce-o com um corte.
8. Tente movimentar a câmera
Isso não significa um trabalho de câmera tremido, aleatório, instável, do tipo que se vê aos montes por aí, mas um tipo de movimentação de câmera mais suave, mais padronizada. Dois movimentos de câmera básicos são o 'dollying' e o 'trucking'. Uma tomada do tipo dolly move a câmera na direção do objeto, para dentro e para fora, se aproximando ou afastando dele, enquanto o trucking é o movimento lateral da câmera para a esquerda ou para a direita ao mesmo tempo em que a mantém perpendicular ao objeto. Tente filmar de dentro de uma janela de carro em movimento lento (como um passageiro, é claro; não filme enquanto dirige!) para acompanhar um objeto em movimento, como, por exemplo, uma pessoa correndo. Tente se movimentar por uma multidão para criar uma sensação de que 'o espectador está lá'.
9. Experimente um ângulo de câmera inusitado
Fique abaixado no chão e filme com a câmera voltada para o alto, ou coloque sua câmera em um monopé e levante-a acima da altura de sua cabeça para obter uma perspective aérea. Considere a possibilidade de utilizar escadarias, escadas, ou janelas de pisos superiores para encontrar pontos mais favoráveis de onde você possa fazer a sua filmagem. Perspectivas pouco comuns podem ser entrecortadas por exibições mais padronizadas para quebrar um pouco a monotonia de uma tomada única.
10. Assista TV com um olhar crítico
Quando assistir a filmes ou programas de televisão, preste atenção na produção. Quanto tempo um diretor gasta em uma cena antes de passar para uma outra? Como eles usam planos de ambientação e cortes para conservar o interesse dos espectadores? Qual era a posição da câmera? Conhecer o vocabulário visual do vídeo contribui muito para aprender como utilizá-lo. Ao mesmo tempo, veja as produções de vídeo feitas por seus pares com um olhar crítico. Em que situações eles são bem-sucedidos? Em que situações falham? E por que? Toda vez que percebe e compreende uma nova técnica, você pode acrescentá-la ao seu repertório.
11. Edite com precisão
Encontre os clipes que vão ao encontro dos objetivos do vídeo e descarte todo o resto. Cuidado com elementos com significado limitado, sentimental ou piadas internas, se o público for maior que o seu círculo social mais próximo. Você pode até achar que seu caçula caindo de boca em um prato de espaguete é a melhor filmagem que você já fez, mas as pessoas que não fazem parte da sua família provavelmente vão discordar. E também não se estenda muito. Em vez de mostrar todas as quatro horas que filmou das férias, selecione apenas os melhores trechos de dez segundos e faça uma compilação eficiente e divertida de dez minutos (ou menos).
Conclusão
Entreter o seu espectador deve ser sempre uma das suas metas. E, convenhamos, muitas das coisas que acabam indo parar em vídeo nem são tão emocionantes. Imagine as cenas: "Eu gostaria de aproveitar esta oportunidade para explicar aos acionistas o nosso plano de seis anos para levar a FantastiCoisas à liderança do setor"; "Caríssimos, estamos hoje aqui reunidos para..."; ou "Ah, começou o segundo tempo! Dá para ver bem o Marquinhos ali no meio de campo junto com os outros fraldinhas da seleção". Isso não quer dizer que todos os vídeos corporativos precisam ser um espetáculo, mas você tem a obrigação de tornar o seu vídeo o menos enfadonho possível, se não conseguir torná-lo divertido.
Há diversas coisas que você pode fazer para quebrar a monotonia de um vídeo sem brilho. A primeira dica é olhar criticamente as produções das outras pessoas, aprendendo a ver o que eles estão fazendo, porque estão fazendo e julgando por você mesmo se realmente funciona ou não. Uma vez que você entenda as várias tomadas e técnicas que produzem um bom vídeo, será possível incluí-las no seu próprio trabalho. Movimento, cortes e ângulos incomuns da câmera, todos esses recursos podem acrescentar o impacto às suas produções e torná-las mais interessantes para o seu espectador.
Este artigo foi originalmente publicado na edição de fevereiro de 2005 da revista Videomaker Magazine.
Efeitos de câmera
por Michael Fitzer © 2004 Videomaker, Inc.

Reserve um tempo para transportar sua mente para o passado recente. Você se lembra do último grande filme de hollywoodiano que assistiu? Lembra dos personagens? Lembra-se de como eles fizeram você rir ou chorar, grudar na sua poltrona de medo ou quase pirar de ansiedade e expectativa?
Certo, agora pense um pouco mais. Como o filme foi editado? Você percebeu algum efeito digital de transição, como paginações (peel) ou apagamentos (heart wipes) que exista em seu sistema de edição? Com certeza o último filme que você assistiu não usou nenhum desses tipos de transição. Muito provavelmente o último efeito de paginação (peel) ou estrelado (star burst) que você viu na televisão foi na propaganda de preços baixos da loja de carros usados que fica perto da sua casa.
Os efeitos de transições geradas por computador comumente encontrados no sistema de edição que você tem em casa certamente funcionam. Efeitos como flip, peel, wipe e afins transportam seu espectador visualmente para a próxima cena e ajudam a história a seguir para o seu desfecho. Porém, diferente dos cortes e fusões, a maioria das transições geradas por computador tende a ser visualmente irritante, chamar a atenção do espectador para si e distrair do conteúdo da produção. Quando for filmar uma paródia de uma discoteca nos idos dos anos 70, sinta-se à vontade para girar ou deslizar suas cenas do início até o fim do seu filme. Agora, se o que você busca é produzir um trabalho com um aspecto mais profissional, considere a possibilidade de criar suas transições de câmera. É uma forma de contar a sua história com mais estilo.
Este artigo explica como criar algumas transições básicas com a câmera assim como arrumar o cenário para você experimentar e ver se funciona na sua próxima produção. O uso de técnicas de transição de câmera não quer dizer que você tem de filmar o seu projeto de uma forma linear, editando tudo com o botão de pausa da sua câmera, mas isso quer dizer que você não pode simplesmente adicionar isso na pós-produção. Enquanto o nome pode dar uma impressão errada, transições de câmera usam fontes orgânicas, em vez de digitais, como os principais elementos para transição entre duas tomadas. Quando você quiser usar transições de câmera para ajudar a contar a sua história, é vital que você planeje com antecedência.
Ponha o corpo para trabalhar
Imagine que a seqüência que você está filmando chama à cena o seguinte:
• Uma mulher deve levantar-se da sua mesa,
• sair da sua sala
• e entrar na sala da colega de trabalho.
É uma seqüência de eventos razoavelmente simples que, se você não tiver cuidado, pode virar uma seqüência de eventos razoavelmente chatos. Uma maneira padrão para dar movimento à cena é instruir a mulher a:
1. Levantar-se da escrivaninha.
2. Sair do quadro para a esquerda ou para a direita.
3. Entrar na sala da colega de trabalho pela esquerda ou direita.
Sabendo que um efeito de transição é uma maneira excelente de dar um pouco mais de sabor às coisas, em vez de usar um corte entre a mulher deixando a sala dela e entrando na sala da colega de trabalho, você pode ser influenciado a usar um efeito de ondulação no seu menu de transições quando finalmente chegar ao processo de edição. Você também pode orientar a mulher a fazer o seguinte:
1. Levantar-se da escrivaninha.
2. Andar diretamente para a câmera até que ela bloqueie totalmente a lente com o corpo.
3. O quadro fica preto.
4. Começando com as costas dela voltadas para a câmera, ela sai.
5. Entra na sala da colega de trabalho.
Embora seja necessário editar as tomadas para que elas fluam como uma cena, a segunda opção faz a transição de um local para o outro usando o ator como uma fusão rápida para o preto, em vez de depender de uma transição gerada por computador.
Plano para o sucesso
É ideal planejar as transições de câmera antes de filmar para alcançar alguns objetivos importantes. A filmagem será mais fácil e tranqüila porque você saberá exatamente como passar, visualmente, de uma cena para outra, sem precisar esperar até a edição. Na edição final, você ficará menos tentado a utilizar as cafonas transições de computação gráfica de seu software de edição. As transições de câmera não precisam dos tempos de renderização de transições visualmente complexas geradas por computador.
Transição com movimento de câmera
Vamos sair um pouco do ambiente do escritório e ir a um lugar mais agitado para este próximo exemplo. Imagine que esta é a sua próxima cena:
• Um grupo de rapazes está assistindo a um jogo importante em um bar.
• Um garçom entrega montes de comida e bebida na mesa deles.
• Eles comem tanto que começam a passar mal e não conseguem mais se divertir com o jogo.
Em vez de filmar os rapazes comendo e bebendo durante a próxima hora, você precisa indicar a passagem de tempo com uma transição. Assim como no nosso exemplo anterior no escritório, você poderia direcionar e editar de diversas maneiras, mas por enquanto considere estes dois exemplos:
1. Tomada de rapazes assistindo ao jogo.
2. O garçom entrega um monte de comida e bebida na mesa.
3. Eles atacam com voracidade.
4. Passe para a próxima tomada: toda a comida acabou e nenhum dos quatro rapazes parece estar muito bem.
Com este exemplo, você terá percorrido todos os princípios básicos. O uso de uma transição gerada por computador ajudou a indicar a passagem de tempo e, se os atores forem bons, você tem uma agradável seqüência cômica. Entretanto, a seguinte técnica de transição da câmera pode acrescentar um pouco mais de "tempero" à cena.
1. O garçom entrega um monte de comida e bebida na mesa dos rapazes que assistem ao jogo.
2. Eles atacam com voracidade.
3. Faça uma tomada panorâmica breve até a televisão.
4. Faça uma tomada panorâmica de volta aos quatro rapazes sentados em torno da mesa bagunçada. Toda a comida acabou, e eles parecem doentes.
O segredo é deixar pratos e canecas vazios preparados. Enquanto você movimenta a câmera em direção à televisão por alguns segundos, outra pessoa da equipe, rapidamente, substitui os pratos e canecas cheios pelos vazios. Ou então, se você não tiver assistentes, é só já deixar os objetos que vai utilizar aos pés dos atores, e eles mesmos ficarão encarregados de fazer a troca durante o movimento panorâmico da câmera (só tome cuidado para não filmar o chão).
Essa técnica pode precisar de algumas seções práticas para ajustar o tempo, mas uma panorâmica simples é o suficiente para fazer com que os espectadores notem e apreciem o esforço extra.
Deixe eles adivinharem
Tente usar pincel atômico com tinta não permanente e um monitor de referência para equiparar a forma dos objetos no seu quadro, como dois pneus em dois carros diferentes. Quando tiver equiparado a posição no seu monitor de referência utilizando pincéis atômicos com tinta não permanente, faça um corte ou desmontagem entre esses objetos para criar um efeito de transição deslumbrante. É preciso alguma prática, mas uma vez que você domine o assunto, é uma técnica de transição da câmera que deixará os seus espectadores perguntando: "como eles fizeram isso?"
Correspondência de cenário
Outra técnica que você pode tentar é algumas vezes chamada de correspondência de cenário. Imagine esta situação:
1. Um motorista irritado está preso no trânsito.
2. O suor escorre da sua testa no calor do verão.
3. Corte para a mão quando ela toca a buzina do carro.
4. Quando a mão da buzina é recuada, uma motorista brava vestindo roupas de inverno é revelada.
5. Ela está em um carro igual ao que vimos sendo dirigido pelo homem irritado.
Ainda que as imediações e as circunstâncias que envolvem os dois motoristas sejam praticamente idênticas, os locais onde eles estão podem ficar a quilômetros de distância um do outro. Essa técnica de câmera tornou possível que você transportasse seu espectador por uma enorme distância em questão de frações de segundo. O corte funciona porque as duas cenas são radicalmente diferentes, mas o equipamento entre as duas é o mesmo.
Tente
Before embarking on your next shoot, plan to use one of these easy examples or conjure up an in-camera transition of your own. The right one will add a completely new dimension to your next video production, and will most certainly please your viewers.
Este artigo foi publicado originalmente na edição de janeiro de 2004 da revista Videomaker Magazine.
Faça a coisa clara
por Julie Camenisch © 2006 Videomaker, Inc.
Um guia de informações que vai ensiná-lo a escolher e utilizar o melhor tipo de iluminação para suas produções.

Você quer que seus vídeos pareçam profissionais? Um trabalho de câmera excelente e um som impressionante sozinhos não fazem com que seu vídeo seja tudo o que você quer que ele seja. Você pode pegar uma lição do livro de Hollywood. Um diretor de iluminação de filme cinematográfico demora horas para conseguir deixar a luz certinha, porque ele sabe o quanto ela é importante para o produto final. Isso não deve ser uma prioridade para você também? A qualidade da iluminação de sua produção caracterizará você como um profissional qualificado ou um aspirante em desenvolvimento.
Focalizar ou não focalizar
As luzes de vídeo estão divididas em duas categorias principais: Bare bulb ou Fresnel (pronuncia-se "fré-NEL"). Um bare bulb é bem simples: uma lâmpada luz cercada por um refletor. Também mencionadas como face aberta, essas luzes usam o refletor para focalizar os raios de luz. Todas as luzes de face aberta têm uma iluminação irregular, embora versões mais aprimoradas diminuam um pouco o efeito.
Fresnels, por outro lado, usam uma lente como o mecanismo de foco principal. Eles produzem luz intensa e focada e geralmente têm um alcance mais longo do que as lentes de face aberta.

A luz é branca? Certo?
Seus olhos podem identificar a luz que flui pela janela como semelhante à de uma luz produzida por um kit Lowel DP, mas para a câmera de vídeo as fontes de luz definitivamente não são iguais. A câmera percebe a distinção como uma diferença de temperatura de luz. A temperatura de luz é medida em graus Kelvin (por exemplo, 3200 K). Graus mais baixos produzem luzes mais avermelhadas e graus mais altos, luzes mais azuladas.
Como isso se aplica a você? Muitas luzes de vídeo são "quentes" (3200 K) e emitem uma luz avermelhada. A luz do dia, por outro lado, é "fria" (5500 K) e, por isso, mais azul. Quando planejar a configuração da iluminação, você precisará decidir qual será a fonte de luz principal: luz do dia, tungstênio ou fluorescente. Em seguida, equilibre todas as outras luzes para essa temperatura. É melhor evitar misturar as temperaturas das luzes, a menos que a aparência da luz misturada seja especificamente indicada.
Saiba o nome da lâmpada!
As luzes de vídeo são geralmente conhecidas pelos tipos de lâmpadas elétricas que elas usam e há um bom número de tipos diferentes, então seja precavido. Veja um resumo rápido:
Incandescente: É o tipo de lâmpada que as pessoas costumam utilizar em casa. A de uso doméstico é bem quente (cerca de 2900 K), mas também existem lâmpadas incandescentes profissionais de temperatura mais baixa no mercado. Esse tipo de lâmpada é conhecido como photoflood. O investimento inicial para utilizar essas lâmpadas é bem baixo, mas a desvantagem é que elas não costumam durar muito.
Tungstênio-halogênio: Essas pequenas lâmpadas são menores e mais eficientes que as incandescentes, mas são também mais caras. Às vezes são chamadas de lâmpadas de quartzo, e normalmente são classificadas como 3200 K. Entre as luzes que fazem parte desta categoria estão a Arrilite 600W Focusing Flood da Arri ou a 600W Open Faced Tungsten da Smith-Victor.
Fluorescente: Lâmpadas fluorescentes comuns, como as que encontramos em escritórios, produzem uma luz esverdeada que é difícil de reproduzir usando luz natural e de tungstênio. Mas também existem luzes fluorescentes profissionais. As da Kino Flo, da Photogenic e de outros fabricantes proporcionam bons resultados. Elas estão disponíveis em diversas configurações, incluindo equipamentos com uma ou várias lâmpadas. Além disso, possuem uma vida útil longa, produzem uma iluminação mais suave e quase não geram calor.
Lâmpada HMI (Iodeto de prata aquosa de arco médio): Se você está disposto a gastar algum dinheiro, essas luzes são ideais para o dia e muito eficientes. As lâmpadas HMI produzem quase três vezes mais luz que as lâmpadas de halogênio para a mesma potência. Você pode olhar as lentes Fresnels de 1,2 K da Altman ou a luz suave de 400 watts da Dedolight como exemplos de opções de luminárias de custo mais baixo de HMI.
Lâmpadas de arco voltaico de carbono: Você pode reconhecer melhor essas luzes por suas aplicações de marketing: refletores instalados no lado externo de uma revendedora de carros fazendo círculos de luz no céu. As grandes produções muitas vezes as usam para simular a luz do dia ou para iluminar grandes áreas. Mas os usuários inexperientes não precisam aplicá-la. As lâmpadas de arco voltaico de carbono possuem requisitos de energia exclusivos, e um eletricista treinado é geralmente exigido para a operação.
Monte seu arsenal
Você conhece as suas opções de iluminação. Agora, o que precisa é saber como agir para usufruir delas como um verdadeiro artista visual. Os acessórios de iluminação são as ferramentas que você tem à mão para fechar o negócio.
As bandeiras, abas ajustáveis que são presas à borda de um refletor, são utilizadas para direcionar a luz e evitar a dispersão. As grades também são utilizadas no controle da iluminação. Trata-se de telas de arame trançado colocadas na frente da luz. São eficientes para diminuir a intensidade da luz sem alterar a temperatura da cor.
Um soft box é uma caixa com laterais brancas que é colocada sobre as suas luzes. O soft box é usado tanto para difundir quanto para suavizar a luz que incide sobre seu objeto. Essa "luz suave" produz sombras sutis e suaviza dobras e texturas. Você também pode usar um guarda-chuva para obter essa aparência suave de iluminação. A luz é direcionada para o interior branco ou prateado do guarda-chuva, que reflete e difunde os raios de luz de volta para o objeto que você está filmando.
As gelatinas são uma peça indispensável do kit de iluminação de qualquer cinegrafista. Essas folhas plásticas coloridas são montadas em frente a uma luz ou presas com um clipe à bandeira do refletor. Você pode alterar a intensidade e/ou cor de uma luz por meio do tipo de gelatina usado. Algumas das gelatinas mais comuns são: densidade neutra, que reduz a saída de luz; CTB, que equilibra suas luzes para luz de dia ou HMIs; e CTO, que equilibra sua luz para tungstênio.
Pré-embalado ou a la carte
Você está pronto para comprar algumas luzes? Para aqueles que gostam de selecionar, escolher e personalizar, comprar suas luzes, suportes e acessórios de maneira independente é o caminho. Lowel, Smith-Victor, Arri e LTM são alguns dos diversos fabricantes de luz para conferir.
Se você sabe que precisa de diversas luzes e quer acessórios correspondentes, veja as opções de kit de luz. Muitas empresas de iluminação preparam kits de iluminação prontos, que variam do simples ao complexo. O kit Swing Pac Tungsten da Altman é um desses pacotes. Ele contém três luzes, incluindo um fresnel, alguns acessórios formidáveis, como um Soft-Lite Jr., bandeiras e grades, suportes de luz e caixa para transporte com rodas para transportar para todo lugar.
Outra opção é o DP Super Remote Kit da Lowel. Este pacote é até mais completo (e mais caro). Ele inclui quatro luzes e uma tonelada de acessórios úteis, incluindo um soft-box, guarda-chuvas, géis, quadros de gel, grampos, refletores e hastes, além dos sempre necessários suportes de luz e uma caixa para transporte.
Próximas etapas
A leitura deste artigo é o primeiro passo para tirar proveito do poder da iluminação e transformar uma produção mediana em algo artístico. Leia mais sobre iluminação profissional no site Videomaker. Lembre-se, aprender a arte da iluminação é um investimento do qual você nunca se arrependerá.
Julia Camenisch é uma produtora de vídeo e roteirista freelance.




Iluminação para a internet
por Jim Stinson © 2004 Videomaker, Inc.

Não é novidade que os vídeos para a internet devem ser simples para manter a largura de banda e restringir o tamanho. Imagens complexas e excesso de movimentos podem gerar artefatos, perda de quadros e uma qualidade quase igual à das primeiras tentativas de Thomas Edison (isso também acontecia com os DVDs caseiros, mas os softwares de gravação de DVD têm melhorado drasticamente). E, antes que nos esqueçamos, vídeo nada mais é do que a gravação da luz; por isso, quanto mais simples for a iluminação, mais simples serão as imagens, quer estejam paradas ou em movimento.
E se você não estiver pensando em entregar suas férias para serem devoradas pelo resto do mundo, a 15 fps em janelas de tela de 1/8 pol.? Continua sendo uma boa trabalhar com uma iluminação mais simples, que exige menos equipamentos, gasta menos energia, soa mais natural, é mais confortável para os atores e mais fácil de criar. Vamos dar uma passada nessas vantagens e, a seguir, veremos como surtir grandes efeitos de imagem com poucos recursos.
Reduza o hardware
Você fez cotação de preço de um kit de iluminação profissional ultimamente? Sofreu para colocar seis luzes de halogênio no porta-malas do carro? Tentou iluminar um quarto de 12 x 12 com quatro luzes em um circuito elétrico? Quanto menor a quantidade de luzes, mais moderada a confusão e menor o gasto de energia. Um grande equipamento de iluminação pode fazer você se sentir um grande profissional na primeira vez, mas em breve você se sente como se estivesse nadando com uma bigorna.
De que você realmente, realmente necessita? Primeiramente, refletores: baratos, leves e compactos, porque eles são delgados e dobráveis. Comece com três folhas 3 x 3 de uma chapa de Fome-Cor branca com 2,5 cm de espessura (folhas com menos de 2,5 cm são menos robustas). Acrescente um rolo grande de papel alumínio para forno e um pouco de fita crepe (mais fácil de remover que fita adesiva) e faça refletores de luz dura, suave ou intermediários, conforme a necessidade (consulte nosso Guia do comprador de luzes e refletores nesta edição para obter detalhes). Você também pode comprar refletores desmontáveis de tecido, que são ainda mais convenientes.
Agora adicione apenas uma luz. Eu prefiro um refletor ultracompacto, com ajuste de foco e luz de halogênio de 1.000 watts com bandeira de quatro aberturas, um semi-anel para receber as telas e filtros, um cabo com interruptor e, é claro, um suporte de luz. Acrescente um guarda-chuva ou um soft-box (novamente, consulte o nosso Guia de compras para obter detalhes). Eu prefiro guarda-chuvas porque posso mudar rapidamente a reflectividade e a qualidade da luz usando tipos diferentes de tecido ou conseguir uma luz extremamente difusa fotografando por meio de um tipo de tecido transparente.
Se o seu orçamento para compras é limitado, um suporte com um par de luzes de halogênio de 500 W pode ser muito versátil. Eu freqüentemente direciono uma delas para refletir em um teto branco ou claro e a outra para o sujeito. Os protetores do calor do compartimento de fiação criarão sombras, portanto remova-os se for um iluminador bastante experiente, mas deixe-os no lugar se a luz for manipulada por estudantes ou outros ajudantes inexperientes.
Adicione um cabo de extensão de bitola 10 com 6 m de comprimento, plugues industriais e cor de segurança laranja. (Em ambientes escolares, verifique os códigos locais quanto aos fios de extensão em salas de aulas.) Trabalhando sem um assistente, eu com certeza preciso ter um tripé century para segurar tudo o que precisar ser segurado, mas na nossa lista rigorosa de equipamentos, este é só um adereço.
O que você acha de luzes na câmera? Exceto por forçarem uma sutil briga para ajustar a luz disponível, essas luzes não são equipamentos de iluminação, são apenas males necessários.
Use o que vem naturalmente
Antes de montar este kit básico, meça a luz que está disponível.
Janelas grandes, principalmente de um lado dos atores, podem fornecer praticamente toda a iluminação necessária. Com um pouco de sorte, elas podem ter cortina corrediça para abrandar a luz solar direta sem escurecer demais o quarto. Mas, mesmo sem esse controle a mais, elas podem ser bem aproveitadas.
Se houver luz do sol entrando pela janela, use-a como luz principal sobre o artista. Para obter preenchimento, reflita a luz do sol de volta usando refletores fora da cena no lado oposto.
Se a janela fornece luz indireta, ela pode fazer sozinha uma iluminação maravilhosamente suave. Se você não quer usar refletores para preenchimento, selecione alumínio duro para concentrar essa luz mais suave e colocá-la próximo à pessoa. DICA: Observe atentamente a temperatura da cor, pois a luz do dia indireta pode ser até 2000K mais fria que a luz direta do sol.
Na verdade, as lâmpadas fluorescentes podem parecer sem graça, mas um bom jogo de luminárias no teto de um escritório ou sala de aula bem mantidos algumas vezes funciona muito bem (novamente: ajuste sua proporção de branco com cuidado). Por si só, o jogo de luminárias de teto tende a dar um visual sem graça e uniforme, então você pode querer realçar mais as pessoas usando lâmpadas fluorescentes para preenchimento geral e ajustando a luz principal com uma gelatina com a mesma temperatura de cor.
Que tal iluminação incandescente (lâmpadas, para os leigos)? Os ambientes bem iluminados geralmente oferecem luz ambiente o suficiente para filmagens. Aqui é onde essa luz na câmera vem a ser útil dando mais vivacidade à pessoa no primeiro plano. Para equilibrá-la, comece junto da pessoa e então mova para trás, olhando para a tela de visão externa, até que a luz da câmera não pareça natural e óbvia. Em seguida, tire a foto dessa distância, usando o seu zoom para ajustar o foco como você quiser.
Para fazer tomadas improvisadas em ambientes iluminados por luzes próprias, eu trago minha lâmpada de halogênio tipo torchiere de US$ 30, que fica a cerca de 1,8 m do chão e reflete a luz do teto. Freqüentemente essa luminária acrescenta a luz necessária para reduzir o contraste e evitar que os pavorosos circuitos de aumento de ganho (GAIN UP) da câmera disparem e degradem as imagens.
Não importa qual desses esquemas você utiliza. O resultado será mais natural do que com uma iluminação de "filme", com vários refletores. Isso é especialmente válido para entrevistas, documentários e programas de treinamento.
Um refletor de primeira
Agora você pode comprar aquelas lonas enceradas azuis macias com um lado de prateada clara. Vendidas em tamanhos 1,5x2,5 ou talvez 2,5x3,5 metros, esses fundos fazem as vezes de refletores muito suaves e ultragrandes.
Pendure-os na grade do teto pelos ilhós ou monte-os em pares de tripés century para criar paredes inteiras de luz indireta suave. Freqüentemente isso permitirá ajustar a luz principal do estúdio diretamente com o holofote, em vez de combiná-lo com um soft-box ou guarda-chuva. Pendurada em posição oposta à luz principal, a enorme parede de prata pode refletir um maravilhoso preenchimento de "luz de janela".
Uma palavra de cautela: como esses refletores são desajeitados e difíceis de ajustar, use-os quando você tiver bastante tempo para experimentar com as posições do refletor e da luz principal do estúdio.
Cuide bem dos atores
Os profissionais estão acostumados com o calor e as luzes resplandecentes, mas os amadores (incluindo clientes, CEOs e outras pessoas que você precisa mimar) não estão. É por isso que a luz disponível, com talvez um pouco de retoque, é desejável. Além disso, as luzes e refletores têm de ser ajustados e, geralmente, reajustados, enquanto os atores amadores ficam cada vez mais impacientes.
Mas, se a luz disponível não fornecer a maior parte da iluminação, adicione iluminação de filme moderadamente até que você consiga a imagem desejada. Os refletores são a primeira opção, mas você pode ainda reduzir o desconforto utilizando somente Fome-Cor branco, a menos que uma folha de alumínio mais eficaz seja realmente essencial.
Usando luzes, verifique se você consegue fazer o trabalho acrescentando um refletor de preenchimento, que geralmente direciona a luz e o calor para longe do artista. Caso seja necessário apontar luzes diretamente para os artistas, mantenha-as o mais afastadas possível. Além disso, quanto mais afastadas lateralmente elas estiverem, menor é a intensidade do brilho que elas ocasionam nos olhos das pessoas (embora uma luz principal a um ângulo de 90 graus possa transformar um rosto cheio em uma verdadeira lua).
Se o artista estiver: a) em posição razoavelmente confortável e b) enquadrado com uma folga de mediana a pequena, poderá ajudar segurando um refletor branco abaixo da área enquadrada para produzir um efeito de preenchimento, sem ofuscar. Mas isso também exige cuidado. Se o sujeito tiver pescoço grosso ou papada, fuja da luz ao redor do pescoço.
E não esqueça o grito do eletricista-chefe, "Economize!" Apague suas luzes quando você não estiver montando, ensaiando nem gravando tomadas. Isso vai reduzir o calor e o brilho, conservar a eletricidade e estender o tempo de vida das lâmpadas caras de sua iluminação.
Lembre-se do segundo plano
O perigo de usar luz natural (ou uma única luz principal) mais preenchimento com refletores é negligenciar o segundo plano, de forma que os atores apareçam em um limbo turvo. Como nossas regras básicas proíbem iluminação extra para as paredes, precisamos de outras estratégias.
Uma das abordagens possíveis é usar mais dois pedaços de Fome-Cor em seus equipamentos. Monte refletores de alumínio com eles, posicione-os próximo ao refletor de preenchimento do ator, e incida a luz deles no segundo plano. Freqüentemente você não precisa fazer nada além disso.
Se esse procedimento não tiver bons resultados, (e se a posição da janela ou outra luz principal permitir), mova tudo para mais perto do segundo plano. Muitas vezes você conseguirá aumentar a incidência de luz no plano de fundo em grau suficiente para fazer o trabalho.
E se isso não funcionar, faça o contrário e mova o segundo plano para mais perto das pessoas. Em um ambiente empresarial, você pode desmontar alguns dos biombos que formam os cubículos e colocá-los atrás da pessoa. Em uma sala de aula, uma lousa ou quadro de avisos móvel pode ser deslocado até o local. Ou, se o ambiente não tiver muita importância, uma cortina estrategicamente posicionada atrás do artista dará conta do recado.
Boa filmagem!
O editor freelance Jim Stinson é o autor do livro Video Communication and Production.
Reflexão sobre refletores
por Dr. Robert G. Nulph © 2006 Videomaker, Inc.
Sem dinheiro para aumentar a iluminação? Sem problemas! Veja estas soluções certeiras para fazer seu objeto brilhar sem precisar de energia.

O refletor é um dos acessórios de iluminação mais importantes que um produtor de vídeo usa. Essa útil ferramenta proporciona a capacidade de controlar a luz e o foco sempre que necessário. Neste artigo, analisaremos o refletor, como ele é utilizado e os diferentes tipos disponíveis.
Uma análise do refletor
Há basicamente dois tipos principais de refletores: refletor de luz dura, suave ou de tecido. O refletor de luz dura é uma superfície plana altamente polida prateada ou dourada que reflete a fonte de luz, seja ela o sol ou um instrumento de iluminação. Tradicionalmente, os tamanhos são fornecidos em formatos quadrados de 0,6 ou 1,2 metros e são freqüentemente chamados de "painéis". Eles são usados extensivamente em todo trabalho comercial e de longa metragem e podem ser caros. Entretanto, os baratos podem ser feitos de Fome-Cor. Os refletores de luz dura trabalham muito bem no ambiente externo onde há vento, direcionando a luz forte exatamente onde você a quer. A maioria dos painéis possui um lado altamente refletivo e um lado pouco refletivo para variar as intensidades, que são muitas vezes mencionados como lados "duro" e "suave", descrevendo a qualidade da luz que eles refletem, e não a qualidade do material com que são feitos.
O refletor de luz suave, ou de tecido dobrável, é dourado, prateado, branco ou possui uma combinação dessas cores. Sua superfície tem uma textura irregular que difunde a luz refletida, disseminando-a por uma área mais ampla e suavizando seus efeitos. Use o refletor de tecido como a luz principal ou de preenchimento para iluminar seus atores. Esse tipo de refletor proporciona uma luz similar à que uma fonte de luz difusa gera. O refletor de tecido é uma fonte de luz maravilhosa para iluminar o rosto de seus atores, devido à sua luz difusa suave.
Refletores externos
Se você está usando o sol como sua principal fonte de luz, os refletores são essenciais. Usando o sol como sua luz de fundo ou um refletor de tecido ou o lado de baixa reflexão de um painel como sua luz principal, você pode iluminar as pessoas de maneira muito eficiente, sem que elas fechem os olhos com a luz do sol. Posicione o sujeito de modo que o sol esteja acima do ombro direito aproximadamente na posição de 10:30. Este ângulo impedirá que o sol reflita nas lentes, prevenindo desse modo o reflexo nas lentes. Posicione o refletor na posição 4:30 na frente do sujeito num ângulo alto o suficiente para proporcionar um brilho nos seus olhos, mas que não os faça fechar. (Veja a Figura 1) Se você estiver procurando uma luz branca suave, use um refletor de tecido branco. Se estiver procurando um pouco de brilho, use prata. Se quiser aquecer o rosto e o corpo do sujeito, use um refletor difuso dourado. Para suavizar os efeitos de todos estes refletores, você pode optar por uma combinação de refletores que agora estão disponíveis em branco/dourado, branco/prata, prata/preto e prata/dourado.
Sempre lembre que uma superfície tem uma cor porque reflete essa cor específica para seus olhos. Portanto, um refletor dourado refletirá luz dourada e um refletor branco, luz branca. Com essa idéia em mente, você também pode fazer um ator ter uma aparência de frescor ou passar a sensação de calor usando um refletor de superfície azul ou refletindo luz vermelha, respectivamente. Saber a sensação ou o clima que você está tentando transmitir na cena determinará a cor de refletor a ser usada.
Caso pretenda aproveitar a luz do sol, mas o ator precise ficar na sombra por questões relacionadas ao segundo plano ou à cena, nada de se apavorar. Em vez de arrastar as luzes HMI e ter de montar os mais de cem metros de fiação, prepare um refletor de superfície de luz dura prateado ou dourado e rebata a luz para a cena. Via de regra, refletores de superfície de luz dura não são recomendáveis na iluminação principal ou de preenchimento.
Lembre-se de que, com um refletor de luz dura, você estará, na realidade, refletindo quase uma duplicação do sol, e olhar dentro do refletor é quase como estar olhando diretamente para o sol. Posicione o refletor de luz dura de maneira que ele reflita o sol em direção a um refletor suave que, em seguida, refletirá o sol em direção ao seu modelo. É um pouco parecido com brincar na água. A luz do sol se move em linha reta, assim, ela sairá do refletor no ângulo oposto exato da direção da luz incidente.
Se ela entrar em um ângulo de 45 graus, vai sair em um ângulo de 135 graus. Isso é muito eficaz se você precisa incidir luz embaixo de árvores densas em um parque ou em uma área sombreada em uma cidade. O único momento que você pode usar um refletor de luz dura diretamente na pessoa é se você estiver a uma grande distância da pessoa ou se o sol estiver oculto por nuvens esparsas.
Certamente existe uma preocupação quando se utiliza o sol: ele se move. Na verdade, se a sua filmagem demorar mais que alguns minutos, você deve deixar uma pessoa responsável por ajustar o refletor entre cada tomada. Leve essa questão em consideração quando montar seus refletores e planejar sua tomada. Os períodos do começo da manhã e fim da tarde oferecem a melhor iluminação quando se utiliza o sol, mas um refletor dourado de luz dura bem posicionado pode prolongar esses momentos se você ficar atento aos ângulos e alterá-los conforme a posição do sol muda.
Falamos com freqüência sobre o uso de refletores feitos em casa para aprimorar seus vídeos. Embora sejam razoavelmente eficazes, refletores caseiros não têm a mesma consistência de cores, as propriedades refletivas e a durabilidade dos refletores profissionais. Por exemplo, os pára-sóis de automóveis atuam de maneira muito semelhante à dos refletores de luz dura por terem uma superfície razoavelmente polida, mas não são firmes e polidos o suficiente para oferecer um reflexo verdadeiro como aquele fornecido pelo refletor de luz dura. Porém, eles são polidos demais para funcionarem como bons refletores de luz suave. A versatilidade, a durabilidade e a solidez dos refletores profissionais fazem com que eles sejam investimentos válidos para o produtor de vídeo sério.
Refletores internos
Algumas pessoas acham que refletores são eficazes apenas quando se fazem tomadas externas com iluminação por luz solar. Na verdade, você vai perceber que refletores também são muito úteis na realização de tomadas internas. Se você estiver filmando dentro de um escritório bastante ensolarado e a luz do sol estiver entrando pelas janelas, instale um refletor de luz dura e reflita a luz do sol para um refletor de luz suave ou equalize a iluminação do teto. É imediato, fica muito bonito, e harmoniza a luz com a janela ensolarada que está funcionando como contra-luz. É claro que você pode adicionar filtros de densidade neutra às janelas para que elas não fiquem brilhantes demais, mas esse assunto será tratado em uma outra coluna.
Você também pode usar refletores com luzes de vídeo. Você pode refletir a luz em direção ao seu ator e efetivamente iluminá-lo com apenas um instrumento de iluminação colocando um refletor de luz suave em posição oposta a uma contra-luz forte. Se colocar um difusor branco de luz suave, você adicionará luz de preenchimento à cena.
Às vezes, é difícil conseguir luz na posição certa por causa da restrição criada pelo lugar que o seu talento está. Lembre-se de que um refletor de luz dura pode refletir uma duplicação próxima da sua fonte de luz principal. Então, foque a luz da fonte principal na direção do refletor de luz dura e direcione-a para um refletor suave e de lá para o seu talento. É tudo uma questão de ângulo. Um refletor não necessita de energia, e você geralmente pode posicioná-lo em praticamente qualquer lugar.
Não se esqueça do maior refletor interno de todos, o teto. Ao incidir uma fonte de luz em um teto branco, você pode criar uma luz de preenchimento linda para o seu modelo. Apenas verifique se o teto é branco. Lembre-se de que qualquer que seja a cor da superfície do refletor, a luz refletida será da mesma cor.
Reflexões finais
Uma boa iluminação é criada usando de maneira criativa as técnicas de iluminação e ferramentas disponíveis. O refletor é uma das ferramentas mais úteis que estão à sua disposição. Use a sua imaginação e os refletores para ajudar a criar o ambiente e a sensação do seu projeto. Refletores usados de maneira eficiente fornecerão uma iluminação verossímil, bela e darão aos seus projetos aquele lustro profissional.
Robert G. Nulph, Ph.D., é produtor/diretor de vídeo/filme independente e ensina produção de vídeo na universidade.






Os conselhos que você precisa ouvir: Descobertos os segredos do áudio digital!
por Hal Robertson © 2006 Videomaker, Inc.
Quando se trata do áudio em nossos vídeos, a maioria de nós simplesmente conecta um microfone e pressiona o botão de gravação.

O áudio digital é muito mais que as linhas irregulares que aparecem na linha do tempo. Uma melhor compreensão do processo ajudará você a gravar e editar melhor o áudio a cada projeto. Está na hora de mergulhar e desvendar o segredo do áudio digital. Prometo que vou puxar o mínimo possível para o lado da matemática.
Com base nos números
Na medida em que o som é alimentado na câmera ou computador, ele é digitalizado, um processo que converte o som que ouvimos em seqüências de um e zero. Durante a reprodução, o computador remonta os dígitos e os converte em alguma coisa que podemos ouvir. Você acha que é mágica? Na verdade, é mais matemática que mágica. Para entender a matemática, precisamos saber algumas palavras-chave: taxa de amostragem e profundidade de bit. No vídeo digital, o áudio de entrada é coletado 48.000 vezes por segundo (48 kHz para ser mais conciso), como um instantâneo do som naquele exato momento. A amostragem de 48,000 vezes por segundo nos dá a certeza de uma descrição exata do nosso áudio. Para efeito de comparação, o áudio do CD é amostrado a 44,1 kHz. Há alguns cálculos matemáticos sofisticados, popularmente conhecidos como Teorema de Nyquist, que explicam a taxa de amostragem.
A versão simples é esta: para reproduzir um som com fidelidade, é necessário realizar a amostragem com o dobro da taxa de seu diapasão. Como, de forma geral, a audição humana se restringe à faixa de 20 a 20.000 Hz, a amostra deve ser feita a pelo menos 40.000 vezes por segundo. Uma taxa de amostragem de 48 kHz possibilita isso e ainda mais.
Vamos complicar um pouco a idéia, se é que tantas informações ainda não deixaram você bitolado - com o perdão do trocadilho. Cada amostra de áudio tem uma profundidade de 16 bits. Imagine uma seqüência de uns e zeros totalizando 16 dígitos. Com 16 bits, são possíveis 65.536 gradações para representar o volume de cada amostra. Assim sendo, para cada segundo de áudio, são feitos 48.000 amostras, cada um sobre 65.000 variações. Isso é mais que suficiente para reconstruir um áudio limpo e nítido para o vídeo. Embora o áudio do vídeo digital já supere a qualidade do áudio dos CDs, as gravações sonoras profissionais utilizam taxas de amostragem e profundidades de bit ainda maiores. Os novos discos HD-DVD e Blu-ray utilizam o codec Dolby Digital Plus, compatível com canais 7.1 e taxas de amostragem que chegam a 96 kHz, com 24 bits de profundidade. Para o áudio, o tempo não pára!
O áudio digital fica sobrecarregado ou distorcido com facilidade. Faça certo
Por melhor que seja o som do vídeo digital, há limites práticos. Por exemplo, o áudio digital é sobrecarregado ou distorcido com muita facilidade. Antigamente, na época da fita analógica, era possível passar um pouquinho do 'zero' do medidor e o áudio permanecia inalterado. No mundo digital, quando todos os 16 bits estiverem definidos como '1', não há mais o que fazer. Qualquer volume que ultrapassa aquele ponto é drasticamente distorcido. E a distorção digital não é aquele chiado suave ou som nebuloso que você ouve em um equipamento analógico. É um som áspero, detestável que você definitivamente não quer ter na sua trilha sonora. Algumas filmadoras são equipadas com AGC (Controle automático de ganho). Como implicação temos um áudio que muda o volume automaticamente, atenuando sons mais altos ou aumentando sons mais suaves, trazendo até mesmo o som do ar condicionado e outros sons para o mesmo nível. Se a sua filmadora tem níveis de áudio manuais, aprenda a ler e monitorar os medidores de áudio enquanto grava.
Com ajustes manuais de áudio, você obtém o sinal ideal de entrada na câmera, mas também abre a porta para possíveis distorções. Se estiver utilizando um mixer, verifique se os níveis do microfone estão altos, mas não muito. Ao conectar o mixer à câmera, teste o nível de áudio pedindo a um ator para rir alto ou falar com sua voz mais potente. Use esse ajuste como o nível máximo e não o altere. Você obterá um áudio limpo, homogêneo e fácil de editar na pós-produção.
A grande compactação
Áudio digital estéreo de 16 bits, 48 kHz representa em torno de 11 MB por minuto. É um tamanho de arquivo considerável, especialmente para músicas ou diálogos em projetos mais longos. Para economizar espaço em disco, você pode ficar tentado a usar formatos compactados como MP3, AAC ou WMA. Áudio compactado é ótimo para distribuir na internet ou ouvir no seu iPod, mas não se compara ao padrão do vídeo profissional.
Todos os formatos de áudio compactados usam um recurso chamado de codificação perceptiva. Para atingir uma redução substancial de tamanho, os codificadores perceptivos analisam o áudio e decidem quais partes dele podem ser descartadas, com base na idéia de que o ouvido humano não é capaz de ouvir freqüências muito altas nem muito baixas. Compare uma faixa de um CD original com uma versão compactada, e você ouvirá sons agudos reduzidos, sons graves débeis e uma estranheza geral no meio. Outro segredo do áudio compactado é a divisão da taxa de bits. Uma faixa estéreo precisa de cerca do dobro da taxa de bits de uma faixa mono.
Portanto, os seus MP3s de 128 kps são na verdade dois canais de 64 kbps. Enquanto isso pode parecer bom no metrô ou no seu carro, um projeto de vídeo executado em um home theater pode rapidamente revelar os artifícios de compactação do som. Se você tem de usar áudio compactado em seus projetos, use a mais alta taxa prática de bits.
Dito tudo isso, existem bons motivos para utilizar áudio compactado em seus trabalhos. Por exemplo, muitos vendedores de música isentas de royalties oferecem faixas para download. Se você tiver encontrado a faixa perfeita on-line e precisar dela para hoje, é só comprar. Saiba, porém, que estará trocando qualidade por praticidade. Outra aplicação ideal é em narrações. Com apenas alguns telefonemas e um ou dois e-mails, você contrata um anunciante profissional para gravar a narração do seu próximo trabalho. Você pode enviar o script juntamente com as observações que quiser fazer por e-mail; ele grava o script, converte o arquivo em MP3 e devolve por e-mail para você. Se for gravada com música, uma faixa de voz mono codificada a 128 kbps ou mais é quase impossível de distinguir da versão não compactada.
Existem bons motivos para você utilizar áudio compactado em seus projetos. O importante é que você tenha consciência de que está trocando qualidade por conveniência.

Mistério solucionado
O que você viu foi bastante técnico, mas agora você sabe como aproveitar ao máximo o seu áudio. Resumindo, captura limpa, som alto nas configurações de melhor qualidade. Use áudio compactado somente quando necessário e os seus projetos de vídeo vão ter o melhor som em qualquer sistema de reprodução.
O editor Hal Robertson é produtor de mídia digital e consultor de tecnologia.














Som ninja
por Hal Robertson © 2004 Videomaker, Inc.

O ninja trajando preto ingressa furtivamente no edifício e está prestes a resgatar a filha do imperador quando um bando de assassinos profissionais aparece em seu caminho. Ele derrota habilmente um por um com uma variedade de armas e até mesmo com suas mãos vazias. Ele completa a missão e some misteriosamente noite adentro. É preciso um pouco de esforço, mas podemos aprender uma lição com o ninja. Ele é o mestre de muitas armas e habilidades e sabe por instinto qual delas o atenderá melhor em cada situação. O mesmo é verdade para as suas opções de microfone. Quando compreender todas as forças e fraquezas deles e como usá-las, você saberá imediatamente qual opção é a melhor para cada situação de áudio.
Combate corpo-a-corpo
Pergunte a qualquer instrutor de artes marciais e ele provavelmente dirá que lutas mão a mão são as mais indesejáveis. Ao filmar, a última coisa que você vai utilizar é o microfone embutido da filmadora. É claro que tem a vantagem de estar sempre à mão e não exige preparação ou cabos, mas o som não é profissional e muito menos inspirador. É fácil entender por que: a câmera tem diversos mecanismos internos que produzem constantemente chiados e rangidos. Distância é um outro problema. A grandiosa tia Marta está narrando a infância dela durante a Segunda Guerra Mundial e sua câmera está a quatro metros de distância dela. Você fez uma bela composição de cena e a iluminação está ótima, mas praticamente não se consegue ouvir o que ela diz. É quando o tio Ernesto, sentado próximo à câmera, começa a discutir com vovó Esmeralda a memória seletiva da esposa dele. A conversa deles se sobrepõe e sua entrevista acaba sendo arruinada. Moral da história? Comece pelos microfones externos.
Nunchakus
Considere o microfone manual (bastão) como o nunchaku do mundo do áudio. Esses microfones simples são excelentes para fazer rápidos arranjos de áudio e entrevistas de pessoas na rua. Eles são usados na transmissão de notícias locais e nacionais todos os dias. Os microfones manuais têm dois tipos de captura muito diferentes. Selecionar o tipo certo auxilia muito na criação de um vídeo com som profissional. O padrão mais antigo e mais comum de captura é o omnidirecional. Dá para adivinhar que esse tipo de microfone capta de maneira homogênea o som de todas as direções. Alguns exemplos clássicos de microfones omnidirecionais são o ElectroVoice 635 e o RE50. Fabricados até hoje, a presença que esses cavalos de batalha têm "no ar" é um testemunho da sua durabilidade e funcionamento. Eles têm uma desvantagem: como capturam o som de todas as direções, eles não são capazes de isolar a pessoa que está falando de outros sons altos. Uma repórter que esteja gravando em uma obra de construção pode ser encoberta pelo som das máquinas localizadas atrás dela.
O microfone unidirecional ou cardióide é uma alternativa melhor. Esse tipo de equipamento capta principalmente o som que está à frente e é fácil de apontar para o local onde é produzido o som que você quer gravar. A natureza direcional ajuda a minimizar os efeitos de outros sons e direciona a gravação para o seu objeto. Não é mágica: mesmo assim você vai ter que gritar "Silêncio no aparelho!" Independentemente do padrão de captura que você selecionar, leve o microfone para perto da pessoa que está falando. A redução da distância de captura para menos de 30 cm melhora muito a relação entre sons desejáveis e indesejáveis.
Estrelas ninja
Com a precisão de uma faca, a estrela ninja localiza seu alvo e fica grudada nele. O mesmo é verdade para microfone de gravata ou de lapela. Você coloca esses pequenos microfones diretamente no corpo da pessoa, às vezes aparecendo, dependendo do gênero do seu programa. Sua distância da boca é constante, o que faz deles uma opção excelente para entrevistas sentadas. Os microfones de lapela são pequenos e não atrapalham a sua filmagem também. Este é o padrão profissional para noticiários e entrevistas. Além da variedade de tamanho e cores, os microfones de lapela também podem ser configurados na versão omni ou unidirecional, embora a versão omnidirecional seja a mais comum. As redes de proteção de microfone podem ser usadas em áreas externas e é possível até esconder o microfone de lapela embaixo de uma camisa ou suéter. Somente não coloque o microfone muito embaixo das roupas, pois isto vai abafar o som. Olhe atentamente as entrevistas de vídeos profissionais e você pode achar um minimicrofone escondido debaixo de um colarinho ou atrás de uma linha de botões.
Equipe técnica
A força da equipe reside na habilidade para favorecer a capacidade de extrair o máximo da pessoa que está do outro lado à distância. Os microfones direcionais funcionam de maneira muito parecida. Não importa se está afixado a um suporte ou a uma girafa, o microfone direcional se prolonga com um padrão de captação altamente direcional. Essa característica exige que o operador aponte o microfone com precisão, mas o benefício é a obtenção de um alto grau de isolamento dos sons indesejados. Esse é o tipo de microfone preferido pelos programas de televisão e filmes, pois o mixador de som pode utilizar apenas um ou dois microfones para captar o som de um grupo de pessoas. Os microfones direcionais são muito sensíveis e propensos a captar mais o som do vento do que deveriam. Se estiver fazendo uma filmagem externa, use no mínimo uma proteção de espuma. Para fazer uma redução mais intensa do vento, você precisa de um dispositivo especial chamado zepelim, que é um tipo de invólucro, normalmente recoberto por pêlos, para microfones direcionais. Os pêlos dispersam o vento e o invólucro separa mecanicamente o microfone do vento.
O todo é maior que a soma das partes
Se você estiver escolhendo o seu primeiro microfone externo, considere o tipo de vídeo que você mais faz e compre um que corresponda ao seu estilo de filmagem. À medida que você for ganhando experiência, acrescente outros tipos à sua coleção para ter mais alternativas.
Independentemente do microfone externo que escolher, você sempre terá uma captura de áudio de melhor qualidade em comparação àquela obtida por meio de um microfone embutido. A despesa e o tempo de preparação adicionais valem muito a pena e atribuem às suas produções uma vantagem profissional.
Da próxima vez que for enfrentar o dragão da trilha sonora, prepare-se para a batalha com as armas certas e o conhecimento dos poderes de cada uma. E já pode esperar o beijo de gratidão da princesa.
Microfones no mundo real
Às vezes a maneira correta de instalar microfones não é a melhor maneira. Veja o teatro, por exemplo. Em um mundo perfeito, todas as pessoas usariam um microfone de lapela sem fio colocado de maneira invisível. A realidade dita regras que não são práticas e, freqüentemente, impossíveis. Uma alternativa eficaz é pendurar vários microfones manuais nas varas sobre o palco. Assim, são criados 'bolsões' de captura que dão conta da maior parte da ação com até apenas três microfones.
Utilizar diversos microfones direcionais na parte frontal do palco é uma outra opção. Coloque os microfones em suportes curtos e direcione-os para os pontos de captura mais distantes. Esse procedimento impulsiona a natureza direcional dos microfones. Se o orçamento de seu equipamento for restrito, uma pessoa pode ficar sentada na primeira fileira e apontar um único microfone direcional para a ação, de forma bastante semelhante à da utilização de uma girafa em uma tomada convencional. Se você tem a possibilidade de usar microfones de lapela, mas não quer ver nenhuma parte do equipamento exposta, considere a possibilidade de entremear um microfone de lapela em miniatura nos cabelos, fazendo com que a sua extremidade fique bem próxima à linha dos cabelos na testa ou na têmpora da pessoa. Essa disposição oferece um som surpreendentemente natural e apresenta um impacto visual mínimo.
O compositor Hal Robertson vem produzindo trilhas sonoras estéreo há mais de 24 anos. Ele é dono de uma empresa de consultoria especializada em produção de mídia.
Este artigo foi publicado originalmente na edição de agosto de 2004 da revista Videomaker Magazine.







Falando sério
por Joe McCleskey © 2004 Videomaker, Inc.

Uma das habilidades básicas do mundo dos vídeos é a habilidade de fazer uma gravação clara e boa da palavra falada. Você pode ter um dos melhores usos de câmera, efeitos especiais, títulos e gráficos em seus vídeos, mas se os seus telespectadores não puderem entender o que está sendo dito, então todo o trabalho duro que você teve no visual vai ser em vão.
Nesta coluna, fornecemos a você doze dicas importantes para fazer gravações de qualidade profissional de um dos instrumentos mais delicados: a voz humana. Supomos que você não tenha nenhum conhecimento anterior sobre o assunto e não esperamos que você tenha acesso a um estúdio de gravação ou a equipamentos sofisticados. Entretanto, esperamos que você pratique essas dicas de gravação no seu próximo projeto de vídeo e preste atenção especial no áudio toda vez que fizer um vídeo, mesmo que seja só um vídeo das férias da sua família.
1. Faça um roteiro
Existem várias categorias diferentes de gravações de vídeo e quase todas elas são beneficiadas com o uso de algum tipo de roteiro. Isso não quer dizer que você precisa escrever todas as falas do seu vídeo antecipadamente, mas você deve ter no mínimo algum tipo de planejamento sobre o que cada pessoa vai dizer. Um simples conjunto de anotações é suficiente, mas um esboço é ainda melhor. Enquanto você grava, esteja pronto para fazer alterações em seu roteiro para se adequar às necessidades da situação. Não é possível prever o que o entrevistado vai dizer em entrevistas, mas você pode planejar bem as perguntas que deseja fazer.
2. Filme tendo a narração ou dublagem em mente
Caso pretenda utilizar narração no vídeo, é aconselhável tê-la em mente durante a filmagem para facilitar a edição. Por exemplo, digamos que você esteja gravando um comercial. Se você já souber a fala do narrador de antemão, pode ir repassando-a mentalmente enquanto roda. Talvez seja até uma boa idéia falar o texto do narrador durante a gravação, para orientar o ator que está na frente das câmeras. E se a sua voz aparecer na gravação, não se preocupe. Posteriormente, na hora de editar, você vai substituí-la pela narração de verdade.
3. Equipare a narração ao visual
A dica anterior era sobre combinação do visual com a narração planejada, mas o método oposto também funciona bem. Durante a edição de sua criação visual, mas antes de adicionar a narrativa, procure identificar oportunidades de corresponder as falas com a ação que você vê na tela. Se você tem algum vídeo de um candidato político cumprimentando seus eleitores, você poderá usar uma narração de voz dizendo, "Na tentativa de se aproximar de seus eleitores, o prefeito hoje revelou..."
4. Use um bom microfone
Como a fala será a parte mais importante do áudio, é preciso garantir o melhor microfone possível. Bons microfones são caros, mas um cinegrafista que sabe se virar pede, toma emprestado ou aluga o equipamento, se for necessário. Se você for estudante, procure o laboratório audiovisual ou sala de materiais educacionais da instituição. Se conhecer algum músico, pergunte se ele tem um microfone para emprestar por um ou dois dias. Você pode propor uma gravação da apresentação dele em troca.
5. Mantenha a boca do sujeito próxima ao microfone.
Um dos problemas mais comuns encontrados em gravações de vozes amadoras é a incapacidade do artista em manter a boca próxima ao microfone. Próxima significa bem em frente, se possível com os lábios a uma distância entre dois e cinco centímetros da cabeça do microfone. Para auxiliar nesse processo, use um suporte para o microfone e monitore constantemente a qualidade do áudio por meio de um par de fones de ouvido. Treine seu artista para manter a cabeça voltada diretamente para o microfone. Para fazer gravações ao vivo do artista em cena, use um microfone de lapela com ou sem fio. Não tenha receio de refazer várias tomadas se elas forem necessárias para que você obtenha uma gravação límpida e de qualidade. Existem alguns truques para obter o melhor resultado caso você não tenha um microfone externo ou a sua filmadora não tenha um conector para microfone. Coloque a câmera o mais próxima do artista possível, ajuste-a em seu ângulo mais aberto e faça tomadas de ombros e cabeça ou até um pouco mais próximas, se achar que deve.
6. Use um filtro pop
Pode acontecer de alguns sons explosivos causados pela saída de ar quando o narrador fala as letras P ou T diretamente no microfone ou sons de sopros da letra S ficarem audíveis. Para remediar essa situação com sons explosivos e sibilantes, você pode utilizar um filtro pop, uma peça redonda feita de tecido fino que fica suspensa entre o microfone e a boca do narrador. Os filtros pop profissionais não são absurdamente caros, mas, se precisar improvisar um, você pode dobrar o arame de um cabide para deixá-lo em um formato arredondado e esticar sobre ele uma meia de seda feminina.
7. Use sua câmera como um gravador de áudio
As filmadoras digitais da atualidade são excelentes gravadores de áudio. A sua fidelidade é tecnicamente melhor que a de CDs de áudio e você pode facilmente capturar o áudio gravado em um computador de edição não linear por meio da tecnologia FireWire. É proveitoso criar uma ficha para essas gravações de áudio apontando, para isso, a câmera para uma folha de papel contendo algumas palavras descritivas ao gravar. Registrar o time-code da narração gravada da mesma forma como isso seria feito em qualquer outro tipo de tomada também é uma boa idéia. Esse procedimento ajudará você a localizar narrações/dublagens quando estiver na cabine de edição.
8. Cronometragem é tudo
Muitos vídeos exigem uma cronometragem muito específica para textos falados. O comercial de trinta ou sessenta segundos é o exemplo mais óbvio. Quando você precisa que as palavras correspondam a um período específico, planeje três palavras por segundo e fique pronto para treinar o seu talento a falar um pouco mais devagar e com mais clareza que o normal. Lembre-se de que em nosso discurso comum diário temos várias maneiras de nos comunicar que podem ou não sair bem em um vídeo, e nossos ouvintes provavelmente estão acostumados aos nossos padrões de discurso. Em vídeo, temos de ser o mais claros possível em todas as ocasiões, e falar com um ritmo regular de três palavras por segundo pode ajudar o espectador a entender o narrador.
9. Seja enfático
Nós quase nunca percebemos porque crescemos com a televisão nas nossas vidas, mas freqüentemente as vozes que você ouve em vídeos são mais expressivas e mais dramaticamente carregadas que aquelas que usamos no dia-a-dia. Os atores e âncoras de notícias são treinados para exagerar um pouco na fala, e o que soa como brega superenfático é, na realidade, apenas o correto para a maioria das aplicações de vídeo. Quando treinar um artista amador, não diga a ele para usar o tom normal de voz. Considere a possibilidade de dizer a ele para levar a voz quase até o ponto em que esteja fazendo piadas com o script, como se estivesse trabalhando com um desenho animado. Você pode ficar surpreso com os resultados.
10. Afine o instrumento
Prepare sua voz para fazer a gravação bebendo alguns goles de uma xícara de água quente com uma casquinha de limão e uma colher de chá de mel. É melhor evitar consumir outros tipos de bebidas, especialmente as carbonatadas, café e chá. Se precisar beber algo além de água, tome limonada, bebidas esportivas ou outro tipo de bebida adocicada mas não carbonatada. O açúcar e o ácido cítrico podem ajudar a acalmar cócegas em sua garganta.
11. Contagem regressiva
Quando for gravar várias tomadas de narração, talvez uma contagem regressiva para cada tomada seja útil. Por exemplo, você poderia dizer: "Vídeo de treinamento, seção 7, tomada 1, em 5, 4, 3..." Deixe sempre uns dois segundos a mais antes de começar a falar para ter espaço para editar. Lembre-se também de deixar alguns segundos a mais no final, pelo mesmo motivo.
12. Sempre use fones de ouvido ao gravar o áudio
Se a gravação apresentar algum problema, como perda de sinal, interferência, zumbido, ou o ator se afastar muito do microfone, é bom que você já saiba logo, e não só no momento da edição. A única maneira de saber isso de antemão é sempre usar fone de ouvido na gravação do áudio. O ator pode querer ou não usar fone de ouvido, e provavelmente não será necessário, mas o técnico encarregado da gravação do áudio deve fazer questão de ouvir o som que vai para a fita. É por isso que sempre insistimos em incluir a entrada para fone de ouvido além da entrada para microfone no equipamento padrão para a filmadora.
Na hora de comprar o microfone
Obviamente, você vai querer usar o melhor microfone que você pode conseguir para gravar. Uma longa resposta do que é o melhor é um artigo completamente diferente. A resposta curta é: consiga um microfone portátil ou de prender. Em termos de preço, os portáteis são a melhor opção. Quando considerar o que você pode gastar, lembre-se de que o seu microfone vai ter uma vida útil de serviço longa. Os modelos do próximo ano e as novidades em tecnologia serão apenas um pouco melhores que os de hoje. Na verdade, a maioria dos profissionais tem um microfone favorito velho de guerra e consagrado que eles usam por anos em algum lugar da bolsa de apetrechos.

Esse artigo foi originalmente publicado na edição de março de 2004 da revista Videomaker Magazine.
Edição 101: a escola está em aula
por Morgan Paar © 2004 Videomaker, Inc.

Como você pode esculpir um elefante em mármore? Fácil, consiga um bloco de mármore e corte fora tudo que não se pareça com um elefante. Como você edita três horas de gravação original em uma cópia final interessante de três minutos? Sem problemas, basta tirar todo o material ruim. Aqui está uma pequena lista de técnicas e "as coisas ruins" para procurar quando se sentar no compartimento de edição.
Os primeiros e os últimos cinco segundos
Na verdade, esta é mais uma técnica de filmagem do que uma dica de edição, mas como provavelmente você também está filmando, decidi incluí-la (e caso não esteja, seu cameraman deve se responsabilizar por esta etapa). Trechos iniciais e finais, que em alguns ambientes de edição são chamados de handles, são quantidades de fita gravadas antes e depois da ação. Normalmente gravo pelo menos cinco segundos nas duas extremidades. Isso é realmente útil, especialmente se você pretende usar um efeito de fade (aparecimento/desaparecimento gradual) ou fusão antes ou após seu clipe. Por exemplo, se o ator começar a falar assim que a gravação se iniciar, você não terá imagens suficientes para um efeito de aparecimento gradual (fade in) a partir do preto. Ao filmar, pressiono o botão Record (Gravar) na câmera e anuncio "Fita rodando". Em seguida, observo o time-code no monitor LCD e aguardo cinco segundos antes de gritar "Ação!" Quando o ator termina de falar, espero mais cinco segundos antes de dizer "Corta".
Organização
A organização é extremamente importante, muito mais importante do que você pode imaginar. Com os enormes discos rígidos de hoje e sua própria criatividade ambiciosa, você pode facilmente trabalhar com centenas de arquivos de mídia (vídeo, áudio e fotografias) mesmo em um projeto curto. À medida que examino minha filmagem original, organizo todos os meus clipes em compartimentos com palavras-chave (para pesquisa) e uso os códigos de cor e a opção de caixas de seleção "bom" que o Final Cut Pro colocou na janela do seu navegador. Todos os programas de edição avançada fornecem algum tipo de ferramenta para organização, e seria bom você dar uma olhada nelas. Quando quiser encontrar aquela ótima seqüência enterrada em 30 horas de filmagem bruta, você ficará feliz de ter dedicado um tempo para usá-las.
Monitores
Esta é uma solução cara para um problema sério, mas ela deve estar no topo de sua lista de equipamentos. Você precisa ver seu vídeo da maneira como ele será assistido, e a imagem exibida no monitor de seu computador não é a de uma televisão. Toda cabine de edição profissional possui monitores de vídeo por uma razão. Em nossa edição, usaremos um monitor de vídeo para examinar a cor, procurar problemas de entrelaçamento e verificar a mascaragem. A melhor solução é comprar um monitor de produção profissional, mas, se você não tem cerca de US$ 700, uma simples televisão colorida NTSC é certamente melhor do que nada.
Ritmo
Encontrar o ritmo pretendido foi a lição mais importante que aprendi nos três anos e US$ 60.000 que investi na faculdade de cinema. Estava eu editando meu primeiro curta no sistema Media 100, quando o diretor do programa percebeu como eu estava apanhando na criação. Ele puxou uma cadeira e, sem dizer uma palavra, bateu a barra de espaço, iniciando a reprodução na linha do tempo. Em seguida, começou a bater o pé, o dedo na mesa e na cabeça simultaneamente por oito tempos e bateu a barra de espaço de novo. Por fim, disse: "É aqui que você vai cortar." Existem tantas definições e técnicas de ritmo quanto diretores. Observe o ritmo de outros trabalhos e encontre o ritmo que funciona para o seu estilo de criação e a obra que está fazendo.
O problema das fusões
Sei que o seu software tem mais de 600 fusões. Tenho ido a muitos festivais de filme estudantis e tenho visto todos eles. Eles ajudaram a avançar a história? Eles melhoraram o trabalho? 99% das vezes eles não contribuíram para isso. A maioria dos projetos usa principalmente cortes e ocasionalmente fusões e se desbotam para o preto. Comece a prestar atenção em quantas vezes o filme que você paga para ver ou passa na televisão tem fusões de estrelas ou transições de tabuleiros. Isso não acontece com freqüência. Sim, há muitas transições engraçadas em Star Wars e transições orgânicas no programa de TV do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Use esses efeitos apenas quando eles se adequarem ao ambiente, e não porque eles estão lá.
Existem tantas definições e técnicas de ritmo quanto diretores. Observe o ritmo de outros trabalhos e encontre o ritmo que funciona para o seu estilo de criação e a obra que está fazendo.
Áudio
Esta área pode facilmente ser a campeã dos erros cometidos por iniciantes na pós-produção (e também pela equipe de produção). Nunca se dedica tempo suficiente para ajustar, aperfeiçoar, elaborar e criar um bom —ou melhor— um excelente áudio. O áudio é imensamente menosprezado no processo de produção de filmes. Áudio abrange a produção sonora, os efeitos sonoros, as músicas, narração/dublagem, Foley (áudio pós-produzido durante a visualização da imagem em movimento, como sons produzidos pelas personagens ao beber, passos, etc.) e todos os outros sons existentes ou inexistentes no produto final. Já ouvi pessoas dizendo que um bom áudio melhora a qualidade visual, mas consigo pensar em vários exemplos de filmes e documentários nos quais o áudio salvou a cena ou até mesmo o filme todo. Planeje para a edição do áudio o mesmo tempo que você planejaria para a edição visual. Se não for um especialista em áudio, encontre alguém que seja, faça algumas aulas ou compre alguns livros sobre essa arte. A engenharia de áudio pode intimidar no começo, eu mesmo tive essa sensação durante tempo demais. Mas o quanto antes você começar a fazer experiências na área, menor será o prazo para que os seus vídeos mostrem seu profissionalismo.
Flash Frames
Nos Estados Unidos, um vídeo é composto de 30 fotogramas por segundo, reproduzidos consecutivamente para criar no espectador a ilusão de imagem em movimento. Os softwares atuais oferecem precisão de quadros, o que era muito difícil de obter quando eu editava em máquinas lineares em meados da década de 80. Isso significa que é possível cortar cada segundo de clipe em 30 lugares diferentes. Agora, suponhamos que você esteja filmando o rosto de uma pessoa que está sendo entrevistada e, após a entrevista, você desligue a câmera. A filmagem seguinte é um close-up em um trem passando em alta velocidade. Mais tarde, você se mata de editar o filme em sua sala e, quando assiste à primeira versão, percebe algo de errado no final da entrevista. Não dá para ver direito o que é, mas parece um apagão subliminar entre o final da entrevista e a cena seguinte. Uma explicação possível para a falha é que você tenha deixado um quadro a mais na linha do tempo, no começo da cena do trem. Outra possibilidade é que tenha sobrado um quadro vazio sem filmagem ou escuro no meio do corte.
Visualizando os quadros na linha do tempo, mais afastados, não dá para ver esse erro, mas se você ampliar até o corte, perceberá um quadro isolado contendo uma imagem não planejada. Sempre vejo isso acontecer na janela de edição dos trabalhos acadêmicos. E, o que é pior, vejo acontecer também em produtos acabados, nos festivais. Edição é uma ciência exata. Em uma tarde pode até sair um trabalho bacana, mas o mesmo vídeo poderia levar semanas para ficar perfeito.
Saiba quais serão seus espectadores e edite o seu vídeo de uma maneira que causará impacto neles e os deixará com a emoção que você está tentando comunicar.

Livre-se de seus xodós
Sei que isso soa um pouco dramático, mas esses eram os dizeres favoritos de um grupo de estudantes de cinema de uma escola de ensino médio em que lecionei na Carolina do Norte. E fez bem para eles. Quando você filma, dirige ou produz uma determinada cena, é possível que se apegue a ela por outras razões que não sejam o fato de ela ser uma boa cena. Então, na cabine de edição, as suas emoções confundem seu julgamento objetivo para pressionar o botão de exclusão. Pode haver, facilmente, dúzias desses "xodós" na sua obra-prima, transformando o que deveria ser um trabalho compacto e agradável de 5 minutos em um exaustivo teste de resistência de 40 minutos para a sua família e amigos. Se você não conseguir eliminar seus "xodós" de maneira objetiva, peça a algumas pessoas em cujo julgamento você confia para assistir e criticar.
Salve com freqüência
É como escovar os dentes antes de ir para a cama: todos sabem que devem fazer, mas poucos fazem. Então, um dia você não terá mais dentes. Acontece a mesma coisa com a edição. Adquiri o hábito de salvar manualmente a cada cinco minutos mais ou menos e salvar depois que concluo uma edição complicada. Como os arquivos de projeto são razoavelmente pequenos, também tendo a salvar periodicamente novas versões do meu projeto, de forma que sempre tenha para onde voltar caso mude de idéia depois. Dessa maneira, quando a rede elétrica cai, você não perde as suas duas últimas horas de trabalho e consegue cumprir o prazo final da tarde que se aproxima.
Conheça seu público-alvo
"Conheça seu público-alvo" é outro conceito aparentemente simples, mas que incontáveis editores não compreendem. Se estiver fazendo um curta-metragem sobre questões sensíveis na ala de um hospício, você provavelmente não vai querer editá-lo em um estilo hip-hop, MTV. Saiba quem serão seus espectadores e edite o curta de maneira a causar impacto neles e os deixar com a emoção que você está tentando comunicar.
Versão final
Aí está: dez dicas comuns sobre edição. Quando compreendê-las, você saberá que não deve haver nada na sua cena que não tenha sido planejado. Você também passará por momentos mais agradáveis na cabine de edição e o seu público deixará a exibição com um sorriso estampado no rosto, se esta for a emoção que você está tentando causar nele.
Este artigo foi publicado inicialmente na edição de março de 2004 da revista Videomaker Magazine




















Manipulação do tempo
por Bill Davis © 2005 Videomaker, Inc.
Tempus Fugit. Se você não domina o latim, essa expressão quer dizer "o tempo voa." E ele voa. Às vezes. Ou ele rasteja devagar como uma lesma.

Como produtores de vídeo, é nosso trabalho fazer o tempo voar. Ou rastejar. Ou saltar, pular ou saltitar. Dadas as ferramentas que todo software de edição moderno tem hoje, podemos praticamente fazer o que quisermos como o tempo. Sim, toda vez que nos sentamos para editar, somos os pilotos do tempo. Podemos apresentar o tempo sob diferentes perspectivas. Podemos pegar uma cena que originalmente ocorreu em "tempo real" e colocá-la em câmera lenta para facilitar que o nosso público-alvo examine em detalhes a cena que se passa. Ou podemos optar por acelerar o tempo, reduzindo segundos, minutos ou até mesmo horas longas em um vídeo curto com poucas imagens. Então, dada essa força, como decidimos se é ou não uma boa idéia brincar com o padrão "tempo real" da natureza? Pergunta difícil.
O tempo é seu aliado
Normalmente, fazer um minuto de filmagem leva um minuto para passar na tela. É um ritmo natural que reflete o que esperamos ver no mundo real. Mas voltando à sala de edição, o tempo é (literalmente) o que você fizer dele. De fato, a idéia bem básica da edição começa apenas como uma forma de diminuir o tempo. Quando nós cortamos de uma cena para a próxima, estamos removendo o tempo que nós tivemos de deslocamento de um local ou ângulo para outro e estamos reduzindo a cena para um visual mais reduzido. Esperamos que, após a remoção do material que não é pertinente para a história que estamos contando, o resultado seja uma cena que prenda a atenção do nosso público.
Portanto, a principal ferramenta de compactação de tempo na produção de vídeo é o corte. Na verdade, em praticamente todos os filmes, a única ferramenta de transição empregada é o corte. E como e onde fazer o corte são questões realmente importantes. Assista a materiais bem editados e reserve algum tempo para analisar os cortes. Você perceberá que existe uma "linguagem" dos cortes, principalmente em vídeos de histórias narrativas. Você pode acabar perdendo a audiência se fizer um corte que tenha efeito dissonante e a afaste de sua história.
Nos termos da produção de vídeo, esse fato algumas vezes é mencionado como "jump cut", que significa duas tomadas semelhantes cortadas juntas com um salto em continuidade, posição de câmera ou tempo. É irritante porque ele confunde nossas expectativas de tempo.
Se um personagem levantar o braço em determinada cena e você cortar para outra tomada dessa cena em que ele está com o braço abaixado, dizemos que não há "continuidade", um nome bonito para a manutenção de um fluxo visual, para que o público perceba uma progressão adequada entre as ações. Mas se o objetivo da edição é justamente reduzir o tempo, como podemos atingi-lo? Recorrendo a truques, é claro.

Como enganar o tempo
Uma técnica é cobrir nossos "jump cuts" (cortes sem transição) com cenas do "b-roll" (cenas brutas ou adicionais), que desviam a atenção do público da falta de continuidade. É por isso que uma boa "cobertura", isto é, gravar cenas extras que possam ser utilizadas como cortes, é tão importante. Tomadas de corte mascaram saltos no tempo.
Mas, algumas vezes, mudar o tempo é realmente mudar o tempo. Fazer suas cenas ficarem mais rápidas ou mais lentas do que elas naturalmente ocorreram. E há algumas novas ferramentas excelentes incorporadas aos programas de edição que tornam esse processo muito mais conveniente do que jamais foi visto antes.
Há algumas gerações de software, o recurso legal era o "remapeamento de tempo". Com ele, o usuário não especifica a porcentagem única de "mais rápido" ou "mais devagar" para um clipe inteiro, mas depende da capacidade de mudança da velocidade para aumentar ou diminuir a velocidade via quadros-chave. Com esse avanço, vimos um aumento súbito de comerciais de TV irem ao ar com cenas de movimento que começavam com uma velocidade e então devagar iam acelerando aos poucos e desaceleravam de uma vez num simples efeito.
É um visual legal. E hoje muitos programas de edição são fornecidos com esse efeito. (Verifique em seu manual o termo "remapeamento de tempo" ou um termo semelhante para ver se seu programa pode fazer isso.) Novamente, a vantagem é que você controla a velocidade com que suas cenas são apresentadas para o seu público-alvo.
Digamos que você esteja filmando um 'tour pela escola'. Depois da seqüência "Aqui fica o refeitório", você pretende pular para a seqüência "Com vocês, a sala da fanfarra!". Em vez de gravar a seqüência do refeitório, desligar a câmera e ir para a sala da fanfarra gravar a próxima seqüência, você pode deixar a câmera ligada e ir filmando os sujeitos no próprio trajeto. Com auxílio do remapeamento de tempo, você pode acelerar a filmagem da "caminhada" para que o público acompanhe o percurso entre os ambientes em alta velocidade! Isso ajuda o público a perceber melhor a estrutura física da escola, sem cansá-lo com uma cena de caminhada muito extensa.
Como prolongar o tempo
Quase sempre pensamos em manipulação de tempo em termos de redução de tempo, como em nosso vídeo da escola quando saímos da lanchonete para a sala de música. Assistir a todas as imagens entre as duas locações em tempo real seria monótono e desperdiçaria tempo necessário para outras tomadas mais cativantes. Então simplesmente excluímos a caminhada ou, neste exemplo, aceleramos a cena para torná-la mais interessante. Mas e se desejarmos ampliar a duração de uma cena que na verdade ocorre em apenas alguns milissegundos? Aí que está o problema.
O filme Um homem fora de série , de 1984, estrelado por Robert Redford, está cheio de exemplos clássicos de expansão do tempo. Quanto tempo demora para um arremessador no beisebol fazer um arremesso para o rebatedor? A 129 km/h, cerca de 1/3 de um segundo. Como você pode expandir esta tomada para adicionar mais drama à cena? Manipulação de tempo. No filme, vemos Redford preparando-se para o arremesso final. Vemos então uma tomada ampla da posição do arremessador à medida que ele analisa a situação. Cortamos para uma tomada reversa do rebatedor, do receptor e do árbitro. Cortamos para um close-up do receptor fazendo um sinal secreto para Redford. Cortamos de volta para o close-up do rosto de Redford à medida que ele acena com a cabeça para o receptor. Cortamos para uma tomada ampla dos espectadores boquiabertos nas arquibancadas. Cortamos para um close-up de um pequeno garoto assistindo ao seu herói. Cortamos de volta para o arremessador à medida que ele sobe a perna para o arremesso final. Cortamos de volta para um close-up do rebatedor quando ele chuta a terra na base principal. Imaginou a cena? Essa seqüência inteira representa o que vem a ser um minuto ou mais antes de Redford realmente fazer aquele arremesso rápido como um raio. Nós editores somos mestres da manipulação do tempo!
A natureza do tempo
Já ouvi dizer que "um segundo com a mão sobre o fogo é diferente de um segundo beijando a pessoa amada". O primeiro você não vê a hora de terminar, o segundo você desejaria que durasse para sempre. Isso ilustra bem nossa própria concepção de tempo, que é única e pessoal. As meninas do bordado se deliciam com aquele enxoval que a Ana Maria Braga ensinou a fazer na TV, mas para mim é completamente entediante.
A questão é que o tempo é muito relativo. Portanto, antes de começar a acelerar tudo no seu vídeo para ganhar tempo porque você pensa que está atrasado, lembre-se de que você provavelmente viu a imagem do seu vídeo uma centena de vezes durante a edição. Para o seu público, esta é provavelmente a primeira vez.
Como prolongar o tempo
Quase sempre pensamos em manipulação de tempo em termos de redução de tempo, como em nosso vídeo da escola quando saímos da lanchonete para a sala de música. Assistir a todas as imagens entre as duas locações em tempo real seria monótono e desperdiçaria tempo necessário para outras tomadas mais cativantes. Então simplesmente excluímos a caminhada ou, neste exemplo, aceleramos a cena para torná-la mais interessante. Mas e se desejarmos ampliar a duração de uma cena que na verdade ocorre em apenas alguns milissegundos? Aí que está o problema.
O filme Um homem fora de série , de 1984, estrelado por Robert Redford, está cheio de exemplos clássicos de expansão do tempo. Quanto tempo demora para um arremessador no beisebol fazer um arremesso para o rebatedor? A 129 km/h, cerca de 1/3 de um segundo. Como você pode expandir esta tomada para adicionar mais drama à cena? Manipulação de tempo. No filme, vemos Redford preparando-se para o arremesso final. Vemos então uma tomada ampla da posição do arremessador à medida que ele analisa a situação. Cortamos para uma tomada reversa do rebatedor, do receptor e do árbitro. Cortamos para um close-up do receptor fazendo um sinal secreto para Redford. Cortamos de volta para o close-up do rosto de Redford à medida que ele acena com a cabeça para o receptor. Cortamos para uma tomada ampla dos espectadores boquiabertos nas arquibancadas. Cortamos para um close-up de um pequeno garoto assistindo ao seu herói. Cortamos de volta para o arremessador à medida que ele sobe a perna para o arremesso final. Cortamos de volta para um close-up do rebatedor quando ele chuta a terra na base principal. Imaginou a cena? Essa seqüência inteira representa o que vem a ser um minuto ou mais antes de Redford realmente fazer aquele arremesso rápido como um raio. Nós editores somos mestres da manipulação do tempo!
Interpolação: Contagem de tempo
"Câmera lenta" é uma técnica poderosa usada para ajudar o público a "entender" a cena onde a ação ocorre muito rapidamente para o cérebro processar.
Um ótimo exemplo é o filme Matrix, o efeito "bullet time" que atrai a atenção do público para as habilidades sobrenaturais do personagem principal. Esse tipo de remapeamento de tempo visual foi revolucionário quando chegou aos cinemas alguns anos atrás. Hoje, a maioria dos sistemas de edição pode reduzir o tempo com alguns cliques. Entretanto, é importante saber que nem todos os efeitos de "câmera lenta" são criados da mesma maneira.
A maioria dos softwares de edição de filmes simplesmente muda a taxa na qual os quadros são exibidos para atingir os efeitos de movimento lento e rápido. Portanto, mudar a velocidade em incrementos iguais (quadros pela metade, duplicados, triplicados, etc.) é muito fácil para qualquer software de edição. Mas e se você precisar de outro tipo de recurso além desta manipulação de tempo matematicamente simples? E se você quiser tornar a cena mais lenta em 40%? Evidentemente, a matemática necessária para dividir esses quadros é muito mais complexa.
Foi aí que os especialistas em computador tiveram que se mexer e criar modelos matemáticos para fazer alguma coisa complexa chamada "interpolação." A interpolação é o processo de analisar os dados de movimento nos quadros de vídeo na sua fita, e não somente a exibição deles em diferentes taxas de quadros, mas na verdade "falsificando" dados que não existiam na fita original de maneira que o movimento lento ou rápido na tela seja suave e realista.
Bons algoritmos de interpolação são o segredo para obter resultados realmente bons ao remapear o tempo para obter efeitos de câmera rápida ou lenta. Por isso, se quiser conseguir bons resultados, verifique se o software que está utilizando tem a função de interpolação.
Hora de praticar
Como todos os outros efeitos de vídeo e de edição, o remapeamento de tempo é melhor aproveitado quando transcende o nível do "olha só que legal". No filme Matrix, por exemplo, ele é revelador. As seqüências do "bullet time" ajudam a visualizar elementos que, em tempo real, não passariam de manchas. E no exemplo do "tour pela escola", o remapeamento de tempo coloca o vídeo em um ritmo que não tira o interesse do espectador e, ao mesmo tempo, permite que veja como é o espaço físico da escola, um objetivo essencial do vídeo.
Por isso, desenterre seus manuais e saiba como seu software pode transformar um "editor de vídeo" em um verdadeiro "piloto do tempo" em apenas alguns cliques. Você se surpreenderá com os lugares maravilhosos que poderá mostrar ao público quando tiver aprendido a voar! Tempo esgotado, fico por aqui.
Bill Davis escreve, filma, edita e faz narrações para diversos clientes corporativos e industriais.
Esse artigo foi publicado inicialmente na edição de setembro de 2005 da revista Videomaker Magazine.

Música, música, música
por Jim Stinson © 2004 Videomaker, Inc.

A partir do momento que deixarem de ter como tema os feriados e férias, seus vídeos vão precisar de músicas comercializadas. Programas feitos para clientes, filmagens de casamentos, vídeos comerciais, programas para competições e concursos ou outros tipos de exibição pública, todos devem ter músicas legalizadas ou não devem ter música nenhuma. Acredite em nós: a indústria fonográfica protege seus direitos com rigor e eficiência.
Há quatro caminhos diferentes para legitimar as trilhas sonoras:
• Obter direitos para obras individuais.
• Comprar obras ou pacotes isentos de royalties.
• Moldar as expressões musicais exatamente de acordo com as suas necessidades.
• Criar sons a partir de loops de áudio.
É claro que há um quinto caminho: compor e executar uma composição original, mas não abordaremos esse tópico complexo aqui. Já discutimos essas opções em outras ocasiões. Portanto, vamos colocá-las lado a lado para comparar os prós e os contras. Descobriremos que cada tipo de trilha musical é recomendada para uma situação específica, obviamente.
Locações de trilhas sonoras
A princípio, você pode alugar os direitos para incontáveis milhares de canções, desde hip-hop até cantos gregorianos. Para isso, visite os sites da ASCAP, BMI ou SESAC e siga as instruções. Ao final você terá o direito de utilizar a obra alugada em um programa específico que tenha uma finalidade específica.
Esse caminho é bem vantajoso. Com tantas músicas para escolher, você acaba encontrando um tipo que casa direitinho com o programa. Você vai poder incrementar seu vídeo com composições da melhor qualidade, executadas pelos artistas mais competentes e mixadas pelos melhores produtores. Por fim, aumentará a identificação com o público, que reconhecerá as faixas famosas da trilha sonora.
Agora as desvantagens. Primeira, os direitos de algumas obras não podem ser obtidos, ao menos por pequenos empreendedores, e os custos de outras podem ser proibitivos. Você quer a Marcha Nupcial de Lohengrin gravada em 1953 pela Orquestra da Rádio da Baixa Eslobóvia? Sem problemas! Graceland de Paul Simon? É outra história.
Em segundo lugar, as possibilidades que os trechos oferecem são mínimas. A não ser empregar efeito de fade in e fade out e fazer alterações cortando ou duplicando elementos musicais, não há muito o que fazer com eles.
Todavia, há vezes em que apenas uma música é suficiente. Minha sobrinha acabou de casar-se com uma música de Wynton Marsalis chamada "Trumpet Voluntary" e cantada por Jeremiah Clarke. Quando eu editar o vídeo do casamento, você pode acreditar que irei atrás dos direitos daquela música.
Músicas isentas de royalties
A música isenta de royalties composta especificamente para vídeos é freqüentemente muito mais prática. Para consegui-la, você compra um pacote de trilhas que pode variar de um único CD a uma enorme biblioteca de músicas e paga uma taxa única que dá você direitos a uso ilimitado de todas as trilhas, dentro do escopo definido pela sua licença. Para usar uma única vez, muitas vezes você pode pagar e baixar trilhas individuais.
A música isenta de royalties tem muitas vantagens. Em primeiro lugar, ela é adaptada para gêneros específicos de programas, como comerciais, casamentos, vídeos corporativos e de treinamento. Cada trilha recebe um nome para explicar o seu uso, que pode resultar em nomes engraçados como "Blábláblá corporativo" e "Futuro digital brilhante."
A maioria dos discos traz composições de durações variadas, desde "palhinhas" e finalizações de cinco segundos até peças de três ou quatro minutos para a música de fundo. As bibliotecas mais completas trazem os trechos em várias orquestrações (por exemplo, "com solo de piano" ou "para orquestra pequena"). Algumas ainda oferecem estilos mais alternativos, como new age, bluegrass e soft rock.
Ao adquirir um pacote grande, você freqüentemente recebe um banco de dados de todas as versões, que podem ser pesquisadas por palavras-chave de todo tipo. Mas esses pacotes geralmente são voltados para estúdios de produção ou produtoras que precisam de dezenas ou centenas de faixas para uma vasta série de programas.
Talvez os recursos mais atrativos da música isenta de royalties sejam o custo e facilidade de uso. Embora os preços variem entre as lojas, as músicas individuais geralmente não custam caro para alugar. Se você produz regularmente um certo tipo de casamento, por exemplo, ou então vídeos de treinamento, um pacote de trilhas sonoras isentas de royalties é muitas vezes uma pechincha. Quando você necessita de uma parte, simplesmente escolha o efeito emocional, o tamanho, a orquestração ou talvez o gênero musical e armazene.
Como aspecto negativo, as composições ainda não possuem exatamente a mesma duração do seu projeto, obrigando a realização de acertos de edição e improvisações. Finalmente, a maioria (ainda que nem todas) das músicas de biblioteca soam como o que realmente são: enlatadas e impregnadas com um odor leve de elevadores. Elas são ótimas para atribuir ênfase e para outras funções mais recatadas de suporte ao programa, mas você não vai querer deixá-las chamar atenção para si próprias.
Rode você mesmo
A SmartSound comercializa diversos produtos que possibilitam a criação de composições com sincronia perfeita usando uma grande variedade de arranjos musicais. Em sua forma mais simples, o procedimento envolve a seleção de uma faixa, a escolha de um estilo em uma lista e a inserção da duração necessária. Uma vez que esse procedimento esteja pronto, um clique do mouse gerará uma versão personalizada para o seu programa.
É uma composição real, não é simplesmente música de fundo. Isso ocorre porque cada composição é fornecida com um início, meio e fim. O segredo está na seção do meio, que pode ser cortada em qualquer lugar em intervalos de um segundo e perfeitamente integrada à locomotiva e ao último vagão. As partes são tão habilmente compostas que elas parecem perfeitas, independentemente do comprimento. A música tem uma qualidade à altura das músicas isentas de royalties e algumas faixas SmartSound são, na realidade, derivadas da biblioteca comercial da Music Bakery.
É verdade que não é muito comum uma cena terminar em segundos exatos (com um time-code como 00:03:21:00, por exemplo). Porém, se desejar que o tempo da música coincida com os quadros, é só utilizar a edição de filme para fazer um ajuste discreto de quadros, até que a música e a última cena terminem juntas.
Os programas da SmartSound estão disponíveis em três versões. O Movie Maestro (US$ 50) contém as funções básicas e pode ser utilizado isento de royalties em aplicações educacionais e não comerciais. Você pode incrementar as composições fornecidas comprando CDs da SmartSound e selecionando os estilos adequados para os programas que produz.
O Quicktracks, um opcional do pacote Adobe Premiere Pro, está repleto de recursos úteis e fornece todos os direitos comerciais. O líder SonicFire Pro (US$ 300- US$ 500) também já traz todos os direitos comerciais e diversos recursos adicionais. Com ele, você ouve demonstrações e baixa originais, trabalha com qualquer arquivo de som, inclusive MIDI e faixas de áudio de CD, e controla a composição e edição de forma precisa e sofisticada. Os resultados são tão bons que muitos estúdios pequenos de produção dispensam os outros softwares.
Repetição do loop
Se você quer personalizar as suas músicas 100%, as composições com base em loop podem ser para você. A idéia básica é simples: componha você mesmo a música original manipulando os segmentos repetitivos da música (chamados de "loops " porque no passado a prática era colar as pontas de longas fitas gravadas para formar um círculo que poderia ser repetido indefinidamente). O ACID da Sony (comprado da Sonic Foundry) é o pacote de software mais antigo e popular para esse tipo de composição com base em loop, mas existem vários outros produtos também, como Fruity Loops, Adobe Audition ou Bitheadz.
Trabalhando de forma horizontal (na linha do tempo), você escolhe uma faixa inicial, que em geral é uma parte rítmica, e monta uma ou mais seqüências de repetição do loop. Em seguida, você acrescenta mais uma camada na próxima faixa da linha do tempo, uma linha de baixo, por exemplo. O processo segue incorporando mais camadas e instrumentos, até obter o efeito desejado.
O processo parece rudimentar, até lembrarmos que os softwares de loop acessam, literalmente, dezenas de milhares de loops diferentes, executados por músicos profissionais em instrumentos de verdade, ao contrário dos equivalentes sintetizados. Usando de criatividade para selecionar, combinar e dar um acabamento aos componentes, suas músicas vão parecer sofisticadas e totalmente originais.
A boa e a má notícia sobre composição de loop é a mesma: envolve a criação de melodias e arranjos reais. Se tiver talento musical e pelo menos alguma experiência, você pode atingir resultados notáveis e gratificantes. Por outro lado, se compõe apenas casualmente, você nunca vai conseguir resultados satisfatórios.
Talentoso ou não, você gastará um bom tempo em cada parte. Imagine-se produzindo uma montagem de vídeo multicamadas de 30 segundos, manipulando tempo e cor, acrescentando efeitos e compondo títulos em movimento 3D. A criação de uma composição sofisticada com base em loop também pode consumir muito do seu tempo.
Em última análise
Como declaramos, cada tipo de música tem seu lugar. Se uma obra musical específica é importante, pode ser rentável alugar os direitos autorais para usá-la. Caso você seja especializado em um determinado gênero de vídeos, uma boa biblioteca de músicas isentas de royalties pode ser a maneira mais rápida de conseguir um som profissional. Agora, se você produz programas de estilos variados, trilhas personalizáveis da SmartSound oferecem grande versatilidade e velocidade. E, se você tiver o tempo e o talento necessário, não há nada mais satisfatório para seus impulsos criativos que usar loops para montar sua música.
Na verdade, uma coisa é mais satisfatória. Mas se você fosse capaz de compor, arranjar, executar e gravar sua própria música original, não precisaria dessas outras soluções.
Lista de fabricantes de software para a criação de música
Esta é uma lista de empresas que produzem software para criação de música. Ela não é completa.
• Adobe (www.adobe.com)
• Apple (www.apple.com)
• Arturia (www.arturia.com)
• Bitheadz (www.bitheadz.com)
• Cakewalk (www.cakewalk.com)
• FL Studio (www.flstudio.com)
• Magix (www.magix.com)
• PG Music (www.pgmusic.com)
• SmartSound (www.smartsound.com)
• Sony Pictures Digital Neworks (mediasoftware.sonypictures.com)
• Steinberg (www.steinberg.com)
• U&I Software (www.uisoftware.com)
• Voyetra (www.voyetra.com)
Lista de produtores de bibliotecas de músicas e efeitos sonoros em CD
Este é um exemplo de empresas que criam bibliotecas de música e/ou de efeitos sonoros. Esta não é uma lista completa.
• 615 Music Library (www.615musiclibrary.com)
• Accent Music Productions (www.accentmusiccds.com)
• AirCraft Production Music Library (www.mediacraftmusic.com)
• Associated Production Music (www.apmmusic.com)
• British Audio Designs (www.britishaudio.com)
• The Canary Collection (www.canarymusic.com)
• Catovah Arts (www.catovah.com)
• ClipJingles (www.clipjingles.com)
• Crank City Music (www.crankcity.com)
• CSS/DAWN Music (www.cssmusic.com)
• Davenport Music Library (www.davenportmusic.com)
• DeWolfe Music (www.dewolfemusic.com)
• Flying Hands Music (www.flyinghands.com)
• Freeplay Music (www.freeplaymusic.com)
• Fresh Music Library (www.freshmusic.com)
• Gene Michael Productions (www.gmpmusic.com)
• Geoffrey Wilson Buyout Music (www.gwilsonbuyoutmusic.com)
• Ghostwriters Radio Mall (www.radio-mall.com)
• Instant Access Music (www.iamusic.com)
• Killer Tracks (www.killertracks.com)
• Lazertrax Production Music (www.lazertrax.com)
• LicenseMusic.com (www.licensemusic.com)
• Manchester Music Library (www.manchestermusic.com)
• Manhattan Production Music (www.mpmmusic.com)
• Media-Tracks (www.media-tracks.com)
• Megatrax (www.megatrax.com)
• Mokal Music (www.mokalmusic.com)
• Music 2 Hues (www.music2hues.com)
• The Music Bakery (www.musicbakery.com)
• Narrator Tracks (www.narratortracks.com)
• Network Music (www.networkmusic.com)
• Nightingale Music Productions (www.nightingalemusic.com)
• Non-Stop Productions (www.nonstopmusic.com)
• OGM Production Music (www.ogmmusic.com)
• Omnimusic (www.omnimusic.com)
• Partners in Rhyme (www.partnersinrhyme.com)
• PowerHouse Music Library (www.powerhousemusic.com)
• Production Garden Music (www.productiongarden.com)
• Pro Background Theme Music (www.pbtm.com)
• River City Sound Productions (www.rivercitysound.com)
• Signature Music Library (www.sigmusic.com)
• Sound Dogs (www.sounddogs.com)
• Sound Ideas (www.sound-ideas.com)
• Studio Cutz (www.studiocutz.com)
• Token Media (www.token.com)
• TRF Production Music Libraries (www.trfmusic.com)
• UniqueTracks Royalty Free Music (www.uniquetracks.com)
• Valentino Production Music (www.tvmusic.com
Este artigo foi publicado originalmente na edição de janeiro de 2004 da revista Videomaker Magazine.

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