Precisei de outra lente para trabalhar melhor, e comprei uma sigma 17-70 estou gostando do resultado. Ela apresenta imagens mais satisfatórias com diafragma f 8.0 ou mais fechado, a baixo desse valor apresenta leve distorçao nas bordas, muito mais acentuada em sensores full frame, que não é o meu caso. Corpo bem elaborado com leve tendencia ao aculmulo de poeira. pode ser travada em 17mm, e seu macro me agradou muito. Valeu a aquisição.
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
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Lente Sigma AF 17 - 70mm f/2.8-4.5 DC |
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
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O Sony Vegas |
O Sony Vegas agora com DVD Architect 4 incorporado combina edição de vídeo SD, DV e HDV em tempo real com ferramentas de áudio que oferecem um ambiente tudo-em-um para profissionais criativos, com alta definição e alta fidelidade em uma plataforma eficiente e descomplicada, que maximiza a produtividade com velocidade incrível e um poder tremendo.
Requerimentos e notas:
Requer:- Processador de 800 MHz ou melhor (recomendável 2.8 GHz);
- 200 MB de espaço em disco;
- Pelo menos 256 MB de RAM (recomendável 512 MB);
- Placa de som sompatível com Windows;
- Drive de CD-R (para gravação de CD);
- Microsoft DirectX 9.0c ou mais recente;
- Microsoft .NET Framework 1.1 SP1;
- Internet Explorer 5.1 ou mais recente.
Roda em Windows 2000, XP
terça-feira, 9 de outubro de 2007
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Programa para captura - Mini DV |
O uso do programa WinDV é muito simples. Com a Camera conectada na porta FireWire, Basta acionar e terminar a captura com o botão "Capture". Pronto.
Captura com WinDV
Origem: TrashWiki, a enciclopédia livre.
Observações:
- O WinDV, e qualquer outro programa de captura, não consegue capturar o início da fita. Portanto, antes de gravar deixe uns 2 segundos de espaço no início.
- O checkbox do lado do botão "capture" indica para o WinDV comandar a fita. Não use este checkbox caso você esteja capturando ao vivo.
- Um problema que pode ocorrer é ao usar este checkbox, no qual o WinDV manda tocar a fita mas tem aquela inércia do vídeo começar a tocar. Acontece que o WinDV vai pegar uns, dropped frames de bobeira. Logo, uma recomendação: inicie a captura com a fita já tocando.
- Os arquivos são nomeados automaticamente pelo prefixo de você define em "Capt. File", mais a data e a hora que estão codificadas na fita. Isto é ótimo para organizar os vídeos!
- Sabendo o nome dos arquivos, você pode apagá-los (seja porque faltou espaço, ou sem querer) e capturar novamente, pois o WinDV irá criar exatamente os mesmos arquivos.
- O WinDV também pode ser usado para exportar os vídeos de volta para a câmera.
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MICROFONES |
Um dos erros mais comuns é o posicionamento do microfone durante a entrevista. Este
é colocado invariavelmente bastante perto da boca do entrevistado, o que além de ser
esteticamente errado acaba também por provocar ruídos estranhos aos sons captados
e, a imagem fica com um som comprometido na sua qualidade.
A distância aconselhada do microfone ao entrevistado é um palmo.
Nota:
_ Deve-se usar o microfone de lapela nas entrevistas mais longas ou que sejam
entrevistas para grandes reportagens.
_ Em situações de vivo do jornalista, recomenda-se a utilização do micro de mão,
muito embora actualmente nas televisões britânicas se utilize o micro de lapela.
microfone da câmera este, de maneira geral, é o pior tipo de microfone que pode ser utilizado em uma gravação de vozes de pessoas, como em uma entrevista por exemplo, se o objetivo é obter qualidade. Isto não se deve à qualidade do microfone propriamente dito, que nas câmeras mais recentes é muito boa (microfone tipo condensador) e sim ao seu posicionamento, longe do local onde a ação se desenrola. De maneira geral, quanto mais perto a fonte sonora estiver de um microfone, melhor será o som captado.
Um dos problemas decorre exatamente da distância em que a câmera encontra-se: sons estranhos aos desejados são também captados pelo microfone. Outro problema: em algumas câmeras, também ruídos decorrentes da operação da mesma (motor do zoom por exemplo) podem ser captados. Em determinados modelos até o deslizar dos dedos da mão no controle dos botões pode acabar indo para a trilha sonora, principalmente em momentos de silêncio na cena. Para captar com toda clareza o som da voz das pessoas o microfone deve estar o mais próximo possível das mesmas, que nem sempre corresponde à melhor posição para a câmera. Isto leva ao uso do microfone externo, com ou sem fio.
microfone da câmera, desligando existem ocasiões em que não se deseja gravar som algum através do microfone da câmera. A inicialização de fitas (quando grava-se uma fita inteira com a objetiva tampada) é uma delas. Ou então a gravação de alguns segundos iniciais somente com a imagem do padrão color bars, que algumas câmeras podem exibir através da seleção de opção correspondente no menu. Uma dica para suprimir o som é encaixar um plug sem fio na entrada de microfone externo da câmera. Isso faz com que automaticamente o microfone embutido da câmera seja desligado. O plug em questão deve ser do mesmo tipo do que seria utilizado no cabo do microfone externo apropriado para a câmera, geralmente um conector do tipo mini-plug estéreo ou mono (nos dois casos o efeito é o mesmo), adquirido em lojas de eletrônica.
microfone da câmera e som ambiente existem algumas situações específicas onde o microfone da câmera pode ser útil. Uma delas é quando se deseja captar o som ambiente de um local, e não o som específico de determinada fonte. Por exemplo em uma festa ou reunião de pessoas, onde o mais importante seja captar o clima geral dominante no ambiente. Neste caso, se for desejada a captação de alguém falando de maneira mais particular, basta aproximar a câmera da pessoa. Outras situações: gravação (autorizada) de trechos de espetáculos musicais, shows, peças teatrais, etc... A regra geral é: sempre que for desejada a captação de algum som de maneira seletiva, eliminando-se ruídos ao redor, o mais indicado é aproximar o microfone da fonte sonora. Se este microfone for o da própria câmera, isto significa também aproximar a câmera. Por outro lado, se o som geral do ambiente for desejado, a proximidade não é necessária.
microfone da câmera x ruído causado pelo vento sob vento forte, o atrito do mesmo com a tela protetora do microfone da câmera gera um ruído predominantemente de baixa frequência (grave). Algumas câmeras possuem um dispositivo que, se opcionalmente acionado (wind setting), tenta corrigir o problema. Porém, esta correção retira também boa parte dos graves do som que está sendo registrado. Se isto for problema, ao invés de acionar o dispositivo, tentar mudar a posição da câmera em relação à direção principal do vento ou colocar alguém bloqueando o mesmo pode reduzir bastante o problema. Outra opção é prender um pedaço de espuma sobre o microfone da câmera utilizando fita adesiva. Soluções profissionais incluem o uso de capas próprias de espuma ou fios de algodão, denominadas blimps. Confeccionadas em vários tipos e tamanhos, adaptam-se a praticamente todo tipo de microfone.
microfone da câmera x ruídos ao fundo da cena em determinadas situações é necessário gravar alguém falando para a câmera e esta pessoa deve estar posicionada obrigatoriamente em determinado local, importante para o contexto do material sendo gravado. O problema surge quando está sendo utilizado o microfone da câmera e ao fundo, atrás da pessoa que fala, existem ruídos indesejados. Uma forma de diblar a situação é usar um microfone externo, preso a uma haste (boom) e posicionado ligeiramente acima da pessoa que fala. O microfone utilizado deve ser do tipo direcional, para excluir ao máximo sons provenientes dos lados, o que, para a posicionamento utilizado, corresponde aos ruídos de fundo. Se a câmera possuir microfone deste tipo (direcional e destacável de seu corpo), o mesmo pode ser retirado de seu suporte na câmera e preso à. haste. Caso contrário, utilizar um microfone próprio para este fim. Cabos de extensão, do microfone em sua nova posição à câmera serão necessários.
microfone de lapela: po sicionamento em pessoas que tem o costume de olhar para baixo enquanto falam o melhor posicionamento é lateralmente e não na posição central abaixo de sua boca: com isso evitam-se ruídos provenientes de sua respiração e da pronúncia acentuada de determinadas sílabas. Em uma entrevista, onde o entrevistado está sentado em um local onde terá sempre que olhar e falar para a esquerda por exemplo, o microfone deve ser fixado na gola ou parte da roupa que fique também voltada para este lado. Deve-se ter também cuidado em mantê-lo bem fixado (para evitar ruídos decorrentes de sua movimentação) e evitar que fique abaixo de alguma peça de tecido - o que abafaria o som.
microfone de lapela: com / sem fio nem sempre microfone de lapela é sinônimo de microfone sem fio. Na verdade, o conjunto transmissor-receptor só deve ser usado com este tipo de microfone quando for impraticável o uso de cabos. O uso do cabo livra o sinal dos problemas de falhas e interferências que ocorrem geralmente com os transmissores-receptores, especialmente em locais fechados.
microfone de lapela e ruído causado pelo vento assim como microfones shotgun são constantemente protegidos por capas de espuma ou fios de algodão (blimps) para evitar o ruído causado pelo atrito do vento forte com a superfície do microfone, o mesmo deve ser feito com os microfones de lapela. Em determinadas situações, o vento pode soprar de maneira intensa na frente da pessoa, servindo seu corpo como escudo para desviar a corrente de ar. Nesta tarefa, o sensível microfone de lapela acaba captando também da mesma forma o ruído do atrito com o ar. Pequenos moldes de espuma, adaptáveis a esses microfones devem então ser instalados. A diferença no resultado final pode ser significativa, principalmente em situações de vento forte.
microfone do tipo condensador em exteriores este tipo de microfone exige alimentação elétrica própria, geralmente uma fonte de 48V. Embora alguns microfones do tipo condensador possuam um local dentro do próprio aparelho para a instalação de baterias, outros dependem de fornecimento externo de energia, procedimento conhecido como phantom power, normalmente neste caso disponibilizado pela conexão de microfone da câmera. Se o microfone for do tipo que exige alimentação externa e a câmera não possuir phantom power (geralmente as câmeras do segmento consumidor e semi-profissional não possuem este tipo de recurso) uma dica é utilizar um mixer portátil, destinado a uso em exteriores. Estes mixers funcionam com baterias e frequentemente possuem conexão para microfones do tipo condensador com phantom power.
microfone e ajuste de volume em um mixer quando se faz uso de um mixer durante uma gravação, ao qual estão conectados alguns microfones, quando determinado microfone não está em uso momentaneamente (pessoa que parou de falar em uma entrevista devido à dinâmica da mesma), pode-se desligá-lo ("fechá-lo"). Isto pode ser feito de duas maneiras, acionando-se a tecla mute no mixer ou, também no mixer, abaixando seu controle de volume (deslizante ou de botão giratório). O ideal é usar a segunda opção (abaixar o volume) e sem abaixá-lo totalmente, apenas o suficiente para eliminar eventuais ruídos indesejados. Isto porque se o microfone repentinamente voltar a ser usado, a transição de aumento de volume é mais suave do que a efetuada pelo acionamento da tecla mute. Suavemente e de maneira rápida aumenta-se novamente o volume do microfone: este procedimento fará com que o áudio não fique com interrupções e cortes bruscos, tendendo à uma uniformidade agradável ao ouvinte.
microfone e ambiente exterior muitas vezes após uma sequência de gravações feita em ambiente fechado, grava-se algo em um ambiente aberto, ao ar livre. Esta situação, principalmente se este lugar for desprovido de muros ou outros obstáculos sólidos por perto (como o centro de um campo de futebol por exemplo) causará uma diferença no som gravado. Apesar de claro e limpo, o som perderá algumas de suas características, passando a ser menos encorpado do que era e tendo menos brilho; será um som apagado, assemelhando-se um pouco ao som emitido por receiver de FM quando abaixamos totalmente os controles grave/agudo. Isto ocorre porque falta, no ambiente aberto, a reverberação, onde o som refletido por paredes, tetos e objetos diversos ajuda a reforçar o som original. Algumas providências podem, no entanto, minimizar essas características do som em ambiente aberto. Uma delas é abrir mão do microfone da câmera (se for o caso) e passar a utilizar um microfone de mão ou de lapela: principalmente para a voz humana, devido à proximidade do microfone da boca, a falta de reverberação não será tão percebida. Outra é acrescentar, na fase de pós-produção, um pouco de reverberação, o que pode ser feito através de um gerador de efeitos de som ou através de uma das opções de controle e ajuste de som do programa de edição-não-linear.
microfone e chuva a água é inimiga, de maneira geral, da maioria dos equipamentos utilizados em vídeo. E um dos equipamentos mais afetados é o de som, especialmente microfones. Dentre estes, os mais sensíveis, por serem mais delicados (e também mais caros), são os do tipo condensador, como os shotguns por exemplo. Recobrir o microfone com plástico funciona para não molhá-lo mas não funciona na captura do som, que torna-se mais grave e abafado. A solução é gravar a partir de um local coberto, ou utilizar um grande guarda-chuva seguro por um assistente por exemplo. Lembrar no entanto que é uma solução de emergência: depois de certo tempo, minúsculas gotículas de água costumam atravessar o tecido de determinados tipos de guarda-chuva e podem atingir o equipamento. A regra geral é, quando possível, evitar estas situações.
microfone e distância do assunto a ser gravado a regra aqui é: quanto mais perto, melhor. Um microfone externo à câmera deve sempre ser colocado o mais próximo possível do assunto, para registrar claramente os sons emitidos pelo mesmo. É por isso que o som captado pelo microfone de lapela é geralmente de muito boa qualidade: por estar fixado no próprio assunto, no caso a pessoa que fala. Mesmo com microfones direcionais a regra é sempre a mesma: chegar o mais próximo possível da fonte sonora.
microfone e ruído causado pelo cabo uma eventual fonte de ruídos em um microfone com fio seguro pelas mãos de uma pessoa que fala para a câmera pode ser a movimentação mecânica deste fio, muitas vezes feita involuntariamente pela própria pessoa. O problema é comum com microfones mais baratos e simples, com baixo nível de isolação interna contra a estrutura que suporta a cápsula sensível ao som. No caso de microfones de lapela, uma solução é afixá-los firmemente na roupa da pessoa, evitando que se movimente conforme a pessoa também se movimenta. Uma dica é utilizar um segundo ponto de fixação do cabo do microfone na pessoa, fazendo com que o fio faça um pequeno loop ou pelo menos um arco de forma a não transmitir a movimentação do cabo para microfone.
microfone e som estéreo não existem microfones estéreo, todos os microfones são do tipo mono. Ocorre no entanto, que os meios de gravação (fita na câmera por exemplo) possuem trilhas separadas para registro estéreo de sons (canais esquerdo e direito). As câmeras que possuem microfone embutido (todas dos segmentos consumidor e semi-profissional) na realidade possuem 2 microfones montados em uma única peça, um voltado para a esquerda e outro para a direita, justamente para captar sons em estéreo. Com o uso de microfone externo conectado à câmera, o mesmo sinal é gravado nos dois canais, perdendo-se assim a característica estéreo do sinal. No entanto, é possível utilizar 2 microfones externos e gravar um sinal estéreo na câmera. Um divisor de plugs (divisor "Y", letra que lembra a sua forma) deve ser utilizado para este fim. Esta é a solução mais simples, porém um pequeno mixer também pode ser utilizado. No caso da solução Y, o que este adaptador faz é separar os 2 sinais esquerdo / direito existentes no plug que conecta-se à câmera de modo que cada sinal seja enviado a um plug separado, mantendo-se o terra comum a todos eles. A seguir, em cada terminal do Y é conectado um microfone separado. Os microfones devem ser do mesmo tipo e modelo.
Uma das formas de posicionamento dos microfones é colocá-los juntos, afixados em uma mesma haste, porém formando um X, ou seja, um dos microfones aponta para o lado equerdo e o outro para o direito. Neste caso, é imprescindível que esses microfones sejam do tipo cardióicos, para isolar os sons provenientes do outro lado e causar o efeito estéreo. Esta forma de montar-se os microfones chama-se "X-Y". É possível outra forma de montagem, onde os microfones não precisam ser cardióicos porém são colocados bem distantes um do outro. Um exemplo é seu uso para captação de som em um palco. Na primeira montagem, os dois microfones são colocados no centro do palco, bem à frente, próximo do limite entre palco e platéia. No segundo, mantém-se a mesma posição em relação a palco-platéia, porém os microfones são colocados separados, um à esquerda e outro à direita.
Finalmente, o uso do mixer no lugar do cabo Y : o mixer possui conexões para entrada dos microfones (ajustar os níveis na mesma intensidade) e para saída de sinal (do tipo mike level) para a câmera. Notar que este sinal de saída deve ser do tipo estéreo; muitas vezes isso não ocorre. Neste caso, o cabo Y tem que ser utilizado.
microfone externo, conectando (estéreo / mono) o som gravado normalmente pela câmera na fita é do tipo estéreo, ou seja, possui dois canais, esquerdo e direito. O microfone existente na câmera também é deste tipo: na realidade são dois microfones (duas cápsulas sensíveis ao som), um voltado para o lado esquerdo, outro voltado para o lado direito. Por este motivo, o encaixe para microfone externo existente na câmera é do tipo estéreo, permitindo a ligação de dois microfones externos distintos ou de um microfone externo estéreo. No primeiro caso, os cabos mono do microfone A e os cabos mono do microfone B devem ser reunidos em um único conector estéreo (conexão em "Y"), a ser encaixado na câmera. No segundo caso, o próprio cabo que sai do microfone estéreo já possui em sua extremidade um conector estéreo. Em outras palavras, não existe microfone estéreo propriamente dito: o microfone chamado estéreo é na verdade 2 microfones mono reunidos em uma única peça.
No caso de ser usada a conexão estéreo para ligar dois microfones distintos à câmera, um deles por exemplo pode ser um microfone de lapela conectado ao canal direito e o outro um microfone do tipo shotgun conectado ao canal esquerdo, para captar o som ambiente. A ligação mais comum no entanto é a de um microfone externo do tipo mono. Neste caso, o plug também é deste tipo (mono) e, ao ser conectado no encaixe estéreo para microfone externo da câmera, fará com que tanto o sinal esquerdo como o sinal direito sejam idênticos, por não existir a separação física (através de um pequeno anel plástico) adicional no pino central do conector. Outra forma de usar a conexão como mono é ligar vários microfones em um mixer (geralmente portátil, se for uma gravação fora do estúdio) e a saída mono desse mixer à câmera.
microfone gravando de fones de ouvido em determinadas situações é possível gravar na câmera o áudio que sai de fones de ouvido utilizando um microfone de lapela. Uma dessas situações é em gravações aéreas (helicópteros por exemplo), onde a bordo existem fones através dos quais pode-se ouvir a voz do piloto. Estando em uma dessas situações, ao invés de gravar o ruído do aparelho enquanto o piloto faz alguma descrição do que está abaixo e a câmera grava as imagens, com o microfone de lapela conectado à câmera e colocado na parte interna do fone de ouvido, pode-se ouvir a narração e registrá-la na câmera simultaneamente.
microfone sem fio e ajuste do volume em vários tipos de microfones deste tipo é comum a existência de um potenciômetro ("botão de volume") no transmissor conectado ao microfone ou no próprio corpo do microfone. Este botão controla o nível de modulação do sinal gerado pelo microfone, de acordo com o esperado pelo receptor. Seu nível não deve nem ser colocado muito baixo (para evitar a geração de ruídos no sinal causados pela amplificação excessiva por parte do receptor) nem muito alto (para evitar distorção no sinal gerado pelo sistema). Deve, na verdade, ser ajustado de acordo com a potência da fonte sonora (pessoas que falam mais baixo ou mais alto). O mesmo cuidado deve ser tomado no lado de recepção do sinal.
microfone sem fio e bateria a parte que contém o transmissor consome bateria muito mais rapidamente do que a parte que contém o receptor; sempre é bom verificar antes de sair para efetuar alguma gravação o estado das baterias e a disponibilidade de baterias de reserva.
microfone sem fio e distância do transmissor ao receptor quanto maior for esta distância, maiores serão as chances de ocorrer interferências e chiados no sinal. Assim, havendo opção, a dica é fazer o possível para colocá-los o mais próximo um do outro.
microfone sem fio e interferências no sinal ao ocorrer este tipo de problema, uma solução pode ser mudar o posicionamento do transmissor e/ou receptor um em relação ao outro.
microfone sem fio e or ientação da antena em algumas situações de uso de microfones sem fio, especialmente os do tipo VHF (ao contrário do que ocorre com os do tipo UHF utilizados no segmento profissional), pode haver dificuldade na recepção do sinal do transmissor por parte da antena do receptor conectado à câmera. O receptor pode possuir uma ou duas antenas: neste último caso, muitos sistemas mais simples utilizam a mesma frequência tanto em uma antena como em outra (modelos sofisticados utilizam duas frequências e alternam automaticamente para a frequência de melhor recepção, técnica conhecida como true diversity). A dica, para tentar melhorar a recepção nestes sistemas simples é mudar o posicionamento da antena (ou antenas). As ondas de rádio possuem comprimento de onda muito pequeno, assim, pequenas movimentações das antenas são muitas vezes eficazes na correção de falhas na recepção. Colocar a antena posicionada horizontalmente, ou a 45 graus por exemplo ou movimentá-la lentamente até que a recepção melhore são outras dicas. De preferência, nestas situações, o melhor, quando possível, é que a nova posição não seja alterada, situação favorecida com o uso de um tripé para a câmera (no caso do receptor estar conectado fisicamente à mesma).
microfone sem fio e perto das momentâneas de sinal um fenômeno chamado multipath interference pode fazer com que aconteçam falhas no som captado pelo microfone, acarretando segundos ou frações de segundo de silêncio ou ruído de estática, principalmente nos sistemas mais baratos, que funcionam em VHF (e não em UHF, como nos sistemas profissionais).
O que ocorre é que o sinal emitido pelo pequeno transmissor preso ao corpo da pessoa que usa o microfone irradia-se em todas as direções. Assim, uma parte desses sinais é captada pela antena do receptor ligado à câmera; mas, do restante que não atinge o receptor diretamente, alguns sinais são refletidos algumas vezes por paredes e tetos rígidos (concreto por exemplo) e objetos metálicos pelo caminho, acabando também por chegar até a antena do receptor. O problema é que o caminho (path) percorrido por esses sinais refletidos até chegarem à antena é maior do que o percorrido pelos sinais que chegam diretamente à ela. Como estes sinais são formados por ondas eletromagnéticas (ondas tem o formato curvo "sobe/desce"), pode ocorrer uma diferença de fase entre os mesmos, ou seja, a coincidência de chegarem até a antena ao mesmo tempo ondas que estão subindo em determinado momento com outras que estão descendo. Esta coincidência - que pode ocorrer dependendo da diferença de distância percorrida pelas ondas em determinado momento - chama-se phase cancelation, isto é, cancelamento de fase, fazendo com que uma anule a outra, causando a interrupção do sinal. Este cancelamento ocorre devido aos diversos caminhos percorridos pelas ondas a partir do transmissor (com algumas delas sendo refletidas), a chamada multipath interference.
Quanto maior a distância entre as antenas e/ou a quantidade de superfícies e objetos refletores, maior a chance de ocorrer o fenômeno. A dica então é diminuir a distância entre as antenas do transmissor e do receptor. Isso nem sempre significa, no entanto, aproximar a câmera da pessoa com o microfone. É o receptor que não precisa necessariamente ficar preso à câmera: o mesmo pode ser colocado bem mais próximo da pessoa que fala e ser conectado à câmera por um cabo. Com este sistema misto, muitas situações de interferências deste tipo podem ser evitadas. Por outro lado, se a câmera não puder (ou não for conveniente) ficar fixa em determinado local, a dica é aproximá-la realmente da pessoa que fala, para diminuir a multipath interference, se a mesma for constatada em determinado ambiente. Para tanto, é aconselhável um teste de verificação antes da ocorrência do evento a ser gravado, sempre que possível.
microfone shotgun e captação em audtórios este tipo de microfone é excelente para captar o som provindo de uma apresentação em um auditório, na situação em que a câmera não pode estar tão próxima da atração (no palco) mas também está não muito distante dela (nas primeiras filas da platéia). Ao invés do microfone embutido existente na câmera, que capta todos os ruídos ao redor além do que está à frente, o microfone shotgun (que pode ser adaptado na maioria das câmeras que possuem entrada para microfone externo) rejeita os sons vindos dos lados, concentrando-se no som que provém de sua região frontal.
microfone x ruído causado pelo vento e placa bloqueadora o atrito do vento com a tela protetora existente nos microfones causa uma turbulência no local que gera um ruído grave (predomínio de baixas frequências). Algumas soluções podem ser tentadas, como usar uma capa de espuma sobre a tela do microfone, usar o filtro wind existente em algumas câmeras (que por outro lado retira também parte dos sons graves que não são ruídos do vento) ou usar a capa felpuda (blimp) especial para esse fim. Funciona bloquear o vento colocando alguém ao lado da câmera. Mas uma solução ainda mais eficiente de bloqueio é usar um rebatedor (acessório para rebater a luz) ou uma placa rígida de qualquer material, desde que suficientemente grande (1,5m x 1,0m por exemplo), colocado lateralmente à pessoa que fala. Basta então fechar no zoom da câmera o enquadramento, para excluir a placa lateral.
microfone zoom algumas câmeras possuem microfone deste tipo, geralmente em forma de tubo fixado na parte superior da mesma. A dica é: não confundir o nome "zoom" para o microfone com o zoom existente nas lentes da câmera. Enquanto que nas lentes o zoom realmente aproxima a imagem, no microfone o som distante que se quer capturar não é aproximado nem amplificado: a função zoom no microfone apenas diminui sua área de sensibilidade, tornando-o menos sensível aos sons provenientes dos lados. Assim, haverá predominância dos sons provenientes de sua parte frontal, porém no mesmo volume em que chegam à câmera com ou sem o zoom acionado. Para aumentar a intensidade do som captado, a única maneira é chegar mais perto da fonte sonora. A confusão dos conceitos é aumentada pela característica presente na maioria dos microfones deste tipo, quando o zoom no microfone é acionado juntamente quando se aciona o zoom também nas lentes.
Fonte: www.fazendovideo.com.br
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DICAS DE FILMAGEM |
DICAS DE FILMAGEM
_ Deve-se evitar gravar nos primeiros 60 segundos da cassete, para evitar o
desgaste.
_ Sempre que um trabalho terminar, deve-se retirar a cassete da Câmara e
acondicioná-la em segurança.
_Antes de gravar qualquer vivo, deve-se sempre deixar filmar durante 6 segundos
antes de dar a indicação ao jornalista de que está a gravar.
_ Depois do vivo deve-se deixar filmar por mais 6 segundos.
_ O zoom deve ser feito sempre com a mesma cadência de forma a serem
evitados saltos.
_Nunca terminar uma filmagem a meio de um zoom.
TÉCNICAS DE CAPTAÇÃO DE IMAGEM
No laboratório da UTAD TV todos os alunos devem captar imagens tendo em vista uma
evolução. Ao trabalharem nos dois lados da equipa, jornalista e repórter de imagem,
ficam com uma plena consciência das dificuldades e virtudes de cada lado da equipa. Se
cada elemento estiver no terreno a pensar em “que imagens” gostaria de ter para
contar a história o trabalho final sai reforçado.
Este é também um trabalho em que o objectivo é corrigir os erros e estes evitam-se
com trabalho.
Um dos principais erros no momento de captar imagens é a câmara ao ombro. O tripé
deve ser SEMPRE usado e só excepcionalmente é que se utiliza a câmara ao ombro.
Notas:
_ O aluno/jornalista/repórter de imagem deve estar consciente das diferenças
que existem entre filmar algo para uma peça para o telejornal ou filmar algo
para um programa do estilo “Panico”.
Dicas:
_ Nas situações em que se utiliza o tripé o repórter de imagem deve depois de
focar e centrar a imagem “trancar” o tripé para que a câmara não mexa. Deve
ainda enquanto grava afastar as mãos e o olhar de qualquer contacto com a
câmara, não devendo estar “colado” à câmara. Isto por que se estiver a segurar
na câmara, apesar de ter a câmara e o tripé “trancados”, o respirar faz com que
a câmara mexa ligeiramente.
_ O jornalista no momento da edição não deve utilizar os primeiros, nem os
últimos, três, quatro segundos do plano que pretende devido a pequenos
movimentos que normalmente existem, como respirações do repórter de
Imagem, toques, etc.
_Nas situações em que se recorre à utilização de câmara ao ombro deve-se usar o
plano o mais aberto possível, um plano aberto permite que o telespectador
comum não note tanto as respirações do repórter de imagem que fazem com
que a imagem “trema”. Nesta situação é de evitar ao máximo a utilização de
planos de expressão.
_ Quando se faz recolha de imagens para “pintar” a peça, sejam eles planos de
corte ou de “pintar”, o jornalista e o Repórter de Imagem devem evitar estar a
falar perto da câmara, pois um bom som ambiente pode ficar estragado devido
à conversa.
GRAVAÇÃO DE ENTREVISTAS
A gravação de entrevistas é uma situação básica numa reportagem televisiva. Apesar de
ser intensamente discutida, são as experiências do dia a dia que estabelecem as regras,
naturalmente baseadas no bom senso.
As perguntas essenciais dos 5 w´s devem ser sempre colocadas.O jornalista deve estar atento às respostas, pois muitas vezes surgem questões
essenciais, ao longo da entrevista, que não eram previsíveis no momento da preparação
do trabalho.
Caso seja necessário gravar o jornalista a fazer as perguntas, estas devem ser feitas
posteriormente à realização da entrevista.
Nota:
_ O aparecer do jornalista por questões de vaidade ou porque sim deve ser
evitado.
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CAPTAÇÃO DE IMAGEM: |
INTRODUÇÃO
Uma boa imagem vale mais do que mil palavras. Este provérbio resume de forma
sucinta o que deve ser uma imagem.
Não deve haver margem para dúvidas no jornalismo televisivo e se, por vezes, as
imagens parecem mais fortes do que as palavras, o texto não deve contudo ser
desprezado. É essencial conciliar uma boa imagem com um bom texto.
No entanto por vezes ocorrem situações de despiste na comunicação, como por
exemplo, as palavras estão em desacordo com as imagens, o que confunde
telespectador. Ao surgirem situações em que as palavras dizem uma coisa e as imagens
mostram outra, acaba por perder-se a informação auditiva, embora a mensagem
audiovisual acabe por chegar ao seu destino.
São dois os factos que prendem a atenção do telespectador
A NOTÍCIA
É claro que uma notícia considerada “forte” prende o telespectador que dá muito mais
atenção ao televisor e fica naturalmente alheado de tudo o que o rodeia.
A IMAGEM
Uma boa imagem é perfeitamente entendida, sem necessidade de palavras.
Porém, é claro que a imagem no jornalismo televisivo deve acompanhar as palavras.
Convém, contudo, referir que a imagem é que comanda o texto e não o contrário, por
isso, uma coordenação entre o jornalista e o repórter de imagem no terreno é essencial.
É este trabalho de equipa que permite que o jornalista, ao chegar à redacção tenha as
imagens que pretende para o texto que vai escrever.
A importância das boas imagens reflecte-se em um pequeno exercício: tentar ver uma
reportagem sem som e com uma imagem forte, tentando a seguir fazer o inverso e ouvir
a notícia e não ver as imagens. A falta da imagem sente-se imediatamente.
É a imagem que permite prender as pessoas e que possibilita a diferenciação
relativamente à imprensa e à rádio.
Mas, como já foi referido, uma reportagem é um trabalho de equipa feita no terreno por
pelo menos duas pessoas, jornalista e repórter de imagem:
_ O jornalista é, antes de mais, a cara da reportagem e possui a tarefa de ligar os
factos ocorridos com o telespectador.
_ O repórter de imagem possui a seu cargo a tarefa de captar a imagem e o som,
sempre em estreita ligação com o jornalista.
_ A nível profissional existe ainda o editor de imagem que tem a tarefa de editar
as imagens e sons em ligação com o jornalista.
Convém realçar que, actualmente este profissional é mais requisitado para grandes
reportagens ou para peças que, por questões de tempo ou utilização de grafismos, o
necessitem.
Transmitir a emoção contida nas imagens é essencial. Devido a isso, a imagem possui,
por si só, um estilo de narração muito próprio. Uma imagem com um ruído, ou um
silêncio, pode ser o suficiente para causar a emoção que se pretende.
O repórter de imagem não é um simples “aponta e filma”. É, isso sim, um elemento da
equipa que deve conhecer o tema de forma a poder sentir os vários elementos visuais e
emocionais que estão envolvidos na história.
É, por isso, fundamental que exista a coordenação na equipa. O jornalista deve explicar
ao repórter de imagem, na redacção, ou no caminho para o local, as razões para se efectuar aquele trabalho (O quê?, Como?, Quando?, Por quê?, Onde?) para que este
último saba qual o objectivo do trabalho que vão fazer.
Os dois em conjunto devem traçar um plano de trabalho, mas devem estar conscientes
que o local ou as circunstâncias podem alterar as condições do plano de trabalho
previamente delineado. Esta situação de mudança de planos é habitual.
Os dois elementos da equipa devem, por isso mesmo, ser capazes de se adaptarem às
novas circunstâncias que rodeiam um trabalho, pois só assim este trabalho será
valorizado.
ILUMINAÇÃO
Uma boa iluminação é fundamental em televisão. Ter a cara de um convidado bem
iluminada deve ser por isso um objectivo do jornalista e do repórter de imagem.
Uma entrevista feita com o convidado de costas para o sol (contra-luz) perde muito
valor, mesmo que seja uma entrevista com respostas fundamentais, já que a cara do
entrevistado está escura e tudo o resto em sua volta se encontra perfeitamente
iluminado. Situações destas são de evitar.
Para que isto suceda é essencial que a equipa procure no terreno as melhores condições
de trabalho possíveis e tenha a noção das diferenças que existem entre filmar em
ambientes fechados (estúdio ou outros) ou em ambiente aberto (exteriores).
A imagem que surge na televisão é constituída apenas por três cores (verde, vermelho e
azul) e é a intensidade da luz é que faz o contraste.
O principal cuidado a ter no momento da gravação de uma entrevista é a iluminação,
seja ela da cara do entrevistado, ou da cara do jornalista. A cara da pessoa deve estar
sempre bem iluminada, de modo que seja vista em casa da mesma forma que a
veríamos se ela entra-se na nossa casa.
Em situações de gravação em interiores deve-se usar o “pirilampo” de luz, da câmara.
Caso este não esteja disponível a entrevista deve ser realizada em local com claridade
suficiente.
Colocar um convidado debaixo de uma lâmpada normal ou florescente não é uma boa
opção. Embora aparentemente no momento da filmagem a imagem pareça óptima,
durante o visionamento das imagens na redacção notamos que a imagem não
corresponde ao que prevíamos.
As câmaras, devido as condições de gravação no interior/exterior, possuem quatro tipos
de filtro.
Os botões de regulação desses filtros variam consoante o fabricante, já que cada um
possui o seu método. Uns colocam os ajustes no menu, outros optam por dispositivos
junto à parte óptica da câmara.
Dos filtros que existem falaremos apenas de dois:
_ O filtro de 3200º Kelvins é utilizado em filmagens iluminadas com luz artificial,
seja a filmagem feita em exterior ou em interior
_ O filtro de 5600º K é utilizado sempre em filmagens com luz natural
Caso não exista tempo para seleccionar o filtro para a situação devido à importância do
momento, a filmagem deve ser efectuada em automático.
Dica:
_ Sempre que se muda de local de filmagem o repórter de imagem deve fazer o
“acerto de brancos”. Para tal utiliza-se uma folha branca ligeiramente inclinada,
relativamente à qual o repórter de imagem deve efectuar um zoom, focar,
utilizando o filtro correcto para a situação.
Nota:
_ Os jornalistas ao gravarem directos ou vivos devem estar sempre com a cara
virada para o sol e nunca devem usar óculos de sol.
CUIDADOS A TER NO POSICIONAMENTO DA CÂMARA
Nunca filmar contra o sol. O sol, ou a fonte de luz devem estar nas costas do
repórter de imagem.
_ Nunca ter como fundo um espelho ou uma superfície envidraçada.
Nunca ter como fundo uma superfície branca.
_ Nunca colocar o entrevistado directamente debaixo duma lâmpada.
_ Evitar todos os sítios com pouca luz. Quando no local não existe luz suficiente
procurar um local onde seja possível recolher as imagens.
Sugestao de site: www.fazendovideo.com.br
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Tecnica de filmagem - Captura |
ENQUADRAMENTOS
O enquadramento é o campo visual capturado pela objectiva da câmara. A esse
elemento capturado chamamos plano, o qual mediante a disposição dos elementos
ganha diferentes valores significativos e diferentes tempos de leitura.
São vários os tipos de enquadramento que se podem usar no momento de filmar.
Neste tipo de plano as costas e o ombro do
jornalista podem aparecer em algumas das
respostas do entrevistado, embora vá criar algum
ruído na imagem.
O entrevistado deve surgir sempre em primeiro
plano, olhando na direcção do jornalista
O jornalista pode surgir em primeiro plano nas
perguntas, com um enquadramento similar ao do
entrevistado.
Este plano normalmente é gravado
posteriormente ao fim da entrevista. Nesta fase o
jornalista pode também “perguntar” usando como
imagem um plano médio, dando assim mais recursos de imagem para o trabalho de
edição
PLANOS DE CORTE
Este tipo de plano é essencial na construção de uma peça de televisiva já que permite a
mudança de planos, locais e momentos.
Um dos planos mais famosos em televisão é o plano de corte que utiliza as mãos do
entrevistado. Este típico plano causa ruído e distracção sendo por isso considerado uma
coisa do passado.
Outros planos, não menos famosos, são o de alguém a escrever ou a imagem de uma
outra câmara de filmar. Estas também são imagens do passado que nada acrescentam e
que também causam ruídos, distracção, quebra na história visual.
Ao usar o plano de mãos como plano de corte, o telespectador perde a atenção, e a
peça fica prejudicada na sua sequência informativa, já que as mãos não se relacionam
com o conteúdo.
Este plano deve ser substituídos por planos abertos, planos fechados ou pela utilização
do plano e do contra-plano do jornalista e do entrevistado.
OS CONTRA-PLANOS
É um plano recomendado sempre que existam condições para tal, já que facilita a edição
do diálogo.
O que é contra-plano do entrevistado? É a gravação deste calado enquanto olha para o
jornalista que lhe coloca a questão.
Por sua vez, o contra plano do jornalista, é naturalmente a imagem oposta, olha para o
entrevistado ouvindo-o numa atitude neutra, sem movimentos de cabeça a dizer que
“sim” ou “não”, nem recorrendo ao “uhm, uhm”.
O repórter de imagem é essencial nestas situações, já que deve avisar o jornalista dos
movimentos de cabeça caso eles existam.
O jornalista neste momento caso use microfone de mão, deve ter o cuidado, de efectuar
as questões colocando o microfone sempre à mesma distância que usou para colocar a
questão ao entrevistado durante a entrevista.
PLANO GERAL
O plano inteiro é outro que facilita o trabalho de edição.
Nas entrevistas em salas ou gabinetes, o plano geral
deve ser feito para que apareça o jornalista e o
respectivo entrevistado na imagem.
Este plano pode ser feito mais cedo, enquanto o
jornalista prepara a entrevista na conversa prévia com o entrevistado, ou pode ser feita
no fim, quando a entrevista terminou.
AS REGRAS
OS 180º
É uma regra que os repórteres de imagem devem respeitar. Traça-se uma linha
imaginária que une o jornalista ao entrevistado, e apenas se trabalha de um desses
lados, respeitando sempre o ângulo dos 180º, conforme a figura:
Ao ser respeitada a regra, o telespectador tem a facilidade de perceber que mesmo que
o jornalista e o entrevistado não apareçam juntos, o entrevistado está voltado para o
jornalista e vice-versa.
Centros de interesse
O interesse do telespectador sobe em função da localização do centro da imagem.
O centro de interesse principal deverá ser colocado no terço direito da imagem.
Se a imagem tiver um único centro de interesse, toda a acção se centra nele.
A imagem poderá ter dois centros de interesse e nesse caso a nossa atenção divide-se
por ambos.
Se uma imagem tiver vários centros de interesse, a atenção varia, centrando-se
alternadamente num ou noutro ponto, conforme a sua posição relativa
ESCALA DE PLANOS
Considerando um homem como exemplo, podemos dividir o seu espaço em três
grandes áreas demonstrativas
1. A que nos mostra o ambiente que o envolve
2. A que nos permite observar a acção que executa
3. A que nos possibilita analisar a sua expressão
Desta forma surgem três grupos de planos: Ambiente, Acção e Expressão
Os planos de ambiente podem ser:
_ PMG – Plano Muito Geral
_ PG – Plano Geral
Os planos de acção podem ser:
_PGM – Plano Geral Médio
_PA – Plano Americano
_ PM – Plano Médio
Os planos de expressão podem ser:
_ PP – Plano Próximo
_ GP – Grande Plano
_ MGP – Muito Grande Plano
_ PD – Plano de Detalhe
AS CARACTERÍSTICAS DOS DIVERSOS PLANOS
PLANO MUITO GERAL (PMG) – É o plano que não tem
qualquer limite, é bastante geral. Contém, essencialmente, o
ambiente. O elemento humano quase que não é visível na
imagem.
PLANO GERAL (PG) – Este plano também se centra no
ambiente. Apesar disso já se vê o elemento humano na
imagem. Este plano já contém alguma acção apesar de o
ambiente ainda prevalecer.
PLANO AMERICANO (PA)
Neste plano, apesar do ambiente
estar presente, o conteúdo principal é a acção das personagens.
O limite inferior da imagem corta o ser humano pelo meio da
coxa.
PLANO MÉDIO (PM) – O ambiente não surge neste plano. Este
plano caracteriza-se fundamentalmente pela acção da parte
superior do corpo humano. O plano é cortado pela cintura. Este
plano é considerado um plano intermédio entre a acção e a
expressão. PLANO PRÓXIMO (PP) – Este plano é cortado pouco abaixo das
axilas. Permite por exemplo imagens de alguém a fumar,
cortando totalmente o ambiente em redor. Este tipo de planos
privilegia o que é transmitido pela expressão facial.
GRANDE PLANO (GP) – Este plano é a expressão na sua máxima
importância. É um plano que é cortado pela parte superior dos
ombros. Este plano retira a acção e o ambiente da imagem.
MUITO GRANDE PLANO (MGP) – Plano de expressão exagerado.
É um plano que ao ser cortado pelo queixo e pela testa permite
que seja aumentada a carga emotiva da imagem para o
telespectador.
PLANO DE DETALHE (PD) – Este plano foca apenas parte de um
corpo, desmontando assim o corpo humano. Este plano permite
também que seja aumentada a carga emotiva da imagem, ao
focar, por exemplo, uns olhos a chorar.
Ao introduzirmos movimento na câmara, criamos outro tipo de planos dependentes
desse movimento ou do uso de um ângulo diferente dado à câmara. Assim temos:
FOCA-DESFOCA – Plano em que ao focar-se o primeiro elemento mais próximo desfocase
o segundo elemento.
ZOOM – Aproximação, ou afastamento, a determinado objecto. Este tipo de plano deve
ser equilibrado, não deve ser muito rápido nem exageradamente lento
PANORÂMICAS – Normalmente é um movimento efectuado de acordo com a nossa
leitura ou seja da esquerda para a direita apesar de se poder efectuar no sentido
contrário. Também é um plano que requer equilíbrio, não devendo ser nem muito
rápido nem muito lento. Neste plano, o movimento da câmara é apoiado no eixo do
tripé.
TILTS – Movimento parecido com a panorâmica. O movimento é também efectuado
normalmente de acordo com a nossa leitura, de cima para baixo, apesar de se poder
efectuar no sentido oposto. É também um plano que requer equilíbrio, não deve ser
nem muito rápido nem muito lento.
TRAVELLING – Movimento bastante utilizado no cinema. A câmara efectua um
determinado percurso. Este tipo de plano é normalmente utilizado em situações de
explicação de determinada situação/movimento.
TRACKING - Movimento que segue uma personagem ou um objecto que se movimenta,
como se fosse uma perseguição.
Este género de planos deve ser utilizado com bom senso. O uso excessivo na mesma
peça deste género de planos acaba por transmitir a ideia de um trabalho feito à imagem
de um vídeo de casamento.
ALGUNS APONTAMENTOS RELATIVAMENTE AOS PLANOS
Apesar da descrição sucinta de cada plano, os limites referidos nunca são rígidos. Cada
caso é um caso, e se determinado plano (feito de acordo com as regras apontadas) é
indicado para determinada peça isso não significa que esse mesmo plano resulte na
peça seguinte.
O repórter de imagem, em consonância com o jornalista, seu colega de equipa, deve
optar sempre pelos planos que vão encaixar na história. Para isso é fundamental otrabalho de equipa e um perfeito conhecimento das razões pela qual estão a fazer
aquele trabalho. Uma boa preparação do trabalho é fundamental para que exista um
bom trabalho de equipa.
Nota: Filmar é contar uma história, não é apontar a câmara e carregar no botão.
ERROS DE ENQUADRAMENTO
A IMAGEM EGÍPCIA
Um erro habitual é quando o entrevistado fica de lado para a câmara, ficando assim o
entrevistado de lado, e metade do visor vazio. É uma imagem pobre e errada, que nada
diz ao telespectador.
Este erro tem uma solução extremamente fácil, o jornalista coloca-se sempre ao lado da
câmara de filmar. O entrevistado surge bem enquadrado na imagem já que olha para os
olhos do jornalista. Desta forma o telespectador pode observar as expressões do
entrevistado, detalhes que acabam por reforçar a ligação entre o entrevistado e o
telespectador.
IMAGENS PICADAS
O olhar da pessoa deve estar sempre ao nível da objectiva. Nunca se deve filmar um
convidado ou jornalista de cima para baixo (picado), ou ao contrário de baixo para cima
(contrapicado). No caso de alguém filmado de cima para baixo estamos a dar uma
imagem do convidado de ser alguém diminuído. Se o convidado for filmado de baixo
para cima estamos também a dar uma falsa imagem de poder.
ABERTURAS, PASSAGENS E FECHOS
O jornalista nunca deve surgir em plano próximo em
qualquer destas situações devendo usar o plano médio.
A posição do jornalista deve ser ligeiramente diagonal,
com o cenário em fundo. O telespectador fica, desta
forma, com um enquadramento mais agradável
Ao usar as passagens, o jornalista nunca deve ficar no centro da imagem, mas sim num
dos lados, para que o ponto de fuga ser aproveitado, valorizando a informação visual.
Neste tipo de imagens o limite é sempre a cintura. Porém, caso seja necessário, pode-se
usar o plano inteiro, sendo este fechado até se atingir a zona da cintura.
Para este tipo de imagens serem utilizadas e bem feitas o trabalho de equipa entre o
jornalista e o repórter de imagem é fundamental. Assim o conjunto do ambiente e do
jornalista saem reforçados.
Os movimentos de câmara e do jornalista devem ser treinados para que exista
sincronização.
As passagens, aberturas e encerramentos não devem ser iguais. O jornalista deve ter
todas as condições para uma boa imagem e o repórter de imagem deve orientar o
jornalista de modo a que os enquadramentos sejam os correctos.
Este tipo de planos deve reforçar o trabalho da equipa e a qualidade do trabalho e não o
contrário.
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
[+/-] |
ON CAMERA |
O CURSO DE PRODUÇÃO DME E VÍDEO DA BBC
Autor: | Harris Watts |
Editora: | Summus |
Páginas: | 280 |
Temas: | Vídeo, Arte e Técnica, Produção Geral, Fotografia |
Este é um manual que - sem ser escrito em linguagem técnica - é a base dos cursos de treinamento da BBC. O texto enfatiza a prática, desde a idéia original até os toques finais, de tudo que se refere à produção de um programa.
(Sinopse: Editora)
TRECHOS SELECIONADOS:
... A TV Cambalacho é uma televisão cautelosa. Seus produtores utilizam apenas as técnicas que eles conhecem e evitam experiências. Dessa forma não há chnaces de fracassos em nenhum programa. Da mesma forma eles também não tem chance de fazer um grande sucesso. Assim os espectadores da Camba ficam restritos a programas de blá-blá-blá ou enlatados, uma musiquinha de fundo (efeitos sonoros com sincronismo são tão raros que você estaria perdoado se pensasse que estamos na era do filme mudo) ... [pág. 38]
... A palavra mais comum no trabalho de edição é corta. Mas a melhor forma de abordar este estágio do processo de produção é pensar nele como um método de seleção. Ao editar você está selecionando as melhores tomadas-de-cena, ou as melhores partes das melhores cenas,a fim de realizar o seu trabalho. A chave da edição é descobrir o ponto preciso onde a tomada começa a ficar interessante e o ponto preciso onde ela deixa de ser interessante. Todas as tomadas têm um tempo de vida natural. [pág. 95]
... Ter toneladas de idéias para programas nõa lhe daria grande vantagem, como você poderia esperar. Não importa o que o público pense, as emissoras em geral não estão com falta de idéias - mas sim de dinheiro, de horário para transmissão e, talvez, de energia (e coragem) para introduzir novas idéias. [pág. 263]
... Os atores representam um desafio diferente de qualquer outro que já tenha enfrentado em produção. De um lado os atores são seres humanos; isto quer dizer que possuem suas próprias idéias e experiências para trazer ao programa. Por outro lado - diferentemente dos participantes da maioria dos programas - ficam quase que completamente sob o controle do diretor. Palavras, gestos, movimentos, vestuário, maquiagem - tudo sobre os atores vem da direção. O jeito é manter o controle, sem sufocar a iniciativa deles. [pág. 255]
... Nota do Curtagora: a TV Cambalaxo é uma rede de televisão imaginária inventada pelo autor para demonstrar como, com boas idéias e criatividade, inteligência e domínio técnico - apesar de alguns itens já serem defasados - que a programação de televisão pode ser algo que fuja da repetição, da monotonia e comodismo)
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Direção de Câmera - Um manual de técnicas de vídeo e cinema |
"Este livro deveria ser oferecido a todos os estudantes e diretores de cinema, sugerindo que o mantenham como constante fonte de consulta. É um livro meticuloso, conciso, bem estruturado e, principalmente um manual agradável de ler. Gostaria que tivesse sido escrito quando eu estava começando a minha carreira"
John Schlesinger
Diretor de Perdidos na Noite, Maratona da Morte, A Traição do Falcão, O Inocente, Morando com o Perigo, O dia do Gafanhoto.
Eis uma aula de como dirigir com competência um filme, vídeo ou programa de televisão. Inicialmente concebido como material de apoio para os cursos de treinamento em produção da BBC, foi sendo enriquecido até tornar-se um guia inestimável para a atividade do diretor. É uma obra essencial para realizadores cujas experiências de mercado exigem rigoroso planejamento e controle de custos.
Embora destinado a profissionais, contém informações valiosas para todos aqueles que manejam a câmera por simples prazer.
Imprescindível para estudantes e principiantes, bem como para profissionais experientes que buscam aprimorar-se na captação e edição de imagens e sons.
Este livro ajudará você a:
* fazer um planejamento completo de filmagem e gravação
* planejar seqüências de trabalho de câmera
* prever tempos e custos
* planejar tomadas adequadas para edição e montagem
* programar cortes e edições de imagens e sons
* otimizar recursos de gravação e edição
* planejar programas específicos (entrevistas, noticiário, etc)
* organizar e planejar seus vídeos caseiros
domingo, 7 de outubro de 2007
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Dicas de edicao |
ajuste de brilho / contraste x detalhes na imagem imagens superexpostas ou subexpostas, por serem excessivamente claras / escuras carecem de detalhes, que são normalmente formados pelos meios tons. Se no momento da captura foi utilizado o ajuste automático de exposição, geralmente isso não ocorre para a imagem como um todo e sim para trechos dela. Por outro lado, com ajustes manuais, pode ocorrer da imagem toda ter ficado completamente clara ou completamente escura. Quando isso ocorre, é possível ajustar o brilho / contraste das mesmas, através de controles existentes na maioria dos programas de edição. Esta operação normalmente revela detalhes presentes nas imagens praticamente "escondidos" devido à superexposição ou à subexposição. No entanto, quanto mais clara ou mais escura for a imagem ou o trecho dela, mais difícil será a recuperação dos detalhes ali existentes através da manipulação do brilho / contraste. Isso porque esses ajustes tentam ampliar a diferença existente entre os pixels claros / escuros na imagem, na tentativa de assim recuperar a definição de detalhes perdida. No entanto, se a imagem for muito clara ou então muito escura, praticamente não existe diferenciação que possa ser ampliada. Assim, não será possível recuperá-la durante o processo de edição. A dica é evitar esses extremos de exposição já durante a captura na câmera, sabendo-se que será praticamente impossível sua recuperação na pós-produção.
ajuste de cores, efeitos durante a fase de edição, alguns efeitos interessantes podem ser conseguidos manipulando-se as cores - ou ausência de - da imagem. Uma dica é transformar a imagem colorida em monocromática, retirando toda sua cor (fazendo o componente "saturação" ser zero). A partir deste ponto, diferentes filtros coloridos podem ser aplicados, resultando nos mais variados efeitos.
ajuste de cores, monitor e televisor ao efetuar ajustes finos na tonalidade das cores de determinada cena através de um software de edição-não-linear, deve ser levado em conta o fato de que a qualidade da reprodução das cores de um monitor de computador (onde o vídeo é visualizado através do software de edição) é bem diferente da de um televisor comum. Enquanto que este é capaz de reproduzir cerca de 2 milhões de tonalidades diferentes de cores, um monitor de computador trabalha geralmente com 16 milhões de tonalidades, oito vezes mais. Assim, após cada ajuste mais detalhado ou sutil na tonalidade das cores de uma determinada imagem feita na ilha de edição-não-linear, é conveniente sempre checar a aparência da mesma imagem em um televisor comum.
alterando a velocidade de um clipe um determinado trecho de vídeo pode, na fase de edição-não-linear, ter sua velocidade aumentada ou diminuída. Isso é feito facilmente nesses programas através de uma função específica para essa finalidade, como por exemplo a "speed" do Adobe Premiere. No entanto, antes de aplicar o efeito, quer aumentando ou diminuindo a velocidade, a dica é fazer com que o trecho a ser alterado passe por um processo de deinterlace. Esse processo combina os campos par / ímpar alternados que compõem os quadros da sequência de vídeo em um único campo contendo todas as linhas (como ocorre no modo progressive scan). A função, denominada "deinterlace" (ou "flicker removal" no Adobe Premiere por exemplo) tem a finalidade de evitar pulos, trepidações e instabilidades na imagem após alterar-se sua velocidade.
antes e depois ao gravar uma cena, iniciar a gravação alguns segundos antes do início da ação propriamente dita e interromper a mesma alguns segundos após o término da mesma facilita o trabalho de corte no momento da edição.
color bars no início da fita na geração de uma fita com o resultado final do programa editado, é interessante iniciar com 10 segundos a 1 minuto do sinal color bars. Estas barras verticais coloridas poderão auxiliar o ajuste do monitor de vídeo ou do aparelho de TV de quem assistirá a fita. Algumas câmeras do segmento semi-profissional podem gerar esse padrão através da seleção de opções em um menu. Neste caso, a câmera pode ser utilizada como fonte do sinal color bars. Existem também pequenos dispositivos eletrônicos que geram o color bars, além de alguns modelos de mixers e alguns softwares no micro.
continuidade do som ambiente a dica é para eventos, tais como uma festa de casamento, onde existe o som ambiente das pessoas comendo e conversando, muitas vezes com música ao fundo, ao vivo ou não. Na edição das cenas, se não utilizada uma música e sim for desejado o uso do som ambiente, o mesmo ficará totalmente truncado, devido aos cortes cena a cena. No entanto, durante a gravação no local, pode-se ligar a câmera e mantê-la em gravação contínua durante alguns minutos. O som captado poderá ser utilizado como trilha sonora na edição, fazendo com que desapareçam as partes truncadas, obtendo-se assim uma continuidade ilusória. Apesar de não corresponder efetivamente ao que está na imagem, o truque funciona, desde que as imagens que forem montadas tenham sido captadas preferencialmente com a lente aberta (grande angular), excluíndo detalhes em primeiro plano que poderiam eventuamente denunciar o efeito - pessoas falando sem som por exemplo. Outra dica, para facilitar a localização do som base (bed) durante a edição, é gravar com a câmera apontando para o chão ou com a objetiva coberta por exemplo.
corte seco e continuidade de movimento ao unir duas cenas utilizando corte seco (corte simples, sem utilizar efeitos de transições, como dissolve por exemplo), atentar sempre para a continuidade do movimento. Supondo por exemplo uma cena A, onde um garçon começa a encher um copo com vinho, sendo mostrado em um plano médio em que aparece além dele, também uma outra pessoa e o copo. A cena B é um close do copo sendo enchido. Na gravação, será feita uma tomada (take) do copo em close sendo enchido desde o início. Porém na edição, haverá erro de continuidade de movimento se o copo aparecer na cena B com bem menos líquido do que estava quando a cena A foi cortada. Este é um exemplo simples, mas o conceito pode ser aplicado a qualquer junção de cenas através de corte seco onde haja continuidade de movimento. Existem exceções no entanto, quando se quer criar um efeito dramático de suspense, como ocorre em filmes onde alternam-se por exemplo as imagens da vítima e do monstro que caminha em sua direção vagarosamente, sendo que propositadamente a imagem do monstro volta sempre alguns segundos para trás, sobrepondo-se ligeiramente à imagem mostrada anteriormente, para ampliar o suspense.
corte seco e salto na imagem tradicionalmente um corte seco (corte simples, sem utilizar efeitos de transições, como dissolve por exemplo) no qual ocorre um salto na imagem (efeito conhecido como 'jump cut' é considerado um erro de edição. Um exemplo simples é subtrair alguns segundos de um trecho da gravação de alguém falando para a câmera. Haverá um salto abrupto da posição da pessoa de uma imagem para outra (a cabeça moveu-se durante os segundos suprimidos por exemplo). Outros elementos ao fundo também podem ter mudado de posição. A mesma situação também aplica-se em muitos outros exemplos: um carro passando na rua, uma pessoa caminhando na calçada, etc... Existem no entanto alguns truques, que na verdade distraem a atenção dos assistentes, fazendo com que eles 'esqueçam' como era exatamente a cena A, dificultando assim sua comparação com a cena B. Um desses truques é usar o recurso do 'cutaway' , que insere durante breves segundos uma imagem entre as cenas A e B: um close das mãos da pessoa que fala por exemplo, um close do emblema do carro em movimento visto de frente ou dos sapatos da pessoa caminhado pela calçada. Outro truque envolve a etapa de gravação, já prevendo-se este ajuste. Trata-se de variar o ângulo em que a pessoa é enquadrada na cena B, após a mesma ter feito uma pausa em seu discurso. Ou manter o enquadramento mas mover ligeiramente a alavanca do zoom aproximando a imagem, durante essa breve pausa da pessoa. O reenquadramento ou o movimento do zoom serão cortados na edição e o resultado não parecerá um 'jump cut' devido à sua amplitude maior. Esta é outra característica do 'jump cut' : o salto na posição das imagens é pequeno, mas perceptível. Já um salto maior (como no exemplo do zoom acima) transmite a idéia de algo proposital, um rearranjo de posição ou enquadramento, não um erro. Esta é uma regra clássica, tradicional (evitar o 'jump cut') que no entanto é quebrada (e não considerada erro) na criação de efeitos em determinados tipos de filmes / vídeos, como videoclipes e comerciais por exemplo.
criando transições a partir de corte seco com a ajuda da escolha de determinadas cenas durante a fase de gravação, transições interessantes podem ser criadas em tempo de edição. Uma delas é a que combina as posições dos elementos centrais das cenas. Assim por exemplo, na cena 1 uma pessoa é enquadrada da cintura para cima caminhando na rua. No corte para a cena 2 o tipo de enquadramento continua, mas a pessoa agora caminha no corredor de um andar de escritórios de um edifício. O posicionamento - distância entre a cabeça da pessoa e os limites da cena no visor deve ser mantido entre a cena 1 e a 2. Outra transição é a que combina formas semelhantes: a cena 1 termina com a roda girando de uma bicicleta em close, a cena 2 inicia com o close de um ventilador em uma sala. Tanto a roda como o ventilador devem ter as mesmas dimensões no enquadramento. Outra transição é a que combina cores semelhantes: enquadra-se a camisa de uma pessoa e a seguir o pano de uma bandeira, da mesma cor. Em um outro tipo, na cena 1 uma pessoa aproxima-se da câmera até bloquear totalmente sua visão; na cena 2, ocorre movimento inverso, porém com outra pessoa em outro local, que se afasta a partir do ponto de total bloqueio. Uma variação comum é a do carro que aproxima-se da câmera até bloquear completamente sua visão; a seguir o corte é feito para a traseira de um carro em close, que começa a se afastar da câmera.
cutaways no momento da gravação de determinado vídeo, obter pequenas cenas extras: se alguém está dando uma entrevista , gravar alguns segundos de algum detalhe como as mãos do entrevistado gesticulando por exemplo; se o que está sendo gravado é um jogo de handball, gravar alguns segundos com cenas do público assistindo, pessoas caminhando ao redor da quadra, close do símbolo do clube, etc... Estas imagens, chamadas "cutaways" , que podem ser capturadas não exatamente no mesmo momento em que o assunto principal está sendo gravado, são extremamente úteis no momento da edição: não só servem para cobrir algo que saiu errado na gravação principal (pessoa passando na frente do entrevistado por exemplo) como também para quebrar a sequência do assunto principal trazendo maior leveza ao resultado final. Uma dica útil portanto é trazer um bom estoque de "cutaways" a cada evento gravado.
defrag este utilitário deve ser executado periodicamente no micro: a velocidade no acesso aos dados gravados em um HD é um dos ítens mais importantes em edição de vídeo e a mesma pode ser diminuída se os dados estiverem muito fragmentados no disco.
deslocando o som de uma cena para outra este efeito, conhecido como "sound bridge" é muito comum no cinema: alguns segundos antes do final da cena 1, troca-se seu som pelo som da cena 2. A atenção do expectador é despertada pelo fato dele passar a ouvir um som que não tem ligação alguma com a cena que ele está vendo, por exemplo o som de uma música dance enquanto alguém pára de escrever em um escritório e olha ao longe. A curiosidade do expectador é satisfeita quando ele vê a cena seguinte, que mostra pessoas dançando em uma danceteria, ao som da mesma música tocada ao final da cena 1, que não foi interrompida.
duração de um programa: eventos domésticos em eventos domésticos, como aniversários, festas, jogos, pequenas viagens, etc..., existe sempre a tendência, por parte de quem grava, de aproveitar ao máximo o material captado. Assim, o resultado final pode muitas vezes ser muito longo (30 minutos, uma hora, uma hora e meia...). Deve-se ter em mente que, via de regra, nenhuma das pessoas que irão assistir ao programa (por mais interessante que seja ou melhor que tenha sido editado) terão interesse maior sobre o mesmo do que a própria pessoa que captou as imagens e fez a edição. Cenas que para o videomaker tem interesse devido a técnicas empregadas na câmera, técnicas empregadas no programa de edição, efeitos, etc..., não terão o mesmo significado para os assistentes. Normalmente estas pessoas - familiares por exemplo - estão interessadas no evento em si e não em como o mesmo foi ou não captado. Deve-se sim, ter os cuidados de sempre na edição, na captação e na montagem do resultado final, para que o programa não fique cansativo e monótono.
A dica é empregar o corte generoso de cenas, deixando somente as que melhor se destaquem, com os "melhores momentos" (em um vídeo de 60 minutos por exemplo, cortar 45 minutos). O tempo ideal para um programa deste tipo é 10 a 15 minutos. E um excelente parâmetro é a reação dos assistentes: quando as pessoas pedem para ver novamente o vídeo, ao seu término - coisa que provavelmente não farão com um vídeo muito longo. A comparação com a fotografia pode ajudar, lembrando que muitos trazem de uma longa viagem apenas um álbum com 24 fotos, ou seja, um clipe de 15 minutos é muito mais expressivo.
Como opção, pode-se fazer 2 versões do resultado final, o clipe com 15 minutos e um documentário com boa parte do que foi gravado, exibidos para públicos diferentes.
edição não-linear e degradação da imagem ao contrário do que pode-se pensar, a edição não-linear (edição feita em microcomputador) pode sim, causar degradação da imagem no resultado final em relação ao original captado. Se este original está no formato digital (MiniDV, Digital-8 por exemplo), a degradação normalmente não ocorre. Se, no entanto, estiver gravado em formato analógico, é muito importante garantir a qualidade da imagem captada pela câmera no mesmo, pois sempre ocorre degradação da imagem no processo de digitalização (efetuado pela placa de captura no micro, quando o sinal analógico é convertido em sinal digital).
Ainda que pequena, ela ocorre, porque sempre há alguma degradação no sinal de vídeo quando o mesmo atravessa qualquer circuito eletrônico, como o da placa de captura por exemplo. Além disso, o processo de compressão de dados efetuado junto com a digitalização também acarreta perda de qualidade, tanto maior quanto maior for a taxa de compressão utilizada.
film look, simulando devido a uma série de características (ver item 33 sobre "film look" na seção FAQ) a imagem de um filme difere da imagem de um vídeo. É possível fazer um vídeo que imite essas características, trabalhando principalmente na pós-produção. Programas de edição oferecem diversas opções de ferramentas que podem ser utilizadas para imitar o film look. Entre elas estão os filtros de efeitos, com nomes como "film movie", acrescentando "sujeiras" típicas de películas cinematográficas (riscos verticais intermitentes, pequenas manchas que aparecem e somem, poeiras distribuídas aleatoriamente, etc...). Ou filtros para tornar a imagem em cor sépia, em P&B, em cores desbotadas, etc... Existem também funções, variando de programa para programa, que retiram um dos campos da imagem (campo par ou campo ímpar) e duplicam o campo remanescente, para com isso imitar a imagem "piscante" (flicker) dos filmes. A velocidade também pode ser ajustada, aproximando-se dos 24qps (embora o vídeo continue a ter os 30qps, apenas com o programa gerando quadros repetidos através de interpolação).
Existem outros ajustes, como os que atuam sobre as cores. A imagem dos filmes possui geralmente um tom mais avermelhado do que a do vídeo e este ajuste pode ser feito para simulação. Outro controle, o de saturação, também pode ser utilizado: a imagem dos filmes possui normalmente cores mais saturadas do que a imagem dos vídeos. Finalmente, existem diversos plug-ins especializados em "envelhecer" / "sujar" a imagem de um vídeo e modificá-la fazendo com que se pareça com a dos filmes antigos. E outros, especializados em simular o "film look". Todos esses filtros e funções podem ter seus parâmetros ajustados para mais ou para menos, de forma a controlar a intensidade de cada um dos efeitos em particular.
HDs ATA (ou IDE) x SCSI tecnologia SCSI eram apropriados durante algum tempo somente HDs com para edição de vídeo, por oferecerem a velocidade de rotação e taxa de transferência de dados requerida; os HDs do tipo ATA (ou IDE), muito mais comuns do que os do tipo SCSI, não apresentavam estas características. No entanto, com o passar dos anos, os HDs ATA evoluíram, ganharam velocidade e maior capacidade de transferência, passando a competir com os SCSI em aplicações de edição de vídeo. Os HDs SCSI ainda custam mais do que os ATA, mas, ao contrário destes, oferecem algumas vantagens adicionais, como não depender tanto do processador da CPU para efetuar transferência de dados como os ATA dependem e serem mais fáceis de instalar e configurar.
HD separado em um micro dedicado à edição de vídeo, o ideal é possuir-se dois HDs separados: um deles para os programas e o sistema operacional e o outro somente para armazenar os vídeos a serem editados ou em processo de edição. O trabalho com HDs separados, mesmo que um deles seja externo, possui várias vantagens. O sinal de vídeo ocupa muito espaço e ter o sistema operacional / programas livres dessa competição melhora a performance geral do micro. A desfragmentação periódica do disco leva menos tempo: só é necessário desfragmentar o disco de dados, não o sistema inteiro. Se o disco for externo, fica fácil transportar os dados de um micro a outro. Permite o uso da formatação do disco de dados, ao invés da desfragmentação. E permite ainda, se houverem vários HDs externos, o uso de HDs diferentes por projeto.
HD separado: cálculo de espaço quando se trabalha com HDs separados na estação de edição, um para o sistema operacional e programas e outro só para armazenar os vídeos a serem editados ou em processo de edição, uma dúvida comum pode ser o cálculo aproximado de quanto espaço este HD separado deva ter. Para tanto, alguns fatores podem ser levados em conta. Na captura de conteúdo no formato Mini-DV para o micro, em ".avi", cada 5 minutos de vídeo ocupa em média pouco mais de 1Gb de espaço em disco. Assim, pode-se considerar 14Gb para 1 hora de conteúdo. No entanto, este espaço é o mínimo requerido e, para um conteúdo com essa duração, deve-se reservar mais espaço em disco, para criação de trechos a serem extraídos desse conteúdo para trabalho em separado, para armazenar versões renderizadas (uma hora de conteúdo MPEG2 para gravação em DVD pode ocupar até 5Gb), para poder capturar materiais adicionais enquanto está sendo feita a edição do primeiro e outras situações parecidas. No exemplo acima, ao invés de 14Gb, três ou quatro vezes mais é um valor que pode ser escolhido para se trabalhar com maior folga. Por outro lado, a regra principal sempre deverá ser o tipo de trabalho a ser feito, ou seja, se ao invés da expectativa de trabalhos de 1 hora de duração este tempo for bem menor, ou for maior, os cálculos acima devem ser adaptados para acompanhar o dimensionamento de espaço requerido.
HDs de tipos diferentes o ideal, ao acrescentar HDs adicionais a uma estação de edição, é eles sejam do mesmo tipo do já existente, ou seja, todos IDE ou todos SCSI. Cada tipo normalmente trabalha com padrões próprios de cabeamento e especificações técnicas eletrônicas / elétricas que podem, em algumas situações, acarretar problemas para o bom funcionamento da máquina como um todo.
ken burns: dando vida a imagens estáticas o vídeo feito com imagens estáticas, como fotos gravadas com uma câmera ou capturadas e levadas diretamente para um programa de edição, não tem necessariamente que ser uma sequência de imagens imóveis, uma após a outra. As imagens podem ganhar vida se o movimento vier de fora delas, já que não pode vir de dentro. Estamos falando de mover a câmera sobre a foto, o que em edição no micro consegue-se através não da movimentação da câmera e sim do deslocamento da janela de visualização sobre a imagem, para a esquerda, para a direita, acima e abaixo. E também com um movimento de aproximação ou afastamento, com o zoom. A combinação desses movimentos simples (incluindo aí um não citado movimento em diagonal), isolados ou em conjunto (zoom + deslocamento por exemplo) dá vida a uma imagem estática, permitindo fazer com que ela "renda" um tempo bem maior sobre a tela do que se o enquadramento sobre a mesma fosse estático. O nome do efeito (Ken Burns) deriva do grande número de fotos estáticas utilizado nos documentários produzidos por Ken. Em alguns softwares, o efeito pode receber nomes diferentes, como Image Pan por exemplo, mas o resultado é o mesmo.
ligando cabos na placa de edição de vídeo uma das causas eventuais da queima de placas de edição de vídeo é a eletricidade estática acumulada nos dispositivos a serem conectados. E uma das maneiras de reduzir este risco é através da sequência correta de ligação dos cabos: com os cabos à mão, ligar inicialmente os plugs de áudio e vídeo nos conectores da placa, no micro. A seguir, ligar os plugs da outra ponta na câmera ou outro dispositivo a ser utilizado.
linha de ação ao enquadrar uma cena em que pessoas estejam caminhando em determinada direção, deve-se ter o cuidado de não cruzar com a câmera a linha de ação. Esta linha é uma linha imaginária que segue o trajeto percorrido pela pessoa. Se a câmera está situada do lado esquerdo da pessoa por exemplo, a mesma aparecerá na imagem caminhando do lado direito da tela para o lado esquerdo. Se a seguir for editada outra tomada da mesma cena, porém com a câmera situada do outro lado da pessoa (ou seja, do outro lado da linha de ação), a pessoa aparecerá na tela caminhando do lado esquerdo para o direito. Embora a pessoa não tenha alterado o seu trajeto, para o expectador ela parecerá estar 'voltando'.
Assim, deve-se sempre ter o cuidado de não juntar imagens em que a câmera tenha cruzado a referida linha e, se isto for absolutamente necessário, a falsa sensação de retorno pode ser diluída na mente do expectador se as duas cenas forem intercaladas com uma cena neutra (cutaway).
quatro características básicas para um HD ser usado em edição de vídeo 1) capacidade: quanto mais, melhor. Vídeo ocupa muito espaço no disco - dependendo da qualidade armazenada, 10 minutos podem chegar a ocupar 1 Gb de espaço. 2) throughput (pronuncia-se 'truput'): é a velocidade com que o HD consegue ler e gravar informações. É expressa através da menor taxa de transferência de dados constante que o HD consegue sustentar (sustained data transfer rate), sendo que esta taxa deve ser de pelo menos 3 Mb/seg - o ideal é 5 Mb/seg. 3) tempo de acesso: é a velocidade com que o HD consegue localizar a posição específica dentro do mesmo onde os dados serão lidos ou gravados. Na escolha entre dois HDs, quanto menor este tempo (que pode tornar mais ou menos demorada a rendição de efeitos e transições p.ex.), melhor. 4) r.p.m. (revolutions per minute), é a velocidade de rotação do disco. Para edição de vídeo, pelo menos 7.200 rpm é o recomendado.
reaproveitar a mesma cena em um mesmo clipe em diversas situações é correto lançar mão deste recurso: repetir o mesmo trecho de determinada gravação em um ponto mais adiante de uma fita. Como por exemplo intercalar a cena de alguém desesperado olhando a todo momento para o relógio de pulso, alguém dormindo, alguém olhando atentamente para a câmera (como se estivesse ouvindo alguém contar algo), etc... : dificilmente a audiência perceberá a repetição, principalmente se forem cenas breves.
Uma melhoria nesta técnica é repetir só o 'meio' da cena e, na primeira vez, mostrá-la desde o seu início até o meio, na segunda repetir o meio e mostrar o final. Este truque é muito utilizado em cinema e TV, quando se quer aumentar o suspense, fazendo por exemplo com que um carro em rota de colisão com a câmera apareça em imagens intercaladas com um close de alguém parado no meio da rua, porém a cada vez a imagem tem início em um ponto anterior ao já mostrado. Ou alguém descendo uma escada: em uma das cenas, os degraus de no. 6 ao no. 9, na seguinte, um close do rosto da pessoa descendo, na seguinte, os degraus de no. 8 ao no. 11 sendo descidos, ou seja, há uma sobreposição que aumenta o suspense tornando a conclusão da cena mais demorada. A audiência 'esqueçe' o exato ponto (degrau) onde a cena anterior parou, vítima da ansiedade causada pelo suspense.
No exemplo da escada, uma opção é efetuar alterações no enquadramento, onde um plano médio na segunda repetição pode até mesmo excluir os degraus da imagem. Outras idéias: mudar a velocidade (câmera lenta) de uma cena para sua repetição, reverter a imagem (pessoa caminhando da esquerda para a direita, inverter para a esqaerda - neste caso prestar atenção à eventuais letreiros ao fundo que podem denunciar o truque), efetuar zoom in, alterar o balanço de cores, etc...
sincronização simples de mais de uma câmera em um evento em que serão utilizadas mais de uma câmera e a gravação será feita na fita existente em cada câmera (ao invés de em um gravador externo) é possível de maneira bem simples sincronizar as gravações, facilitando o trabalho posterior de edição. Basta apontar as câmeras, ligadas e gravando, para um mesmo local onde é disparado um flash comum utilizado em fotografia (a gravação nas câmeras não pode ser interrompida a partir deste momento). Na edição, com o avanço / retrocesso quadro a quadro será possível sincronizar com precisão as fitas através do clarão do flash disparado.
micro dedicado o micro destinado a edição de vídeo deve, se possível, ser utilizado somente com esta finalidade; a instalação / desinstalação e uso de outros softwares (editores, Internet, etc...) pode causar conflitos / interferências no funcionamento correto da configuração de edição.
pause/rec quando várias cenas em sequência são gravadas utilizando "pause/rec", pode-se observar no momento da edição a falta de alguns quadros (correspondentes a 1 a 2 segundos de gravação) que não foram gravados após ter sido acionada a tecla "rec". Na realidade, ao ser acionada a tecla "pause" a câmera efetua um ligeiro 'backspace', retornando a fita alguns quadros para trás e permanecendo em standy by neste ponto. Ao ser acionada a tecla "rec" a câmera recomeça a girar a fita a partir deste ponto (localizado 1 a 2 segundos atrás do ponto de interrupção) porém sem gravar nada (daí a perda de quadros referida acima). Somente após atingir o ponto de interrupção é que a gravação tem início. Esta operação, conhecida como pre-roll, tem a função de evitar distúrbios na imagem causados por desajustes nos pulsos de controle gravados na fita (control-track). Ao retroceder um pouco para retomar o avanço da fita, a câmera age como um corredor que tem que passar por determinada marca no chão a uma certa velocidade, e retrocede para obter o 'embalo' e controle de velocidade necessário. Na realidade ao retroceder, além de garantir a velocidade correta da fita no ponto de reinício a câmera também relê os pulsos da control-track para recuperar o sincronismo dos pulsos de controle que serão gravados a partir desse ponto. Assim, a dica é lembrar que a retomada da gravação nunca será instantânea a partir do momento em que "rec" é acionado, tomando-se o cuidado de acioná-lo alguns segundos antes do início de cada cena.
posicionando logos na tela no momento de posicionar logos na tela, uma dica é seguir o procedimento usado pelos grandes estúdios de TV: o melhor local é nos cantos da tela. Estamos acostumados a ler da esquerda para a direita e de cima para baixo. Devido a este costume, nossos cérebros fazem o mesmo: "lêem" a tela também da esquerda para a direita e de cima para baixo. Assim, o que está no canto inferior direito da tela é a última coisa a ser vista. E o que está no canto superior esquerdo a primeira. A dica é utilizar estes cantos e também os demais para posicionar logos, evitando locais fora dos mesmos, tanto nas linhas horizontais superiores quanto nas verticais das laterais do quadro da imagem. O logo, apesar de colocado nos cantos não chamar tanta a atenção - e com isso não competir com a imagem principal - ficará no entanto gravado na memória do expectador.
programas para manipulação de fotos x edição de vídeo programas para manipulação de fotos, como o Abobe Photoshop por exemplo, podem ser empregados durante a edição de vídeos. A maioria dos programas de edição aceita arquivos gerados em outros, como na dupla Photoshop e Premiere. Neste exemplo, imagens criadas utilizando layers podem ser importadas para dentro do Premiere - uma layer por vez. Fundos para títulos podem ser criados através de diversas funções de manipulação de imagens e desenhos do programa de tratamento de imagens.
strobe para salvar trepidação cenas que se tornariam inaproveitáveis devido à trepidação acidental da câmera podem ser "salvas" se o efeito strobe for acrescentado às mesmas, iniciando-se um pouco antes e terminando um pouco depois do trecho com problema. A dica aqui é disfarçar a trepidação com "mais" trepidação.
sugestão: criando elementos inexistentes pode-se usar o poder da sugestão na criação de elementos inexistentes em determinada cena, apenas editando-se determinadas cenas uma após outra. Um dos 'clichês' mais comuns consiste em mostrar um prédio visto de baixo para cima e a seguir uma cena dentro de um escritório. Embora na quase totalidade das vezes o referido escritório não encontre-se no prédio em questão e sim em um estúdio, para quem assiste o poder da sugestão funciona: tem-se a impressão de que a cena passa-se dentro do prédio mostrado. Existem diversas outras variações deste truque. Mostrar um ônibus estacionando na calçada em uma cena e na próxima alguém descendo de um caixote colocado na calçada é uma delas; neste caso, basta na segunda cena excluir o caixote do enquadramento e fazer o corte inicial da cena a partir do ponto médio entre o início e o fim da descida, para transmitir a idéia de que a pessoa desceu do ônibus mostrado. O som (barulho do motor) é um elemento muito importante neste caso: a trilha sonora da primeira cena deve ser mantida durante a segunda cena. A idéia básica é a mesma, quer seja utilizado o ônibus ou um helicóptero (ventilador atrás do caixote) ou um trem (grupo de pessoas atrás "saindo" e "entrando").
As possibilidades são inúmeras: mostrar o balcão de caixas em um Banco e depois, em close, mãos trocando um cheque por dinheiro (cena que pode ser gravada em outro lugar), um pescador puxando com grande esforço a linha através do caniço (cujo anzol foi amarrado a uma pedra no fundo d'água) e depois o mesmo posando ao lado de um enorme peixe preso no mesmo caniço, a cena (também 'clichê') onde alguém é mostrado do lado de fora batendo na porta de uma casa e entrando, para a seguir ser mostrada outra cena feita do lado de dentro da casa (na verdade um estúdio), etc... etc.... Basta usar a criatividade, sempre levando-se em conta a regra: o vídeo é uma janela, através da qual o mundo é observado; o que não se vê através dela mas é sugerido, tem existência "real" na mente do expectador.
surround: aproveitando um sistema de home theather já existente para se trabalhar com surround em um sistema de edição não linear, é necessário que o computador possua uma placa de som que suporte multi-canal, além de caixas de som apropriadas, normalmente 5, duas posicionadas à frente do observador (lado esquerdo e direito), duas atrás (idem) e uma para frequências baixas, o subwoofer (que não exige posicionamento especial). Uma opção, se já existir um sistema de home theather montado próximo ao local da estação de trabalho, é instalar no computador uma placa de som que possua saída óptica de áudio. Com o uso de um cabo óptico, é possível conectar esta saída a uma entrada auxiliar do mesmo tipo no amplificador do home theather (algumas vezes utilizada para entrada de áudio de um DVD player por exemplo). Uma das vantagens dessa montagem é poder testar o áudio surround em um sistema de home theather já montado com essa finalidade, ao invés do arranjo das caixas ao redor da ilha de edição, nem sempre um local acústico apropriado para essa finalidade, devido ao posicionamento das caixas (distância), revestimentos do local, ruídos, etc...
swish pan durante a fase de edição, um movimento específico da câmera pode ser utilizado como transição entre uma cena e outra: trata-se do swish pan. Este tipo de transição, que surgiu com os antigos noticiários em forma de filmes para separar uma notícia de outra é muito fácil de ser feito: basta efetuar uma panorâmica rápida com a câmera, em velocidade suficiente para desfocar a imagem, transformando pontos luminosos em riscos na tela. Quanto mais elementos tiver a cena durante a panorâmica, melhor: um céu azul não formará o efeito por exemplo, o oposto do que acontecerá com um tapete decorado no chão ou o público em uma arquibancada.
títulos x aparência dos mesmos na TV quando gerados no micro deixar sempre margens de segurança nas bordas: o aparelho de TV 'corta' sempre um pequeno pedaço da imagem, tanto na direção vertical como na horizontal.
títulos x cores evitar cores facilmente saturáveis no monitor de vídeo, como o vermelho por exemplo.
títulos x cores na TV quando gerados no micro verificar sempre através de um monitor de TV as cores, antes de efetuar a gravação: a maioria das cores não é reproduzida da mesma maneira no micro e na TV, em termos de tonalidade, brilho, etc...
títulos x cuidados no scrolling como a quase totalidade dos televisores funciona no modo interlaced (campos alternados desenhados na tela, primeiro as linhas pares, depois as ímpares, de novo as pares e assim por diante), alguns cuidados devem ser tomados no scrolling vertical de títulos (rolagem vertical das linhas de texto). Se a velocidade de rolagem for muito baixa, é possível que ocorra a situação de determinados pedaços das letras (traços horizontais) ficarem piscando momentaneamente, se esses trechos caírem justamente em cima de uma ou duas linhas alternadas do sinal de vídeo. Como cada campo aparece de modo alternativo em relação ao outro, o trecho passará a piscar (flicker), apresentando assim aspecto ruim. A dica é ajustar a velocidade de rolagem para pelo menos 2x a velocidade de desenho das linhas na tela. Isso corresponde, de modo geral, a um tempo em torno de 4 segundos para a linha percorrer, verticalmente, a tela de baixo para cima (geralmente o scrolling é feito nesse sentido).
títulos x criatividade softwares de edição de vídeo geralmente incluem um módulo agregado para geração de textos, através do qual inúmeros tipos e formatos de títulos podem ser criados. Na edição linear - com menos possibilidades - é possível gerar títulos com tituladores. No entanto existe uma outra possibilidade, quase nunca explorada, que pode tornar um título criativo e diferenciado. Trata-se da opção de compô-lo na câmera, antes da fase de edição. Além da gravação de placas e de títulos impressos em papel, tem-se a opção de montá-los através do uso dos mais diferentes tipos de materiais. Alguns exemplos, nos quais transições existentes na própria câmera, como dissolve, podem ser utilizadas:
Escrever com guache em papel cartão; escrever com pincel atômico; usar giz em uma lousa; usar blocos de madeira/plástico de jogos infantis com letras; idem utilizando a função time-lapse (algumas câmeras não possuem) que grava alguns segundos e pára automaticamente (momento em que uma nova letra é acrescentada); usar pedaços de palitos de fósforo; idem opção time-lapse; colocar um vidro grande na frente da câmera e pedir para alguém escrever com tinta spray com a câmera ligada (posteriormente na edição inverter a imagem horizontalmente para a escrita tornar-se legível); riscar na areia da praia; ir jogando cartões com as inscrições uns sobre outros, em cima de uma mesa; ir virando as páginas de um livro real (existe o efeito virtual em software); big-close em uma máquina de escrever; ir desvirando as peças de um dominó, com time lapse, onde do outro lado aparecem as letras; usar batom em um espelho ou vidro; mostrar letreiros 'escondidos', como plaquinhas em um sanduíche; close de mãos abrindo um convite; gravar os títulos aparecendo em uma tela de monitor de microcomputador; idem na tela da TV; usar tinta à óleo sobre tela; usar tiras plásticas escritas por rotuladores; usar bordado em tecido; carrinho de brinquedo caminhando sobre mapa para indicar determinado percurso (com time lapse); enfim, as possibilidades são inúmeras.
títulos x efeitos de iluminação sobre papel títulos impressos em papel, quando gravados, permitem efeitos interessantes obtidos através da iluminação dos mesmos. Assim, colocando-se por exemplo uma lanterna deitada, acesa ao lado da borda do papel, é possível criar efeitos de fachos de luz iluminando as letras lateralmente. Variações podem ser obtidas com o uso de mais de uma lanterna ou com celulóides coloridos sobrepostos às mesmas. É possível também movimentar lentamente a lanterna durante a gravação (facho 'varrendo' o texto de alto a baixo), ou destacar a rugosidade da textura do papel colocando-a muito próximo da superfície do mesmo. Opcionalmente a lanterna pode ser trocada por uma luminária elétrica.
títulos x fontes de linhas finas fontes com traçado fino em suas linhas devem ser evitados, não só por terem legibilidade menor, mas também por sofrerem mais com a compressão da imagem, comum por exemplo no momento de fazer-se uma autoração, gerando um DVD cujo conteúdo, em MPEG2, é criado a partir de um original em ".avi". O processo de compressão apresenta com frequência os chamados "artefatos de compressão", tanto mais visíveis quanto maior for a taxa de compressão aplicada. Alguns trechos podem ter pixels aparecendo com uma "sombra colorida" à sua volta por exemplo. Isso é mais comum em regiões da imagem com bordas contendo alto contraste, e aplicado a finas linhas das letras de alguns fontes torna a aparência dessas linhas um pouco "borrada", fato notado principalmente em televisores de baixa resolução. A dica então é procurar evitar esses tipos de fontes, optando pelos de traçado mais espesso.
títulos x fontes do tipo sans serif em fontes de letras, o termo "serif" indica as pontas finas que fazem parte do desenho das letras. Assim por exemplo, o fonte "Times New Roman" possui as extremidades da letra "S" maiúscula em forma de pontas afinadas, o mesmo não acontecendo para os fontes Arial e Helvética. Para melhor legibilidade em vídeo (cujo conteúdo pode vir a ser mostrado não só em grandes telas com boa definição com em telas pequenas de TVs convencionais) o ideal é utilizar fontes com letras sem essas pontas, conhecidos como "sans serif" (sem serif).
títulos x gravação no VCR a partir do micro se o micro possuir saída de vídeo NTSC, basta conectá-la à entrada de vídeo do VCR (normalmente plugs do tipo RCA); a imagem mostrada na tela do micro será gravada na fita. Se esta saída não existir, é possível conectar ao sistema um aparelho denominado scan converter, que converte o sinal de imagem do micro (non-interlaced) para o sinal de imagem utilizado no vídeo (interlaced). A saída do sinal de vídeo da CPU do micro, antes ligada no monitor de vídeo, passa a ser ligada na entrada deste aparelho, que divide o sinal e emite dois sinais em sua saída. Um deles é direcionado para o monitor de vídeo do micro, o outro para a entrada de vídeo do VCR.
títulos x impressão em papel brilhante evitar imprimir em papéis (para impressora jato de tinta) do tipo 'papel brilhante' para impressão de fotos e gráficos e também em filmes para transparências: estes tipos de materiais refletem a luz facilmente, tornando mais difícil a eliminação dos reflexos.
títulos x impressão em papel pa ra uso posterior do zoom imprimir o título em tamanho de fonte bem pequeno, o menor possível. Focalizá-lo com o zoom ajustado para o valor máximo de tele. Travar o foco. Então, iniciar a gravação, efetuando zoom out bem lentamente, através do uso do controle remoto da câmera (para evitar vibrações na mesma decorrentes da operação manual da tecla de zoom). O inverso também pode ser feito (aproximação), e recursos de efeitos da câmera podem ser utilizados, como dissolve no início/fim da gravação.
títulos x impressora jato de tinta desenhar em um microcomputador títulos para depois imprimí-los em uma impressora de jato de tinta colorida gravando-os a seguir pode gerar bons resultados. Após a impressão, a folha deve ser deixada de lado por alguns minutos até a tinta secar completamente, tomando-se o cuidado extremo de não curvá-la / flexioná-la: o papel assimila facilmente ondulações permanentes, difíceis de serem removidas. Estas ondulações, no momento da gravação, ficarão visíveis uma vez que a iluminação utilizada sempre é a lateral.
títulos x kerning de fontes compor um título na tela do micro da estação de edição é bem diferente de tentar lê-lo na tela de um televisor: a distância não é a mesma e a resolução da tela não é a mesma. De longe, com menor resolução, textos podem ficar difíceis de serem lidos. Uma providência que pode ser útil (em alguns casos), é aumentar o espacejamento entre as letras do título, algo como fazer (a a a a) ao invés de (aaaa). O espaçamento de caracteres recebe nos softwares de edição de textos o nome "kerning". Ajustando-se o valor do kerning utilizado, pode-se afastar todas as letras de uma só vez, umas das outras, ou então aproximá-las, dentro de um certo limite de espaço, melhorando sua legibilidade.
títulos x legibilidade na TV quando gerados no micro a resolução da tela de TV é menor do que a do micro: títulos que se parecem ótimos no micro podem não ser bem legíveis na TV. Para tanto, evitar tipos pequenos, com detalhes e muitos recortes e verificar sempre o aspecto do mesmo em um monitor de TV antes de efetuar a gravação.
títulos x linhas finas horizontais linhas finas horizontais, geralmente empregadas em páginas da Internet para separação de assuntos e setores, devem ser evitadas no vídeo. Como a quase totalidade dos televisores funciona no modo interlaced (campos alternados desenhados na tela, primeiro as linhas pares, depois as ímpares, de novo as pares e assim por diante), é possível que essa linha fina venha a cair justamente em cima de uma ou duas linhas do sinal de vídeo. Com, isso, como cada campo aparece de modo alternativo em relação ao outro, a linha passará a "piscar" (flicker), apresentando assim aspecto ruim.
títulos x posicionamento quando gravados a partir de papel títulos impressos em papel podem ser posicionados em um suporte de partitura para serem gravados ou então fixados em uma parede. Outra possibilidade é no chão ou na superfície de uma mesa. Em todos os casos descritos é imprescindível o uso de um tripé para fizar a câmera e esta deve ser posicionada de modo que a linha que liga a lente da câmera ao papel fique perpendicular ao mesmo. Se isto não for feito, ocorrerão distorções nas linhas retas das letras. Ainda em favor da estabilidade da imagem é o uso do controle remoto (se a câmera o tiver) para controlar o Rec/Pause durante a gravação. Alguns controles permitem até mesmo ajustar o nível do zoom utilizado.
títulos x projeção de slides / transparências na montagem de títulos, uma opção interessante pode ser o uso de um projetor de slides ou de transparências. Projetar a imagem do slide sobre objetos - cortinas, paredes com textura, etc.., pode gerar efeitos interessantes. Outra opção é projetar sobre a pele de uma pessoa e captar a seguir a imagem. No caso do projetor de transparências, após gerar as letras do título no micro e imprimí-las nas transparências, projetá-las sobre objetos diversos - um pedaço de madeira, um tecido extendido, etc... A idéia é compor na imagem, o fundo - superfície da madeira por exemplo - com as letras. Colocar a câmera ao lado do projetor se não for desejada distorção na imagem ou não, se a distorção fizer parte do título a ser montado. Pode-se trabalhar com o foco do projetor, a distância do mesmo à superfície onde a imagem se forma, etc...
títulos x quantidade de fontes assim como estabelecem as regras da boa comunicação na imprensa escrita e na Internet, também no vídeo altumas delas são válidas. Como a que diz que a quantidade de fontes diferentes deve ser restrita. Não mais do que 2 ou então 3 tipos diferentes de fontes deve ser utilizado em determinado trabalho. O uso de poucos fontes permite obter concisão na comunicação, passando o fonte x ou o fonte y a ter significado específico. Assim, por exemplo, em um vídeo de propaganda de uma empresa, toda vez que aparecer o nome de um produto é utilizado o mesmo fonte (tipo, tamanho, cores e efeitos), outro fonte é reservado para texto comum, etc...
títulos x sombreamento do fonte alguns recursos do editor de textos existente nos programas de edição-não-linear podem ser utilizados para melhorar a legibilidade das letras nos títulos. Um desses recursos é o contorno (outline), útil principalmente para destacar as letras de determinados fundos com cor parecida com a das mesmas. Sombras melhoram ainda mais a legibilidade, dando a impressão de que as letras tem 3 dimensões, destacando-se do plano de fundo.
títulos x tamanho do fonte empregado deve sempre ser lembrado que o que é legível na tela do micro da estação de trabalho deverá ser legível também na tela comum da TV, muitas vezes vista à boa distância, em condições péssimas de iluminação ambiente e em uma TV com baixa resolução. Assim, o ideal é fazer alguns testes iniciais até determinar o melhor tamanho a ser empregado. Muito pequeno resulta em pouca legibilidade e muito grande, em um aspecto amador. O ideal é um tamanho intermediário, mas ainda assim, maior do que o normalmente empregado em títulos em programas de edição de texto.
títulos x vampirismo no momento de colocar algum título sobre uma imagem, deve-se ter em mente que o título, e somente ele (suas letras), é importante. Programas de edição permitem o uso de efeitos os mais variados possíveis, como colocar uma moldura ao redor da imagem com o título ao centro por exemplo. Como opção, essa moldura pode ser animada, com variação de formas e cores. O resultado final é que a moldura acaba chamando mais a atenção do expectador do que o próprio título, "sugando" sua atenção, daí o termo "vampirismo" para esse problema. Existem diversas situações e variações de vampirismo. Letreiros podem ser utilizados durante um programa para indicar por exemplo o nome de alguém concedendo uma entrevista. Neste caso, sua única finalidade é informar o nome e por isso, deve ser o mais simples e discreto possível. O expectador deve ter sua atenção desviada somente para ler o título e voltar a ver a imagem, e não para ficar observando alguma animação interessante efetuada sobre o mesmo. Já na abertura de um programa por exemplo, tudo o que se quer é chamar a atenção sobre o título, caso inverso, onde ele é o mais importante e portanto pode receber todo o destaque possível.
títulos x vazamento de cor determinadas cores, como o vermelho, devem ser evitadas em títulos, pois o vídeo possui tendência a "vazá-las" para fora da área delimitada pelas letras. Assim, enquanto a cor azul por exemplo permanece dentro dos limites do contorno de uma determinada letra, variações de tons vermelhos, especialmente os mais vivos, podem extravasar ligeiramente esses limites (o chamado "vazamento"), na forma de pequenos borrões em cima dos contornos. O problema, praticamente inexistente na tela do computador, certamente aparecerá na tela do monitor ou TV alimentada com o sinal de vídeo. Se for necessário o uso dessa cor, uma forma de amenizar bastante o problema é usar um contorno externo às letras (outline) na cor preta.
títulos x viagens gravar alguns segundos de closes de placas indicativas dos locais, setas indicativas na estrada, placas colocadas em parques, ruas, postes, etc... pode render excelentes títulos no momento da edição.
títulos x tamanho da tela ao colocar um título no trabalho deve ser levada em conta uma margem em todos os lados (superior, inferior, esquerdo e direito); os aparelhos de TV geralmente 'cortam' alguns centímetros das bordas da imagem, uns mais, outros menos e um título perfeitamente ajustado em uma das margens pode ter sua leitura prejudicada quando exibido. Uma regra segura portanto é deixar sempre uma boa margem nos lados.
títulos x tempo na tela títulos devem ser mantidos na tela o tempo suficiente para que o público possa lê-los mas... como calcular este tempo? Uma regra simples é calcular o tempo lendo o texto em velocidade menor do que a habitual, imitando alguém com leitura vagarosa; se para este tipo de leitura o tempo for suficiente, com certeza também será para os demais assistentes.
títulos x zoom para títulos gravados a partir de papel impresso, posicionar a câmera entre 2 a 1 palmo de distância do papel permite a utilização de um nível adequado de zoom - dependendo do tamanho das letras. A idéia aqui é de que se a câmera está muito longe do papel, será necessário aproximar o zoom, o que diminui distorções ópticas típicas da posição grande angular, porém deixa a câmera mais vulnerável a imagens tremidas, se acidentalmente a mesma for movida. Por outro lado, se a câmera estiver muito perto do papel, o ajuste do zoom necessário pode ser grande angular, causando as distorções citadas acima.
uso de efeitos de transição o uso de efeitos de transição entre uma cena e outra deve ser o menor possível. Embora a maioria dos softwares de edição-não-linear apresentem centenas de efeitos, a quase totalidade das transições deve ser feita em corte seco (corte simples, sem efeito algum, apenas justapondo-se uma cena à outra). O efeito só deve ser utilizado quando for realmente necessário para acrescentar alguma informação ao que está sendo mostrado - por exemplo a imagem que fica ondulando e se funde com outra, para remeter a algo que ocorreu no passado. A tela que se divide verticalmente ao meio, para mostrar duas ações ocorrendo simultaneamente, os fade-in / fade-outs (início / fim de uma história) e outros podem ser utilizados, sempre criteriosamente. Mas o excesso de efeitos de transição, colocados sem motivo, chama a atenção do expectador para a transição - e não para o que está sendo mostrado no vídeo, passando uma idéia amadorística e tornando o programa cansativo e pouco atraente. Novamente, tudo depende da aplicação: comerciais, vinhetas e chamadas na TV por exemplo beneficiam-se desses efeitos, justamente para chamar a atenção.
uso do controle remoto com a câmera apontando para baixo muitas vezes, durante a gravação de imagens situadas em uma superfície plana, com a câmera em um tripé apontando para baixo (títulos por exemplo), o sensor do controle remoto infravermelho fica voltado para baixo, dificultando o acionamento da câmera a partir do mesmo: é preciso posicionar o controle lateralmente à câmera (para não atrapalhar o campo de visão), abaixo da mesma e apontá-lo para cima, em direção ao sensor, geralmente localizado próximo à lente na maioria das câmeras. Lembrando que infravermelho é uma luz como outra qualquer, só que invisível aos olhos do ser humano, pode-se usar as mesmas propriedades da luz visível. Assim, colocando-se ao lado da superfície acima mencionada uma lâmpada desligada e fixa verticalmente em um soquete, do tipo 'bulbo espelhado' , a mesma torna-se um espelho côncavo: apontando-se o controle para a lâmpada, os raios serão refletidos para o sensor da câmera. Espelhos comuns e metais polidos também funcionam, ainda melhor se tiverem superfície côncava para facilitar a reflexão a partir de qualquer ponto.
vídeo para Internet ou CD-ROM deve possuir o menos possível de movimentos e possuir poucos detalhes na imagem ou no fundo do primeiro plano. Um vídeo gravado e editado desta maneira ficará melhor quanto visto através da Internet ou CD-ROM do que outro com cenas de movimentos rápidos e cheio de detalhes, por causa do pequeno tamanho e da pouca resolução da imagem.
Os algoritmos de compressão utilizados para reduzir o tamanho das imagens beneficiam-se enormemente de padrões repetidos na imagem, ou seja, uma área da imagem (ex. fundo) com cor e textura uniforme, pode ser comprimida de maneira muito mais eficiente do que outra com excesso de detalhes. Em outras palavras, um conjunto semelhante de pixels pode ser descrito com pouca informação (a dimensão da área ocupada e a cor dos pixels, informada uma única vez pois todos tem a mesma tonalidade). Já um conjunto de pixels quase todos diferentes uns dos outros exigirá a descrição individual quase que de pixel a pixel.
É por este motivo que o vídeo será comprimido de maneira mais eficiente e com melhor resultado visual final se algumas dicas forem seguidas, como a redução de movimentos e detalhes já citada. Outras dicas incluem o uso de tripé com a câmera imóvel na gravação (faz com que o fundo não mude constantemente como ocorreria com a câmera na mão), o pouco ou nenhum uso do zoom (pelo mesmo motivo) e o fundo desfocado (elimina detalhes ou pelo menos os tornam mais suaves). A boa iluminação da cena também contribui bastante: uma imagem granulada é o mesmo que uma imagem cheia de detalhes: cada granulação terá que ser comprimida individualmente.
Fonte: www.fazendovideo.com.br